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sábado, 14 de agosto de 2010

SERRA VAI GANHAR! O BRASIL PODE MAIS!



José Serra vai ganhar as eleições presidencias deste ano, apesar das ações ilegais do presidente da República que age como cabo eleitoral e joga todo o peso do Estado no processo eleitoral para beneficiar, com dinheiro público, a candidata do seu partido.
A situação exige nosso inconformismo.


Vamos buscar nossa vitória nas ruas, com muita garra.



Nosso discurso tem grande clareza: vamos realizar o sonho de uma vida longa e com saúde para todos os brasileiros que enfrentam filas de hospitais, que precisam de cirurgias, de remédios e de atendimento.


Para nós o interesse nacional está acima do interesse meramente partidário.




Não vamos fazer política com sectarismo, com favorecimento de quadros partidários, loteamento das empresas públicas e gastos bizarros em propaganda.

Este legado dos últimos anos não nos serve.


As coisas boas que foram feitas serão mantidas e ampliadas.






Vamos dobrar o valor da bolsa-família e recuperar o atraso na Saúde, na Educação, na Segurança e nos investimentos em infra-estrutura.

E vamos fazer coisas novas:

o ministério da segurança, o ministério da pessoa com deficiência.

Temos a melhor proposta: a defesa da vida e da saúde das pessoas!



Venha conosco!

Vamos juntos, até a vitória!


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

8 pontos não é nada





8 pontos não é nada


Por O EDITOR
Coturno Noturno

A partir de agora, acabou o discurso único.


A Oposição terá 13 minutos, somando todos os candidatos, para confrontar a máquina midiática do governo petista.


Serão 13 minutos contra 10 minutos, totalizando 21 programas até o primeiro turno, veiculados de dois em dois dias.


Até agora o Brasil só conhecia o Minha Casa, Minha Vida com um milhão de casas.


Vai conhecer a verdade: pouco mais de 500 unidades para os verdadeiramente pobres.


Este é apenas um exemplo.


O Brasil, nos próximos 45 dias, vai ser passado a limpo.


E tem muita sujeira para limpar.


Durante dois anos, o Brasil ouviu, de todas as formas e por todos os meios, um discurso ufanista de Lula, apoiado por uma mídia totalmente dependente de verbas públicas.


Band, Record, SBT, a insossa Globo e suas emissoras a cabo, toda a mídia eletrônica fez propaganda editorial aberta do governo.


Sobraram alguns blogs, alguns jornais e uma só revista.


Agora, diariamente, a Oposição vai ter espaço nobre para mostrar propostas e, principalmente, o que está errado no Brasil.


Acabou o sambinha de uma nota só.


Quando o candidato era Lula, em 2006, conforme o post abaixo, ele tinha o dobro de votos de Alckmin, por esta mesma época.


Não cresceu nada, na margem de erro, durante toda a propaganda eleitoral.


Serra, hoje, tem entre 10 e 12 pontos a mais e está somente 8 pontinhos atrás da petista.


É um verdadeiro milagre, tendo em vista a máquina de moer a lei eleitoral que foi acionada por Lula.


Agora é de igual para igual.


Agora é mostrar quem é quem.


Agora é comparar projetos, propostas e proponentes das mesmas.


8 pontinhos não é nada.


Podem ser, inclusive, apenas 4, se contarmos que o Jornal Nacional não impactou nada para Serra.


Se forem 4, basta tirar 2 que está tudo igual.



Serra é um fenômeno

Aliás, de fonte segura, este é o cálculo interno da campanha de Serra: entre 3 e 5 pontos de diferença.


Serra é um fenômeno, mantendo-se em altíssimo patamar, enfrentando uma luta desigual contra um governo inteiro.


A eleição está completamente aberta


A pesquisa Datafolha contratada pela Rede Globo mostrou Dilma com 41% e Serra com 33%. A margem de erro é de 2%.


O período de campo pegou a participação de Dilma e Marina no JN, mas não pegou a de José Serra.


13.08.2010

Debate entre os candidatos ao governo de SP - Bloco 1



No primeiro bloco do debate entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo, os candidatos responderam a uma única pergunta, em ordem previamente sorteada.

Quando quem governa perde a vergonha o povo perde o respeito! ...

Festa de arromba mensalão
PROGRAMA DE JO SAORES





ENTREVISTA: Indio da Costa



Nesta primeira parte de sua entrevista, o vice de José Serra, Indio da Costa (DEM-RJ), diz que o Rio de Janeiro esperava
um vice do estado e que a candidata petista, Dilma Rousseff, não tem capacidade para tocar o Brasil. Para o vice de Serra, a campanha de Dilma esconde o PT.

As segunda e terceira partes da entrevista serão publicadas, respectivamente, sábado e domingo.



