Fotos Susan Walsh/AP e Fernando Souza/CPDOC JB/Folha Imagem
AI, QUE MEDO
Obama, o sereno, é atacado por Garcia, o sinistro: o verdadeiro motivo é a raiva pelos planos fracassados de transformar Honduras em vitória ideológica
Obama, o sereno, é atacado por Garcia, o sinistro: o verdadeiro motivo é a raiva pelos planos fracassados de transformar Honduras em vitória ideológica
Alguma coisa certa Barack Obama fez. E não estamos falando do garbo exibido na primeira recepção de gala de seu governo, visto na foto ao lado. A prova do acerto está nos ataques virulentos que recebeu de Marco Aurélio Garcia, o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais.
Tudo o que Garcia fala é errado, na forma e no conteúdo, além de prejudicial aos interesses nacionais. O presidente dos Estados Unidos foi alvo do novo surto de megalonanismo por defender o reconhecimento das eleições em Honduras, neste domingo.
Desde que Manuel Zelaya tentou emplacar a própria reeleição e foi punido pela Suprema Corte com a perda do cargo, além de expulso manu militari do país, ao qual retornou com a patola chavista, instalando-se de bigode e chapelão na embaixada brasileira, a diplomacia petista trabalha com o objetivo de restaurá-lo no poder a qualquer preço.
A saída pela via eleitoral, com a escolha de um novo presidente, virou um anátema para Garcia e sua turma. A proposta de solução apoiada por Obama parecia razoável: levar observadores internacionais para Honduras e, verificada a lisura da votação, chancelar o resultado, abrindo uma saída pacífica para o impasse.
"Isso é muito ruim para os Estados Unidos e sua relação com a América Latina", rugiu Garcia. "Todo aquele clima favorável que se criou com a eleição do presidente Obama começa a se desfazer um pouco."
Tudo o que Garcia fala é errado, na forma e no conteúdo, além de prejudicial aos interesses nacionais. O presidente dos Estados Unidos foi alvo do novo surto de megalonanismo por defender o reconhecimento das eleições em Honduras, neste domingo.
Desde que Manuel Zelaya tentou emplacar a própria reeleição e foi punido pela Suprema Corte com a perda do cargo, além de expulso manu militari do país, ao qual retornou com a patola chavista, instalando-se de bigode e chapelão na embaixada brasileira, a diplomacia petista trabalha com o objetivo de restaurá-lo no poder a qualquer preço.
A saída pela via eleitoral, com a escolha de um novo presidente, virou um anátema para Garcia e sua turma. A proposta de solução apoiada por Obama parecia razoável: levar observadores internacionais para Honduras e, verificada a lisura da votação, chancelar o resultado, abrindo uma saída pacífica para o impasse.
"Isso é muito ruim para os Estados Unidos e sua relação com a América Latina", rugiu Garcia. "Todo aquele clima favorável que se criou com a eleição do presidente Obama começa a se desfazer um pouco."
Em diplomacia, as palavras devem ser escolhidas com cuidado, não por cortesia banal, mas para evitar o agravamento de atritos.
Quando um país considera necessário censurar outro, a praxe é plantar declarações indiretas, chamar os representantes diplomáticos do oponente para uma conversa ou fazer comunicações por escrito.
A ideia de personalizar as críticas, nomeando um chefe de governo diretamente, só em casos muito graves. Garcia rompeu todas essas regras e, num lapso ofensivo, somou a ofensa à injúria ao dizer que reconhecer a eleição em Honduras seria "legitimar o branqueamento de um golpe" - ah, as peças que o inconsciente prega.
A violência de suas declarações tem uma explicação simples: frustração.
A diplomacia petista contava com uma vitória política e ideológica com a restituição de Zelaya, que representaria uma prova de força e de prestígio internacional do governo Lula.
Quando um país considera necessário censurar outro, a praxe é plantar declarações indiretas, chamar os representantes diplomáticos do oponente para uma conversa ou fazer comunicações por escrito.
