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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Políticos se equiparam ao divino salário do Supremo:





impacto de R$ 2 bi para o País



Por Jorge Serrão


A classe política usou e abusou ontem do poder da votação simbólica no Congresso para conceder reajustes salariais para si mesma e demais apaniguados do poder estatal na União das Repúblicas Soviéticas do Brasil. O aumento será de 61,83% para deputados e senadores, 133,96% no valor do vencimento do presidente da República e de 148,63% no salário do vice-presidente e dos ministros de Estado.

O novo mensalão oficial entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2011. Na prática, os salários de presidente da República, vice-presidente, ministros de Estado, senadores e deputados foram equiparados aos vencimentos recebidos atualmente pelos ministros do Supremo Tribunal Federal: R$ 26.723,13. O impacto financeiro do reajuste pode chegar a quase R$ 2 bilhões por ano nas contas dos estados e municípios.


A generosa decisão de ontem tem efeito cascata na administração pública. Basta que as Assembleias Legislativas dos 26 estados e do Distrito Federal e mais as Câmaras de Vereadores de todos os municípios aprovem projetos reajustando seus subsídios pelo teto constitucional. Isto deve acontecer porque a classe política brasileira – acostumada a usurpar a coisa pública – é craque em zelar pelos seus próprios interesses econômicos.


O artigo 27 da Constituição limita as remunerações dos deputados estaduais a 75% do salário dos federais. E o artigo 29 vincula a remuneração dos vereadores aos salários dos deputados estaduais, variando de 20% a 75%, de acordo com a população. Como a Constituição veda o aumento de salários para a mesma legislatura, as Assembleias têm até o final deste ano para aprovar reajustes para os deputados estaduais que tomam posse no início de 2011. As Câmaras de Vereadores só poderão aprovar esse aumento no final de 2012, ano da eleição municipal, valendo somente para os que tomarem posse no início de 2013.



Os do contra

Apenas a senadora Marina Silva (PV/AC) e os senadores Álvaro Dias (PSDB/PR) e José Nery (PSOL-PA) se manifestaram contra a proposta de aumento.


Marina acha injusto os parlamentares receberem reajustes muitas vezes superiores aos dos demais servidores públicos do País.


Álvaro Dias até defendeu que o reajuste deveria implicar na extinção da perda da verba indenizatória de R$ 15 mil que cada um deles recebe mensalmente para custear gastos no exercício do mandato nos Estados.


Os do contra, apenas para variar, foram votos vencidos...



Palhaçada completa


O aumento foi dado justamente na hora em que o abestado Palhaço Tiririca, de terno e gravada, fazia sua primeira visita à Câmara dos Deputados.

Indagado sobre o que achava do aumento que os deputado estavam votando em seus vencimentos, Tiririca fez sua habitual gracinha:



“Acho bacana, legal! Cheguei com sorte!”

1 comentários:

João Pedro Mello disse...

A maioria que votou contra só quis fazer "marketing" e passar por bonzinhos, sabendo que seria aprovado mesmo...