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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Temer diz que afastará ministros se forem denunciados na Lava Jato



'Se alguém converter-se em réu estará afastado independentemente do julgamento final', afirmou o presidente, em coletiva para tentar afastar as acusações de que estaria atuando contra a Operação Lava Jato



Carla Araújo e Tânia Monteiro ,

O Estado de S. Paulo


Brasília - O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira, 13, que vai afastar temporariamente ministros denunciados e em caráter definitivo aqueles que virarem réus. O anúncio ocorre em um momento em que o governo é acusado por oposicionistas de articular para abafar a Operação Lava Jato.


O presidente Michel Temer durante pronunciamento no Palácio do PlanaltoFoto: André Dusek/Estadão


“Se houver denúncia, que é um conjunto de provas, que eventualmente pode levar ao acolhimento, o ministro denunciado será afastado provisoriamente. Se acolhida a denúncia e o ministro se transformar em réu o afastamento é definido”, disse, ressaltando que “se alguém converter-se em réu estará afastado independentemente do julgamento final.”


Segundo Temer, não há nenhuma tentativa de blindagem a acusados de corrupção em seu governo.

Sem citar o caso de Moreira Franco, que é citado na Lava Jato e aguarda definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre se poderá ou não ficar no cargo, o presidente ressaltou que diria “pela enésima vez” que o governo não quer interferir nas investigações. Ele ressaltou, entretanto, que só a citação não pode ser prova de culpa. “Uma simples menção não pode ser modo definitivo de incriminar”.

O presidente disse que uma demonstração de que o governo não interferiu foi o fato de as delações da Odebrecht terem sido homologadas. “Chegando ao Judiciário toma um ritmo natural, tão natural que as delações homologadas”, afirmou.

Temer destacou que a declaração de hoje se fazia “em caráter definitivo” e repetiu que o governo jamais poderá interferir na Lava Jato, que é comandada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. “O governo não quer e nem vai blindar ninguém”, afirmou, ressaltando que se trata de uma “questão muito séria”.


13 Fevereiro 2017

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