A ideia de personalizar as críticas, nomeando um chefe de governo diretamente, só em casos muito graves. Garcia rompeu todas essas regras e, num lapso ofensivo, somou a ofensa à injúria ao dizer que reconhecer a eleição em Honduras seria "legitimar o branqueamento de um golpe" - ah, as peças que o inconsciente prega.
A violência de suas declarações tem uma explicação simples: frustração.
A diplomacia petista contava com uma vitória política e ideológica com a restituição de Zelaya, que representaria uma prova de força e de prestígio internacional do governo Lula.
Rodrigo Abd/AP |
ELES QUEREM VOTAR Manifestação em Honduras: críticas a Lula |
Na prática, deu tudo errado. A alegria dos megalonanicos quando Zelaya retornou murchou rapidamente. O sujeito se mostrou disposto a lutar até a última vida dos outros, usou a embaixada brasileira como palanque e decepcionou mesmo quem condenava a forma como foi defenestrado.
O governo interino de Roberto Micheletti, que tinha por trás o comando das Forças Armadas, a maioria do establishment político, a Corte Suprema e uma parte possivelmente majoritária da opinião pública, revelou uma capacidade de resistência insuspeita num país pobre, pequeno e suscetível a pressões. "Aqui não temos medo dos Estados Unidos, nem do Brasil, nem do México. Temos medo de Manuel Zelaya", resumiu Micheletti.
O governo interino de Roberto Micheletti, que tinha por trás o comando das Forças Armadas, a maioria do establishment político, a Corte Suprema e uma parte possivelmente majoritária da opinião pública, revelou uma capacidade de resistência insuspeita num país pobre, pequeno e suscetível a pressões. "Aqui não temos medo dos Estados Unidos, nem do Brasil, nem do México. Temos medo de Manuel Zelaya", resumiu Micheletti.
O que pesou, no entanto, foi a mudança na posição dos Estados Unidos. Quando Zelaya foi despachado e sua separação abrupta do poder parecia um golpe clássico, do tipo que assolou a América Latina no passado nem tão distante, o governo Obama apoiou a condenação internacional praticamente unânime.
Depois, suspendeu parte da ajuda a Honduras e cancelou os vistos de integrantes do governo interino e dos membros da Corte Suprema. A situação começou a mudar quando Hugo Chávez patrocinou o retorno sub-reptício de Zelaya e se multiplicaram as incitações ao levante popular, com o patente objetivo de criar mártires.
"Naquele momento, ficou claro que o presidente deposto era um baderneiro que queria apenas provocar a instabilidade no país", disse a VEJA Doug Bandow, pesquisador do Instituto Cato, com sede em Washington. Quanto mais a diplomacia petista se exibia em manifestações estridentes de autoapreciação, mais baixinho falavam os americanos.
Depois, suspendeu parte da ajuda a Honduras e cancelou os vistos de integrantes do governo interino e dos membros da Corte Suprema. A situação começou a mudar quando Hugo Chávez patrocinou o retorno sub-reptício de Zelaya e se multiplicaram as incitações ao levante popular, com o patente objetivo de criar mártires.
"Naquele momento, ficou claro que o presidente deposto era um baderneiro que queria apenas provocar a instabilidade no país", disse a VEJA Doug Bandow, pesquisador do Instituto Cato, com sede em Washington. Quanto mais a diplomacia petista se exibia em manifestações estridentes de autoapreciação, mais baixinho falavam os americanos.
Em outubro, o subsecretário de Estado para a América Latina e próximo embaixador em Brasília, Thomas Shannon, foi a Honduras e mediou um acordo que parecia salvar a cara de Zelaya e seus defensores: Micheletti renunciaria, o bigodudo voltaria à Presidência por um breve período, numa espécie de regime de liberdade vigiada, e as eleições resolveriam o assunto. Na realidade, o governo interino enrolou quanto pôde e Zelaya foi virando cada vez mais um personagem irrelevante.
