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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Barbosa decreta prisão de João Paulo


Parlamentar condenado por envolvimento no mensalão deve fazer ato de 'entrega' à Polícia Federal em frente ao Supremo

Mariângela Gallucci
O Estado de S. Paulo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decretou nesta terça-feira, 4, a prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por envolvimento no esquema do mensalão. O ex-presidente da Câmara considera a hipótese de fazer um ato de "entrega" à Polícia Federal em frente ao Supremo.

André Dusek/Estadão - 03.02.2014
João Paulo Cunha cumprimenta manifestantes acampados em frente ao STF

O Estado apurou que o mandado de prisão só não foi assinado nessa segunda, 3, porque o ministro participou da solenidade de abertura dos trabalhos legislativos e preferiu adiar a decisão para evitar constrangimentos.

No começo de janeiro, Joaquim Barbosa entrou em férias sem assinar o mandado de prisão de João Paulo. Nos bastidores, integrantes da Corte manifestaram insatisfação com a condução das prisões. Nessa segunda, ao visitar o acampamento de manifestantes que pediam a anulação do julgamento, em frente ao STF, João Paulo afirmou que usará todos os recursos possíveis contra sua condenação.

Pessoas próximas ao deputado afirmaram que ele pode fazer um ato de "entrega" com objetivo de "criar um ato simbólico" junto aos militantes do partido antes de começar a cumprir a pena.

O petista foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Barbosa determinou em relação a Cunha, no início de janeiro, o cumprimento das penas pelos crimes de corrupção e peculato, que somam seis anos e quatro meses, e para as quais não cabe mais recurso.

O presidente do STF ainda tem de tomar decisões a respeito de outros dois condenados no mensalão. Mas Barbosa só irá decidir a situação do ex-deputado Roberto Jefferson juntamente com a definição da situação de José Genoino. Condenado, Genoino cumpre a pena em casa, depois de passar mal na penitenciária, enquanto aguarda decisão do presidente do Supremo sobre pedido de prisão domiciliar definitiva.

 04 de fevereiro de 2014 

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