TEMAS TRATADOS NESTA ENTREVISTA

- “Desde 1904 o Rio não tinha um vice” (o:45 seg)

- “É uma oportunidade muito grande para o Rio” (1:15 min)

- “Vamos enfrentar Dilma com o respaldo da população” (2 min)

- “Vamos informar que Serra é mais preparado” (2:30 min)

-”No dia 1 de janeiro, o Lula volta para casa e quem fica é a turma do PT” (3 min)

- “Na CPI dos Cartões, Dilma é o primeiro nome que eu pedi indiciamento” (3:20 min)


13/08/2010

Chuva de meteoros é registrada em várias partes do mundo *Perseidas 13/08/2010


Chuva de meteoros é registrada em várias partes do mundo.

Fenômeno ocorre quando a Terra cruza os destroços do cometa Swift-Tutle.

Norte e Nordeste do Brasil também teriam facilidade para ver os meteoros.



A chuva de meteoros Perseidas foi registrada em vários pontos do mundo ao longo da madrugada desta sexta-feira (13).

Quem ficou acordado e contou com a sorte de céu claro e sem nuvens pôde ver o fenômeno.


W1TV, MysteryHunter
http://www.w1tv.com.br


Atualizado em 13/08/2010 04h35 

Veja mais aqui.




Eu não vi...


Jesus e a pomba de Stalin



Jesus e a pomba de Stalin

Por Olavo de Carvalho
O Globo


Quando Cristo disse:
Na verdade amais o que deveríeis odiar, e odiais o que deveríeis amar”,
Ele ensinou da maneira mais explícita que os sentimentos não são guias confiáveis da conduta humana: antes de podermos usá-los como indicadores do certo e do errado, temos de lhes ensinar o que é certo e errado.

Os sentimentos só valem quando subordinados à razão e ao espírito.


Razão não é só pensamento lógico: reduzi-la a isso é uma idolatria dos meios acima dos fins, que termina num fetichismo macabro.


Razão é o senso da unidade do real, que se traduz na busca da coesão entre experiência e memória, percepções e pensamentos, atos e palavras etc.


A capacidade lógica é uma expressão parcial e limitada desse senso.


Também são expressões dele o senso estético e o senso ético: o primeiro anseia pela unidade das formas sensíveis, o segundo pela unidade entre saber e agir.


Tudo isso é razão.

Espírito é aquilo que inspira a razão a buscar a chave da unidade da visão do mundo no supremo Bem de todas as coisas e não num detalhe acidental qualquer, tomado arbitrariamente como princípio de explicação universal, como algumas escolas filosóficas fazem com a linguagem, outras com a História, outras com o inconsciente etc.

O espírito é o topo do edifício da razão, que por ele se abre para o sentido do Bem infinito, libertando-se da tentação de enrijecer-se num fetichismo trágico ou utópico.


Nem a razão nem o espírito se impõem.


Só nos abrimos a eles por livre vontade.


A abertura para a razão vem essencialmente da caridade, do amor ao próximo, pelo qual o homem renuncia a impor seu desejo e aceita submeter-se ao diálogo, à prova, ao senso das proporções e, em suma, ao primado da realidade.


A abertura para a razão é educação.


Educação vem de ex ducere, que significa levar para fora.


Pela educação a alma se liberta da prisão subjetiva, do egocentrismo cognitivo próprio da infância, e se abre para a grandeza e a complexidade do real.


A meta da educação é a conquista da maturidade.

O homem maduro -- o spoudaios de que fala Aristóteles -- é aquele que tornou sua alma dócil à razão, fazendo da aceitação da realidade o seu estado de ânimo habitual e capacitando-se, por esse meio, a orientar sua comunidade para o bem.


Este ponto é crucial:
ninguém pode guiar a comunidade no caminho do bem antes de tornar-se maduro no sentido de Aristóteles.

Líderes revolucionários e intelectuais ativistas são apenas homens imaturos que projetam sobre a comunidade seus desejos subjetivos, seus temores e suas ilusões pueris, produzindo o mal com o nome de bem.


Mas o que atrai a alma para a abertura ao espírito e à razão é a esperança, e o despertar da esperança é um mistério.

Homens submetidos à mais dura opressão e aos mais tormentosos sofrimentos conservam sua esperança, enquanto outros a perdem à primeira frustração de um desejo tolo.


A esperança não está sob o nosso controle.

Seu advento depende do espírito mesmo, que sopra onde quer.

Todos os enredos humanos, da vida e da ficção, giram em torno do mistério da esperança.

Leia mais.

Câmeras de segurança registraram explosão de carro bomba em Bogotá

A rede de televisão colombiana RCN divulgou imagens de quatro câmeras de segurança que registraram o exato momento da explosão de um carro bomba em Bogotá.

