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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Por causa do Ceará, Ciro mandou Dirceu "pastar"

Por Tales Faria
iG Brasília

Que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) usa as palavras como quem abre fogo de artilharia, todo mundo sabe. O que pouca gente entendeu foi o motivo pelo qual, nas suas últimas aparições, Ciro ter apontado as baterias contra o ex-deputado José Dirceu, do PT, a quem costumava chamar de “meu amigo”.

AE
Ciro reafirma candidatura à presidência

Primeiro, quando se reapresentou ontem no Congresso, Ciro acusou Dirceu de promover "um golpe" nas articulações do PT nos Estados. Hoje, ao ser cercado por repórteres na Câmara, voltou à carga:

"O Dirceu deveria assumir um certo recato.
A conduta atual dele é golpista.”

O ex-ministro petista, que voltou a integrar o Diretório Nacional do partido, esteve na segunda-feira no Ceará. Encontrou-se com o governador Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, com a prefeita Luizianne Lins (PT) e com a cúpula do partido no Estado. Ao final, deu duas declarações aos jornais locais.

A primeira foi de que o PT deve apoiar Cid e o candidato do PMDB ao Senado, o deputado e ex-ministro Eunício Oliveira, e não lançar candidato para a segunda vaga de senador, o que facilita a eleição do candidato tucano, Tasso Jereissati, amigo de Ciro.

A segunda declaração de Dirceu foi pedindo que Ciro desista da candidatura a presidente.

É aí que nasceu a ira de Ciro Gomes.

Ele entendeu que Dirceu estava condicionando a desistência do PT a concorrer pela segunda vaga de senador ao fato de Ciro abrir mão da candidatura presidencial.


“O Zé Dirceu não tem coragem de me pedir para retirar a candidatura, até porque eu mando ele pastar na mesma hora”, declarou o deputado hoje no Congresso

O iG procurou José Dirceu para comentar os ataques de Ciro, mas o ex-deputado não quis dar declarações. Mandou avisar, por meio de sua assessoria, que não teve intenção de condicionar a desistência do PT de concorrer ao Senado, no Ceará, a um gesto idêntico de Ciro em relação à sua candidatura presidencial.

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