Só o último ponto se concretizou.
Só o último ponto se concretizou.
Muita coisa que aconteceu em Honduras foi indesejável: a adesão de Zelaya ao chavismo, as manobras que fez para alterar a cláusula pétrea da Constituição que proíbe a reeleição, sua posterior expulsão do país, a breve mas condenável decretação do estado de sítio. Numa situação com tantos fatores negativos, a eleição de um novo presidente parece uma evolução positiva.
As eleições foram marcadas quando Zelaya ainda estava no poder e, embora tenha passado a rejeitá-las, dos cinco candidatos dois são zelayistas. Micheletti deixou o cargo na semana passada e o Congresso ficou de decidir depois da eleição se Zelaya seria restaurado, hipótese altamente improvável.
O favorito nas pesquisas é Porfírio Lobo, do Partido Nacional, de centro-direita. O presidente Lula reiterou que não aceitará de maneira alguma o resultado da eleição. Se a premissa de condições democráticas irrepreensíveis fosse aplicada em todas as situações para validar eleições, muitos países não teriam saído de regimes ditatoriais.
É bom até bater na madeira para não lembrar desse passado. Toc, toc, toc. Ou, nas palavras inesquecíveis de Marco Aurélio Garcia, top, top, top.
As eleições foram marcadas quando Zelaya ainda estava no poder e, embora tenha passado a rejeitá-las, dos cinco candidatos dois são zelayistas. Micheletti deixou o cargo na semana passada e o Congresso ficou de decidir depois da eleição se Zelaya seria restaurado, hipótese altamente improvável.
O favorito nas pesquisas é Porfírio Lobo, do Partido Nacional, de centro-direita. O presidente Lula reiterou que não aceitará de maneira alguma o resultado da eleição. Se a premissa de condições democráticas irrepreensíveis fosse aplicada em todas as situações para validar eleições, muitos países não teriam saído de regimes ditatoriais.
É bom até bater na madeira para não lembrar desse passado. Toc, toc, toc. Ou, nas palavras inesquecíveis de Marco Aurélio Garcia, top, top, top.
Noves fora, nada
Eraldo Peres/AP |
BEM NA FOTO Lula e seu convidado: vantagens, só para Ahmadinejad |
Tudo o que foi dito pelo governo a respeito da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é cortina de fumaça. O barbudinho sinistro não foi convidado para cultivar relações com um país importante, nem para avançar relações comerciais, nem para dar ao Brasil um papel de mediação na crise do programa nuclear clandestino do regime dos aiatolás.
Os dois primeiros objetivos podem e devem ser promovidos com impessoalidade diplomática, sem contemplar um pária como Ahmadinejad com o prêmio de um convite oficial ao Brasil.
O terceiro contraria a lógica do esforço diplomático mundial para conseguir uma saída à questão nuclear: o momento é de pressionar e acenar com normalização apenas na hipótese de que o Irã aceite a proposta da ONU, de enriquecer urânio na Rússia, como garantia de que não o usará na fabricação de bombas.
O verdadeiro objetivo dos afagos a Ahmadinejad foi o de sempre: conseguir uns votinhos em organismos internacionais, uma área em que a diplomacia lulista tem sido particularmente malsucedida - basta o chanceler Celso Amorim se aproximar de um candidato a qualquer coisa e, catapimba, o infeliz não se elege nem síndico de prédio.
Os dois primeiros objetivos podem e devem ser promovidos com impessoalidade diplomática, sem contemplar um pária como Ahmadinejad com o prêmio de um convite oficial ao Brasil.
O terceiro contraria a lógica do esforço diplomático mundial para conseguir uma saída à questão nuclear: o momento é de pressionar e acenar com normalização apenas na hipótese de que o Irã aceite a proposta da ONU, de enriquecer urânio na Rússia, como garantia de que não o usará na fabricação de bombas.