A partir delas é possível observar o estrondo e os estilhaços de vidro lançados.


Uma das câmeras capturou a reação do funcionário de um dos prédios atingidos pelo impacto da bomba.

Um carro bomba explodiu na manhã  de quinta-feira,
dia 12/8, às 05h30 horário local (07h30 em Brasília) próximo a um complexo de prédios na capital colombiana e deixou nove feridos.



O governo colombiano condenou o ataque terrorista e trabalha na busca dos culpados.






COMENTÁRIO

A bomba seria um aviso ao novo Governo do Presidente Juan Manuel Santos para que use a mesma política de segurança democrática aplicada por Uribe?

13.08.2010

NÃO TEM PREÇO


ABERTURA CAMPUS PARTY 2009
Ver o @MarceloBranco,
ano passado, aplaudindo
@JoseSerra_
NÃO TEM PREÇO


Iogurte natural - Dora Kramer




Dora Kramer
O Estado de S. Paulo

José Serra defendeu outro dia para uma plateia de empresários a ideia de que os candidatos devem se apresentar no horário eleitoral de televisão com menos aparato publicitário possível.

Sem muita produção, sem maquiagem (lato e estrito sensos) e de preferência sem roteiro prévio.

"Chegar lá e falar o que pretende e se possível de improviso, sem nenhum tipo de truque.

Com isso, a gente elimina custo e impede que os candidatos sejam vendidos como iogurtes ou o novo pão de centeio", disse o candidato a presidente pelo PSDB no auditório da Associação Comercial, aproveitando justamente um encontro ao qual a candidata Dilma Rousseff havia se recusado a comparecer.

No dia anterior Serra havia conversado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a respeito da melhor maneira de se apresentar ao País nestes dois meses de intensa exposição três vezes por semana, duas vezes por dia, no horário eleitoral, nas inserções ao longo da programação das emissoras, nos debates e nas entrevistas pré-marcadas.

A conversa foi exatamente aquela. FH sugeriu e Serra concordou que sua melhor arma seria ele mesmo e, portanto, deveria argumentar junto à assessoria de propaganda que tentasse usar esse modelo mais despojado nos programas que começam na semana que vem.

Por uma razão simples e objetiva: em matéria de recursos técnicos e financeiros não haverá como competir com a candidatura oficial.

Só a discrepância no volume de arrecadação até agora (algo como o quádruplo para a campanha de Dilma) já corrobora a constatação.

Na hora Serra achou que FH tinha razão, mas disse que não saberia se conseguiria convencer os assessores da área de que o estilo "cara lavada" seria o melhor.

Afinal, é como ele mesmo disse na ocasião:

"É chato?

É chato, mas a política é chata.


" E para quem disputa eleição talvez seja conveniente não exagerar na dose.
Laços. Na forma Marina Silva esteve irretocável no Jornal Nacional. Figura linda, português esplêndido, fluência invejável.

No conteúdo claudicou visivelmente. Excedeu-se nas concessões à utopia, mas falhou mesmo no contraste entre a firmeza dos gestos - até para interromper o entrevistador e ficar senhora do tempo - e a tibieza da fala sobre sua atitude em relação ao escândalo-mor do PT.

Chamou o mensalão, um crime, de "erro" e não convenceu sobre a decisão de permanecer no governo "combatendo por dentro". Inclusive porque saiu por ter perdido outra batalha, a do meio ambiente.

Mano a mano. O PT morre de vontade, mas sabe que não pode arrumar contencioso com a Rede Globo.

O presidente Lula deu um sinal, que nem de longe dá a dimensão do descontentamento real, ao reclamar do tratamento dado a Dilma Rousseff na entrevista do Jornal Nacional.

Lula disse que faltou "gentileza".

Na verdade, Lula e o PT se ressentem mesmo é da falta de privilégio e do deslumbramento acrítico que havia quando Lula era o candidato, notadamente em 2002.

O PT reivindica o direito de "amadurecer" à medida que vive experiências governamentais, mas não dá aos outros o direito de amadurecer a maneira de lidar com o partido.

Petistas agem como pragmáticos e esperam ser tratados como ideólogos. Acham injustas quaisquer cobranças, pois acreditam que as pessoas têm a obrigação de olhá-los com a tolerância devida aos inimputáveis.

Mau jeito. Dizer que o presidente Lula ficou "contrariado" com a chancela do Brasil às sanções impostas pela ONU ao Irã vale tanto quanto afirmar que ele ficou "irritado" como ocorre sempre que há um fato desfavorável.

Ou seja, não vale nada, além do uso de um adjetivo.





Voto vencido nas Nações Unidas, ou o Brasil assinava ou quedava-se ao isolamento sem resultados.


Posted by Artigos


 Agosto 12, 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vamos viajar? - SkyDance



O equipamento, é um Pilatus suíço, concorrente do nosso Tucano da Embraer.

