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terça-feira, 7 de abril de 2015

Eliseu Padilha vai comunicar a Dilma que não aceita comandar articulação política, diz líder






Ministro da Secretaria de Aviação Civil foi convidado pela presidente na segunda-feira

Por Isabel Braga
O Globo

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), vai comunicar à presidente Dilma Rousseff que não aceitará o convite para assumir a articulação política do governo, segundo informação do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). O deputado, ao chegar à Câmara na manhã desta terça-feira, afirmou que a decisão de Padilha foi comunicada a líderes do partido numa reunião ontem à noite no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

– Ele nos comunicou que não vai aceitar a indicação por uma questão pessoal. Isso será comunicado à presidente. Existe uma resistência da esposa dele, que está com um filho recém-nascido. Por isso, ele não poderia aceitar a vaga – disse Picciani.

Dilma decidiu mudar a articulação política do governo, retirando o ministro Pepe Vargas (PT) da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que passaria a ser ocupada por um peemedebista.

Eliseu Padilha e Michel Temer estão reunidos na manhã desta terça-feira com a presidente Dilma, no Palácio do Planalto, para discutir o convite feito por ela.

Na Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a dizer que o PMDB não está pleiteando o cargo e que a decisão cabe à presidente Dilma Rousseff.

- A articulação política é um processo político e quem escolhe é a presidente Dilma Rousseff. Não podemos deixar como sendo pleito do PMDB e que a articulação só funcionará se for alguém do PMDB. É o conjunto, são nomes e formatos. Está provado que o formato atual não está funcionando, mas qual o formato é a presidente quem vai dizer. Quem tem que dar autonomia é quem nomeia - disse Cunha.

Sem confirmar as declarações de Picciani, Cunha questionou, brincando:

- Ele (Eliseu Padilha) foi convidado?

- Não sei nem se houve convite. Acho que é uma sondagem. Acho que não houve convite. Você sonda para saber se há disposição, para a partir daí fazer o convite - completou.

A ideia de Dilma era dar mais espaço ao principal partido da base aliada, em meio a uma crise política, à necessidade de aprovação no Congresso de um pacote de ajuste fiscal, e a uma perda expressiva de popularidade do governo, acompanhada de forte fogo amigo de integrantes do PMDB.

Questionado se o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é um bom nome para o cargo de ministro da Secretaria de Relações Institucionais, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, respondeu:

– O problema não é de nome, é de forma. É a pessoa estar no cargo e não ter instrumento de decisão. Se a presidente empoderar alguém e dar poder de decisão, não precisa ser alguém do PMDB. No governo do presidente Lula, os ministros da SRI tinham poder de decisão sobre liberação de emendas, restos a pagar, nomeação de cargos e postura política. Mas a presidente Dilma não tem isso. Essa fórmula não vem sendo adotada desde o primeiro mandato.

Dilma se reúne ainda nesta tarde com líderes do Congresso e presidentes de partidos da base aliada. O encontro servirá para a presidente pedir apoio às medidas de ajuste fiscal.

07/04/2015

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