O verdadeiro objetivo dos afagos a Ahmadinejad foi o de sempre: conseguir uns votinhos em organismos internacionais, uma área em que a diplomacia lulista tem sido particularmente malsucedida - basta o chanceler Celso Amorim se aproximar de um candidato a qualquer coisa e, catapimba, o infeliz não se elege nem síndico de prédio.
A coisa menos ruim que aconteceu foi que o presidente Lula não escapou do roteiro e não disse absurdos. Por ocasião da eleição fraudulenta que reelegeu Ahmadinejad, ele desqualificou os protestos da oposição, comparando-a a torcida de time perdedor - justamente no momento em que jovens iranianos eram presos, espancados e violentados nas cadeias.
As declarações em favor de que o Irã "tenha o direito de desenvolver enriquecimento de urânio para fins pacíficos" foram desmentidas na prática: na sexta-feira, o Brasil se absteve na resolução da Agência Internacional de Energia Atômica condenando os comprovados subterfúgios do programa nuclear do Irã.
As declarações em favor de que o Irã "tenha o direito de desenvolver enriquecimento de urânio para fins pacíficos" foram desmentidas na prática: na sexta-feira, o Brasil se absteve na resolução da Agência Internacional de Energia Atômica condenando os comprovados subterfúgios do programa nuclear do Irã.
2 comentários:
CONVITE PARA BIN LADEM:
VENHA !!!!
Venha para o Brasil, peça asilo político ao Lula e aos comunistas do PT, aqui você receberá toda a cobertura e apoio de um governo que adora proteger Terroristas , Assassinos, ditadores e Corruptos.
Peça refugio ao governo Lula, que você será bem recebido de Braços aberto e terá por parte do governo Lula, toda sua defesa e proteção.
Garantimos emprenho pessoal do Ministro da Justiça de Lula para defender Comunistas, Terroristas, Ditadores e Corruptos.
Venha !!!!!!
Cesare Batistti já estar protegido por Lula , o presidente do Irã e da Venezuela também.
VENHA !!!
Governo Lula, o governo que adora proteger Bandidos, Corruptos e Terroristas.
Se você é Terrorista, Assassino, Corrupto e Ditador, no Governo Lula você será bem recebido.
+ atenção, esta proteção se resume para pessoas de esquerda, comunistas, ditadores, terroristas e corruptos.
Se você não se encaixa neste quadro, não será bem vindo.
Fui…..
Nikacio Lemos
abem porque Lula Critica tanto os USA ?
Uma puta de Inveja deles e um alto complexo de inferioridade !!!
Todos sabem que os comunistas do PT, o demagogo, mentiroso e corrupto do Lula estão dispostos a venderem a própria alma para DIABO para se manterem no poder.
O PT e Lula querem se perpetuar no poder nem que para isso tenham que fazer o impossível.
Se Dilma ganhar, meios de Comunicação como: Organizações Globo, Band, Veja, e site como Lilicarabina, serão apagados do mapa .
Eles vão aguardar a vitória de Dilma para fazer do Brasil uma Venezuela .
Lula quer de todo preço controlar o TCU, e após a vitória de Dilma o PT e Lula vão controlar o Brasil e fazerem dele o que bem entenderem.
A imprensa internacional precisa saber a verdadeira cara de Lula .
Precisa conhecer o lado mentiroso, corrupto, e ditador deste governo que tenta se apoderar do Brasil.
Lula passa uma imagem falsa para o exterior .
Tentar mostrar para o mundo que é um homem solidário e preocupado com a fome e a quera mundial.
Tudo mentira de um demagogo que busca ganhar o premio Nobel da paz.
O maior sonho desse demagogo é ganhar o premio Nobel da Paz.
Mas ele terá que esperar para próxima encarnação, porque este premio não é entregue para mentirosos, demagogos e corruptos.
Os USA precisa dar um Gelo nesse Lula !!!!
Obama precisa se afastar + deste governo Lula, só assim esses comunistas do PT vão baixar a crista.
Já passou da hora do Governo Americano dar um gelo em Lula !!!
Fui..........
Nikacio lemos
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