Depois da partida dos Alpes dirige-se para o Oeste sobrevoando a baixa altitude o Vale do Loire passando por cima do Castelo de Chenonceau (sobre o Rio Cher) e logo em seguida os telhados do Castelo de Chambord.

Caminhando para a Bretanha, ao Norte, vão ver o Mont-Saint-Michel e mais adiante, já na costa atlântica francesa de Côte d'Albâtre, brancas formações rochosas na região das Falésias de Étretat, com o arco da falésia de Aval, e, pouco depois, sempre em direção a Leste, praias do desembarque na Normandia e o memorial do cemitério americano da II GG, em Colleville-sur- Mer.

Finalmente, estarão muito próximos ao litoral Sul Mediterrâneo e dos Pirenéus orientais, sobrevoando no País dos Cátaros, não longe de Carcassonne, as ruínas do Castelo-fortaleza de Peyrepertuse.

Quase terminando o passeio, próximo de Nimes, o magnífico aqueduto romano conhecido como ponte sobre o rio Gard.

Gard é um dos afluentes do Ródano.

Não esquecer que o lago de Genebra ou Léman, é um lago de passagem do Ródano, que antes de atingir o mar, banha duas cidades : Lyon e Avignon.

No final existe um sobrevôo sobre a Abadia de Senanque e a cidade de Gordes, ambas na sub-região do Luberon, Provence.

Coloque em modo tela cheia para aproveitar melhor a maravilhosa viagem!

Recebida por e-mail do Dirceu Gobbi

Censo 2010

Faz sentido...

A candidata que não tem ideias próprias não consegue sequer declamar as que lhe são sopradas.



O som perturbador do neurônio
em ebulição




A imensa maioria dos eleitores de Taquaritinga não estudou em Harvard, não fala como personagem de livro de Machado de Assis, não é fluente em outros idiomas ─ não apresenta, enfim, nenhum dos sintomas que permitem à companheirada identificar integrantes da elite.

Mas nem os doidos de pedra da cidade onde nasci votam em quem não diz coisa com coisa.


Não chegaria a 100 votos, por exemplo, um candidato a prefeito que prometesse melhorar o sistema de atendimento à saúde com a seguinte discurseira:



“É necessário tê clínica especializada.

Porque as pessoas não podem recorrê ao… o hospital quando se trata de… de fazê exames especializados.


Não pode i pro hospital porque lá no hospital a média e alta complexidade… uma pessoa que precisa de tratamento de urgência.


Então eu acredito que todas as experiências de policlínicas especializadas são fundamentais.


Por que?


Porque u.. aí na policlínica ocê teria toda a possibilidade do tratamento especializado… de estômago, de pulmão, enfim… é…da…da… de todas as chamadas… tratamento de ouvido, garganta, e etc… laringe, enfim, cê teria um tratamento especializado pá avaliá se seu caso é de… né?… é… é… ocê vai tê uma medicação, vai ficá em casa, vai tê um acompanhamento médico, aí seria a policlínica especializada”.



Parece mentira?

Pois é exatamente isso o que diz Dilma Rousseff em
seu site oficial.

Pela pergunta que abre o palavrório, pode-se deduzir que ela está querendo dizer que a salvação da saúde está em algo que chama de “clínica especializada”.


Mas não consegue explicar o que é isso.


Só consegue ampliar a montanha de evidências de que a candidata que não tem ideias próprias não consegue sequer declamar as que lhe são sopradas.


Como todo sinal de alarme, o som de um neurônio em ebulição é perturbador, mas muito útil.

Quem tem juízo entenderá que Dilma Rousseff não é uma candidata em campanha.


É uma ameaça a caminho.




Neurônio exausto - Por Augusto Nunes

Neurônio exausto



“Deve ser muito criterioso que não se acuse sem provas porque no final da campanha tem gente que vai passar para a história das campanhas eleitorais como ter feito calúnia e difamado desnecessariamente pessoas e campanhas que não tinham provas”.




Dilma Rousseff, na Associação Nacional de Transportes Ferroviários, reforçando a suspeita de que o neurônio solitário, à beira da exaustão, precisa urgentemente de 10 dias uma semana de descanso.



 Sanatório Geral

12/08/2010

O Brasil à venda - Por João Bosco Leal


O Brasil à venda



Com autorização do Ministério da Fazenda, o Ministério do Meio Ambiente concluiu um acordo e agora assinará um contrato com os Estados Unidos para converter uma dívida de US$ 23 milhões em um fundo de proteção de biomas brasileiros.

A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou que esse fundo de proteção destinará recursos para atividades de preservação e proteção da Mata Atlântica, do cerrado e da caatinga brasileiros, e que esta é a primeira operação de conversão de dívida externa autorizada no Brasil, envolvendo a área ambiental.


