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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Nestor Cerveró é preso pela Polícia Federal no Rio


Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, ex-diretor da Petrobras foi detido ao desembarcar no aeroporto após viagem a Londres
Veja.com

 
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras (Eraldo Peres/Reuters)

Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, foi preso pela Polícia Federal no início da madrugada desta quarta-feira no aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Cerveró foi detido por volta de 0h30 ao desembarcar de uma viagem a Londres. Acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras, o ex-diretor da estatal tinha depoimento marcado para quinta no Ministério Público Federal do Rio. Cerveró será transferido para Curitiba, base das investigações da Lava Jato, ainda nesta quarta.



Em declaração para a GloboNews, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, afirmou que ainda não conhece a fundamentação para a prisão preventiva, mas que "estranha" a detenção de seu cliente. "Eu entendo que não existe motivo para a prisão, já que ele informou às autoridades sobre a viagem e retornou para prestar o depoimento", disse Ribeiro.

Propina – De acordo com a acusação contra Cerveró, aceita pela Justiça em dezembro, o ex-diretor recebeu 15 milhões de dólares, a partir da mediação do lobsita Fernando Baiano, para a consolidação de um contrato com a Samsung. Depois de ter embolsado a propina, Cerveró, na condição de diretor da Área Internacional da Petrobras, recomendou à Diretoria Executiva da estatal a contratação da empresa sul-coreana por 586 milhões de dólares.

Em uma segunda etapa, por meio de Fernando Baiano, Cerveró teria recebido mais 25 milhões de dólares para que a Samsung conseguisse um contrato para o fornecimento de outro navio sonda para perfuração de águas profundas ao custo de 616 milhões de dólares. O total de 40 milhões de dólares em vantagens indevidas, que o empresário Julio Camargo afirma ter sido destinado a Fernando Baiano, terminou, segundo apuração do Ministério Público, nas mãos de Cerveró.


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