Eleitores em zona eleitoral esperam a hora de votar
Foto: Leo Correa/AP Photo
No total, Bolsonaro venceu em 16 Estados e no Distrito Federal. Ganhou na totalidade das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Apesar de não ter repetido o desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff no Nordeste, Haddad conseguiu evitar que a onda bolsonarista invadisse a região, o que teria levado a uma definição da disputa já no primeiro turno.
O melhor desempenho de Bolsonaro nos Estados ocorreu em Santa Catarina, onde teve quase dois terços dos votos, deixando Haddad em um distante segundo lugar, com 15%. Nos vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná, Bolsonaro teve também o apoio da maioria absoluta do eleitorado.
No Sudeste, o candidato do PSL só não alcançou maioria absoluta em Minas Gerais – e foi por pouco. Entre os mineiros, o placar pró-Bolsonaro foi de quase 49% a 27%. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o militar da reserva teve 53%. No Rio de Janeiro, seu domicílio eleitoral, Bolsonaro alcançou quase 60%.
Haddad venceu em nove Estados, sendo oito no Nordeste e apenas um – o Pará – no Norte. Em relação ao mapa do primeiro turno de 2014, o candidato do PT não repetiu o desempenho de Dilma Rousseff – candidata do partido na época – nos principais Estados do Norte.
Dilma, por exemplo, teve 55% dos votos no Amazonas no primeiro turno de 2014. Haddad, por sua vez, ficou com 39%, atrás de Bolsonaro, com 45%.
No Nordeste, o melhor desempenho de Haddad ocorreu no Piauí, no Maranhão e na Bahia, onde teve aproximadamente seis em cada dez votos.
Exceção
Nos Estados nordestinos, o petista só não foi o vencedor no Ceará, reduto eleitoral de Ciro Gomes (PDT).
O pedetista teve 41% dos votos dos cearenses. Haddad ficou com 32%, e Bolsonaro, com 22%. Foi o único Estado em que o candidato do PSL ficou na terceira posição.
Os Estados em que o PT teve melhor desempenho são os que possuem maior concentração de eleitorado beneficiado por políticas públicas e programas sociais da época em que o partido comandava o governo federal.
Perfil. A última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo antes da eleição, concluída na véspera da disputa, mostrou que o embate entre Bolsonaro e Haddad reproduziu parcialmente a clivagem social das disputas entre PT e PSDB. Desde a eleição de 2006, o partido de Lula se sai melhor entre os eleitores mais pobres e menos escolarizados, enquanto o adversário do PT tem desempenho superior nas faixas de maior renda e escolaridade. Neste ano, o padrão se repetiu, segundo o Ibope.
Outro recorte que mostrou diferenças entre o eleitorado de Bolsonaro e o de Haddad é o religioso. O Ibope feito na véspera da pesquisa, da mesma forma que todos os levantamentos anteriores realizados durante a campanha, apontou que Bolsonaro tinha desempenho melhor entre evangélicos que entre católicos. Já em relação a Haddad ocorreu o contrário.
No recorte por raças feito pelo Ibope, o candidato do PT se saiu melhor entre os negros e pardos, enquanto Bolsonaro se destacou entre os brancos.
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