Diante dessa notícia publicada pela imprensa, começo a me lembrar da quantidade de ONGs estrangeiras, cineastas americanos, canadenses e de tantos outros países, que tem se sentido no direito de aqui declarar como e o que devemos fazer com nossas terras, nossos índios, as usinas hidrelétricas, a preservação de florestas, dos animais, e tantas outras ingerências que certamente provocaria a expulsão de qualquer brasileiro que, estando em outros países, passasse a se manifestar sobre esses assuntos, os quais, claro, em qualquer país do mundo, são assuntos internos dos mesmos, não se admitindo interferências externas sobre nenhum deles.





A Igreja Católica, com suas diversas pastorais, como a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), normalmente dirigidas por padres estrangeiros que sequer falam corretamente o português, opina e exerce atividades nos mais diversos assuntos, como reforma agrária, política, índios, distribuição de renda, além de muitos outros, e nunca é repelida, contrariada ou tem um desses padres estrangeiros expulsos do país por opinar onde não foram convidados a fazer, ou seja, além do evangelho.

Nosso atual presidente da República, ultimamente, tem se envolvido com diversos assuntos internos de outros países, como:

a promessa de exílio a uma mulher condenada no Irã, que provocou uma resposta oficial do governo iraniano recusando tal oferta para condenados por crimes de acordo com a legislação daquele país;

a tentativa de intermediação pacífica para a não fabricação de armas nucleares pelo Irã, quando o mundo todo, inclusive a ONU, já havia tentado e não conseguido;

a emissão de opiniões infundadas sobre o conflito Colômbia e Venezuela, que provocou resposta do governo colombiano apontando a sua desinformação.


12 de agosto de 2010

Vivo, Claro, Oi e TIM lançam o cartel da TV Digital paga no Brasil, a maior ameaça contra as redes de TV tradicionais


Por Jorge Serrão

Nasce o cartel da televisão digital fechada no Brasil.

Como a Rede Globo já temia, as operadoras de telefonia se uniram para se transformar em uma fortíssima e fatal concorrente das emissoras de radiodifusão no complicado e lento processo de digitalização da televisão no Brasil.

A Vivo, a Claro, a Oi e a TIM se uniram para lançar pacotes de TV digital paga, pelos telefones celulares.

A guerra pela audiência no celular começa a partir de outubro.
O novo sistema é um golpe mortal, no longo prazo, nas tradicionais emissoras de televisão. Na briga, as teles levam duas vantagens táticas. Primeiro, a mobilidade do serviço, que começará com a transmissão de televisão digital e, certamente, evoluirá para outros serviços agregados de informação.

Segundo, porque a TV Digital no Celular poderá se aproveitar da base de clientes do sistema de telefonia móvel. Mais aqui.

11 de agosto de 2010

Serra no JN - Rodrigo Constantino


Serra no JN
Por Rodrigo Constantino

Antes de começar este comentário, preciso confessar que nunca fui muito com a cara – e com as idéias – de José Serra.

Sua trajetória na militância esquerdista, seja na UNE, seja como economista da Cepal, sempre me incomodou, e ainda o faz.

Dito isso, preciso admitir que o candidato tucano se saiu muito bem na entrevista do Jornal Nacional.

Passou calma ao mesmo tempo que confiança, e conseguiu se colocar como alguém pós-Lula, ou seja, preocupado com o futuro, e não com o passado.

Foi convincente na imagem de quem está acima da rixa FHC-Lula, interessado em aproveitar os acertos de ambos e rejeitar os erros de ambos.

Outro gol de Serra foi focar na questão da experiência, do currículo, lembrando que sua concorrente jamais foi eleita para nada, e que não se governa um país como um fantoche de terceiros. Serra insistiu que Lula não é candidato a cargo algum, e que, concluído seu governo, ele sai de cena.

Isso visa a confrontar a mensagem do próprio Lula que, desesperado com a incapacidade de sua pupila andar com as próprias pernas, declarou que Dilma será apenas outro nome para “Lula” nas urnas.

Falso.

Quem está concorrendo ao cargo mais poderoso do pais é Dilma Rousseff, não Lula.

Serra justificou a aliança com o PTB, partido envolvido no “mensalão”, alegando que a responsabilidade pelos erros é individual, e que o PTB apóia o PSDB com base programática, mas que ele, enquanto presidente, não aceita compactuar com o crime.

Essa mensagem é útil, quando lembra-se que o PT passa a mão na cabeça de seus próprios “aloprados” e que os réus de formação de quadrilha continuam apitando dentro do partido – alguns inclusive bem próximos do núcleo da campanha de Dilma.

Outro ponto forte da entrevista foi quando Serra deixou claro que entre pagar pedágios ou morrer nas estradas federais, a primeira opção é muito melhor.

