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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Petrobras reduz preço da gasolina e do diesel pela 1ª vez desde 2009


Combustíveis ficam mais baratos a partir deste sábado; litro pode cair
R$ 0,05

Por Bruno Rosa
O Globo
Sede da Petrobras, no Centro do Rio
Pedro Teixeira/Agência O Globo

RIO - A Petrobras anunciou nesta sexta-feira a redução no preço dos combustíveis. A estatal informou que seu Grupo Executivo de Mercado e Preços, em sua primeira reunião, decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7%, em média, no Brasil. Já a gasolina deve ficar 3,2% mais barata. Em ambos os casos a redução é na refinaria e entra em vigor a partir da zero hora deste sábado, dia 15. O mercado financeiro reagia positivamente à notícia.


É a primeira vez que isso ocorre desde 2009. Em junho daquele ano, o preço da gasolina caiu 4% e o diesel teve redução de 15%. Já em setembro de 2015, a gasolina subiu 6% e o diesel teve alta de 4%.

O impacto no preço final, para o consumidor, vai depender da decisão das redes de combustíveis e distribuidoras. Se essa alteração for repassada para o consumidor, o diesel pode cair 1,8% na bomba, o que dá R$ 0,05 por litro. No caso da gasolina, a queda para o motorista pode ser de 1,4%, também R$ 0,05 a menos por litro na bomba. A estimativa foi feita por Petrobras.

A redução do preço dos combustíveis deve ajudar a puxar a inflação para baixo e, consequentemente, contribuir para que o Banco Central inicie o processo de redução da taxa básica de juros, a Selic, que desde julho do ano passado está em 14,25% ao ano.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras informou que “a decisão do grupo gestor levou em conta o crescente volume de importações, o que reduz a participação de mercado da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo e derivados”. A estatal destaca ainda que “futuros ajustes de preços de combustíveis serão comunicados via nota à imprensa e canais internos de comunicação aos clientes”.

A estatal explicou que, com as reuniões mensais do Grupo, os preços podem cair, subir ou se manter iguais. Na prática, os valores terão mais oscilações.

— Essa política é baseada na paridade internacional de preços, no qual adicionamos uma margem. E vamos ter um Comitê que vai avaliar uma vez por mês os preços. E esse Comitê vai avaliar e tomar as decisões para saber se é preciso reduzir ou elevar os preços. Estamos fazendo esse primeiro movimento de redução — disse Pedro Parente, presidente da estatal.




Queda nas bombas pode chegar a cinco centavos, segundo Petrobras
Foto: Wilfredo Riera / Bloomberg


Venezuelanos são os que pagam menos
O site GlobalPetrolPrices.com faz um ranking de preços do litro da gasolina em 176 países, com base em valores atuais ou séries antigas atualizadas pelos preços do petróleo e na variação cambial. De acordo com o levantamento de 19 de setembro, a Venezuela tem o litro mais barato, a R$ 0,03.














Segundo a estatal, a política de preços segue basicamente quatro premissas. Entre elas, estão o preço de paridade internacional (PPI), que já inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias; margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, tais como, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobre-estadias em portos e lucro, além de tributos; o nível de participação no mercado; e preços nunca abaixo da paridade.

“A política que será posta em prática prevê avaliações para revisão de preços pelo menos uma vez por mês. É importante ressaltar que, como o valor desses combustíveis acompanhará a tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias”, disse a estatal.

A companhia está em processo de venda da BR Distribuidora, maior rede de combustíveis do país com cerca de oito mil lojas.

Ontem, as Lojas Americanas mostraram interesse em participar do processo.

Pelo negócio, a estatal continua com a maior capital total da subsidiária, mas limitada a 49% do capital votante.

Ivan Monteiro, diretor de Relacionamento com Investidores da Petrobras, disse que a companhia enviou mais de 90 prospectos (teasers) para empresas interessadas em comprar parte da BR.

— Foram mais de 90 teasers. É um número grande. Quem assina o acordo de confidencialidade com a Petrobras, recebe mais informações. E o que percebemos é a quantidade superior de interessados e qualitativamente. Há interesse no Brasil e no exterior, com empresas dos perfis mais variados — disse ele.

14/10/2016


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