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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Marina muda o tom e agora diz que não haveria delação premiada sem fundamento



Por Reinaldo Azevedo

Como todos sabemos, a revista VEJA desta semana traz parte do que Paulo Roberto Costa confessou à Polícia Federal e ao Ministério Público sobre a quadrilha que operava na Petrobras. Ele já gravou 42 horas de depoimento. Nesta segunda, Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, mudou um pouco o tom de sua fala. Ela estava sendo bastante rebarbativa a respeito do assunto, até porque um dos acusados é justamente Eduardo Campos, antigo cabeça de chapa do PSB, morto num acidente aéreo no dia 13 de agosto.

Durante visita a uma creche, em São Paulo, afirmou Marina, segundo informa a Folha: “Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras é o atual governo, que, conivente, deixou que todo esse desmando acontecesse em uma das empresas mais importantes do país”. Marina, no entanto, aliviou um pouco a barra para a presidente Dilma Rousseff: “A presidente [Dilma] tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana em dizer que ela tem responsabilidade direta pessoalmente”.

Marina, que vinha afirmando que, por enquanto, só havia “ilações”, mudou o tom e afirmou sobre as denúncias: “É uma delação premiada. Com certeza o Ministério Público não iria premiar aquilo que não tenha base de realidade”.

Só para lembrar: segundo Paulo Roberto Costa, a lista dos que teriam recebido propina do Petrolão inclui, entre outros, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo no dia 13 de agosto, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (PMDB).

O engenheiro acusa ainda Edison Lobão, atual ministro das Minas e Energia, e atinge o coração do Congresso: estão no rol o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). PT, PMDB e PP seriam os três beneficiários do esquema, que teria também como contemplados os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), e os deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), além de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.

08/09/2014

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