E ainda aproveitou para denunciar que o governo Lula investiu apenas um terço dos mais de R$ 60 bilhões arrecadados com a CIDE, imposto cuja única finalidade é melhorar a qualidade das estradas no país.

Por fim, Serra defendeu a escolha de Índio da Costa como vice da chapa, frisando seu papel na aprovação do projeto Ficha Limpa, mais uma bola dentro.

Tenho que reconhecer que o tucano foi bem na entrevista de maior audiência da televisão brasileira, e lamento apenas que o casal de entrevistadores não tenha levantado a questão do “mensalão” durante a entrevista com Dilma. Ficou faltando isso.

Enquanto os liberais continuam órfãos de representantes na política, não resta muita dúvida: por eliminação, e principalmente para frear o projeto autoritário petista em curso, é tomar um Engov e ir de Serra na cabeça!

August 11, 2010

Até outubro!

Até outubro!


Por #7 Luiz Gonzaga

Estou despreocupadissimo com quem vai ganhar!!!

A chave da questão reside no comportamento das massas.

Um povo que não está acostumado com racionamentos de comida, cachaça e churrasco de fim-de-semana, reage como?

Como se comportarão – na hora de votar – os aposentados, os revoltados com o SUS, os que foram atingidos por assaltos, seqüestros e tiveram parentes exterminados pela Droga?

Como se comportarão – na hora de votar – os que foram expusos do PT, os que sentiram enganados pela doutrina socialistóide do “núcleo duro”.

E os oportunistas de partidos-parasitas que foram preteridos?

E os que acham que o Serra é mais preparado?

E os que querem se vingar do PT por diferentes motivos?

E os jovens inteligentes que já perceberam que o Mula-Molusco é um engodo e que a mamulenga é retardada?


Na hipótese da vitória dos aloprados virá a segunda reação, quando o povo perceber que seus privilégios estão vazando entre os dedos.


E aí esse povo aprenderá que estar sempre atento para escolher e votar com inteligência não é apenas uma obrigação, mas um dever de lutar pela sua soberania.

Até outubro!

11-08-2010 

Mil e uma dificuldades


Mil e uma dificuldades



Dora Kramer
O Estado de S.Paulo

O problema já havia surgido de maneira tênue no debate da Band, mas na entrevista do Jornal Nacional ficou explícito: de agora em diante caberá a Dilma Rousseff dar explicações sobre as contradições do PT e do governo Luiz Inácio da Silva.

As cobranças serão feitas a ela e não a Lula, pois é a candidata e não o presidente quem estará presente às entrevistas e aos debates que daqui até a eleição dividirão a cena com o horário eleitoral de televisão e com as pesquisas de intenções de voto.

Do horário cuidam os marqueteiros, das pesquisas tratam os institutos, mas das respostas às perguntas feitas sem combinação prévia só os candidatos propriamente ditos podem se encarregar.

A tarefa não é fácil para nenhum deles; nem para o experiente José Serra, que sempre pode escorregar (como, aliás, já escorregou) diante de um questionamento mais incisivo ou desconfortável.

Muito mais difícil é para Dilma. Por escassez de traquejo e abundância de passivos.

Na Band a candidata saiu pela tangente das cobranças de desempenho feitas pelo adversário tucano.

Na Globo procurou se equilibrar, mas não conseguiu responder satisfatoriamente.

Cobrada sobre resultados pífios no crescimento econômico face ao desenvolvimento de vizinhos e de companheiros na categoria emergentes, socorreu-se na herança maldita, culpando o governo Fernando Henrique e mentiu ao se referir a inexistente descontrole inflacionário em 2003.

Ouviu seu preparo profissional ser posto em questão pelo entrevistador - "a senhora está preparada?" -, que a indagou ainda sobre uma possível tutela por parte do presidente Lula.

Não pôde confirmar nem renegar, mas em algum momento daqui em diante terá de responder.

Bem como precisará ser mais clara a respeito do dedo posto por Willian Bonner em cima da ferida: o PT errou quando insultava Sarney, Collor e Renan ou errou depois ao se aliar a eles?

"Antes o PT não tinha experiência, amadureceu no governo", respondeu Dilma.

Quer dizer, é "maduro", inevitável e indispensável juntar-se ao que há de pior - pelo critério do próprio PT - e, portanto, concluiu-se que, a depender dela, não há o menor risco de o nível melhorar.

Se não foi isso, o que então a candidata quis dizer?

Leia mais.


12 de agosto de 2010

#CALABOCADILMA!



Cala a Boca!!

Dilma conhece o Brasil...  entrevista Jornal Nacional e mais...

Separados ao nascer


Separados ao nascer


Manuel Mercadante e Aloizio Zelaya


06/08/2010

José Serra é entrevistado no JN

William Bonner e Fátima Bernardes entrevistaram, nesta quarta-feira, o candidato do PSDB à presidência.

Veja a íntegra em texto e vídeo.



Nesta semana, o Jornal Nacional entrevista os principais candidatos à Presidência sobre questões polêmicas das candidaturas e sobre ações desses candidatos à frente de cargos públicos. Nas próximas semanas, o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo farão o mesmo. O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou que hoje nós recebamos, aqui na bancada, José Serra, do PSDB. Boa noite, candidato.

José Serra:
Boa noite, William.


William Bonner:
A entrevista vai durar 12 minutos, e o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, desde o início desta campanha, o senhor tem procurado evitar críticas ao presidente Lula. O senhor acha que... E em alguns casos fez até elogios a ele... o senhor acha que essa é a postura que o eleitor espera de um candidato da oposição?


José Serra:
Olha, o Lula não é candidato a presidente. O Lula, a partir de 1º de janeiro, não vai ser mais presidente da República. Quem estiver lá vai ter de conduzir o Brasil. Não há presidente que possa governar na garupa, ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros. Eu estou focado no futuro. Hoje tem problemas e tem coisas boas. O que nós temos que fazer? Reforçar aquilo que está bem e corrigir e poder melhorar aquilo que não andou direito. É por isso que eu tenho enfatizado sempre que o Brasil precisa e que o Brasil pode mais. Onde? Na área da saúde, na área da segurança, na área da educação, inclusive do ensino profissionalizante. Meu foco não é o Lula. Ele não está concorrendo comigo.

William Bonner: Entendo. Agora, candidato, o senhor avalia o risco que o senhor corre de essa sua postura ser interpretada como um receio de ter que enfrentar a popularidade alta do presidente Lula?

José Serra: Não, não vejo por quê. Eu acho que as pessoas estão preocupadas com o futuro, né? Quem vai tocar o Brasil, quem tem mais condições de poder tocar o Brasil para a frente, que não é uma tarefa fácil. Inclusive de pegar aqueles problemas que hoje a população considera como os mais críticos e resolvê-los. Dou como exemplo, novamente, entre outros, a questão da saúde. Então, o importante agora é isso. E as pessoas estão nisso. O governo Lula fez coisas positivas, né? Outras coisas, deixou de fazer. A discussão não é o Lula. A discussão é o que vem para a frente, tá certo? Os problemas do Brasil de hoje e o que tem por diante.

Fátima Bernardes: O senhor tem insistido muito na tecla de que o eleitor deve procurar comparar as biografias dos candidatos que estarão concorrendo, que estão concorrendo nesta eleição. O senhor evita uma comparação de governos. Por exemplo, por quê, entre o governo atual e o governo anterior?

José Serra: Olha, porque são condições diferentes. Eles governaram em períodos diferentes, em circunstâncias diferentes. O governo anterior, do Fernando Henrique, fez uma... muitas contribuições ao Brasil, entre elas o Plano Real. A inflação era de 5.000% ao ano, né? E ela foi quebrada a espinha. As novas gerações nem têm boa memória disso. E várias outras coisas que o governo Lula recolheu e seguiu. O Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda do Lula e hoje é o principal assessor da candidata do PT, nunca parou de elogiar, por exemplo, o governo Fernando Henrique. Mas nós não estamos fazendo uma disputa sobre o passado. É como se eu ficasse discutindo, para ganhar a próxima Copa do Mundo, quem foi o melhor técnico: o Scolari ou o Parreira?

Fátima Bernardes: Mas...

José Serra: E o Mano Menezes, Fátima, desculpe, fosse estar preocupado em saber quem era melhor para efeito de ganhar a Copa de 14. Isso é uma coisa que os adversários fazem para tirar o foco de que o próximo presidente vai ter de governar e não pode ir na garupa. E tem que ter ideias também. Não só coisas que fez no passado, mas também ideias a respeito do futuro.

Fátima Bernardes: Mas, por exemplo, avaliar, analisar fracassos e sucessos não ajuda o eleitor na hora de ele decidir pelo voto dele?

José Serra: Por isso... E é isso o que eu estou fazendo. Por exemplo, mostro na saúde. Eu fui ministro da Saúde. Fiz os genéricos, os mutirões, a campanha contra a Aids que foi considerada a melhor campanha contra a Aids do mundo, uma série de coisas. A saúde, nos últimos anos, não andou bem. Por exemplo, queda, diminuição do número de cirurgias eletivas, aquelas que não precisa fazer de um dia para o outro, mas são muito importantes. Caiu, né? Pararam os mutirões. Muita prevenção que se fazia acabou ficando para trás. Faltam ainda hospitais nas regiões mais afastadas dos grandes centros. Tem problemas com as consultas, tem problemas de demoras. Enfim, tem um conjunto de coisas, inclusive relacionadas por exemplo com a saúde da mulher. Tudo isso precisa ser equacionado no presente. Eu estou apontando os problemas existentes.

William Bonner: Agora, candidato, vamos ver uma questão... O senhor me permita, para a gente poder conversar melhor.

José Serra: Sim, sim, claro.

William Bonner: Uma questão política. Nesta eleição, existem contradições muito claras nas alianças formadas pelos dois partidos que têm polarizado as eleições presidenciais brasileiras aí nos últimos 16 anos, né? O PT se aliou a desafetos históricos. O seu partido, o PSDB, está ao lado do PTB, um partido envolvido no escândalo do mensalão petista, no escândalo que inclusive foi investigado e foi condenado de forma muito veemente pelo seu partido, o PSDB. Então, a pergunta é a seguinte: o PSDB errou lá atrás quando condenou o PTB ou está errando agora quando se alia a esse partido?

José Serra: William, é uma boa pergunta. O PTB, no caso de São Paulo, por exemplo, sempre esteve com o PSDB, de uma ou de outra maneira. Isso teve uma influência grande na aliança nacional. Os partidos, você sabe, são muito heterogêneos. O personagem principal... Os personagens principais do mensalão nem foram do PTB. Os personagens principais foram do PT, aliás, mediante denúncia do Roberto Jeferson, que era então líder do PTB.

William Bonner: Os nomes de petebistas, todos, uma lista muito vasta, começando pelo Maurício Marinho.

José Serra:
Você tem 40 lá no Supremo Tribunal Federal...


Willlam Bonner:
Não, exato.

José Serra: E o PT ganha disparado.

William Bonner: Mas não há nenhum constrangimento para o senhor pelo fato de esta aliança por parte do seu partido, o PSDB, ter sido assinada com o PTB pelas mãos do presidente do partido que teve o mandato cassado inclusive com votos de políticos do seu partido, o PSDB? Isso não provoca nenhum tipo de constrangimento?

José Serra: Olha, o Roberto Jefferson, é o presidente do PTB, ele não é candidato. Ele conhece muito bem o meu programa de governo, o meu estilo de governar. O PTB está conosco dentro dessa perspectiva. Eu não tenho compromisso com o erro. Aliás, nunca tive na minha vida. Tem coisa errada, as pessoas pagam, né? Quem é responsável por si é aquele que comete o erro, é ele que deve pagar. Eu não fico julgando. Mas eu não tenho compromisso com nenhum erro. Agora, quem está comigo sabe o jeito que eu trabalho. Por exemplo, eu não faço aquele loteamento de cargos. Para mim, não tem grupinho de deputados indicando diretor financeiro de uma empresa ou indicando diretor de compras de outra. Por quê? Para que que um deputado quer isso? Evidentemente não é pra ajudar a melhorar o desempenho. É para corrupção. Comigo isso não acontece. Não aconteceu na saúde, no governo de São Paulo e na prefeitura.

Fátima Bernardes: Candidato, nesta eleição, quer dizer, o senhor destaca muito a sua experiência política. Mas na hora da escolha do seu vice, houve um certo, um certo conflito com o DEM exatamente porque houve uma demora para o aparecimento desse nome. Muitos dos seus críticos atribuem essa demora ao seu perfil centralizador. O nome do deputado Índio da Costa apareceu 18 dias depois da sua oficialização, da convenção que oficializou a sua candidatura. É... O senhor considera que o deputado, em primeiro mandato, está pronto para ser o vice-presidente, uma função tão importante?


José Serra:
Está. Fátima, deixa só eu te dizer uma coisa. Eu não sou centralizador. Eu sei que tenho a fama de centralizador. Mas no trabalho, eu delego muito. Eu sou mais um cobrador. Eu acompanho tudo.

Fátima Bernardes: Eu falei centralizador porque até no seu discurso de despedida do governo de São Paulo, o senhor mesmo explicou sobre essa fama de centralizador.

José Serra: Que eu não era centralizador. E todo muito que trabalha comigo sabe disso, eu delego muito. Agora, eu acompanho porque quem coordena, quem chefia tem que acompanhar para as coisas acontecerem. A questão da vice estava orientada numa direção. Por circunstancias políticas, acabou não acontecendo. E o Índio da Costa, que foi o escolhido, estava entre os nomes que a gente cogitava. Só que isso não tinha ido para a opinião pública porque senão é uma fofoca só. Fulano, cicrano, isso e aquilo. Ele disputou quatro eleições, é um homem de 40 anos e foi um dos líderes da aprovação do ficha limpa no Congresso. Eu acho que...

Fátima Bernardes: Mas a experiência dele é municipal, na verdade, não é? Ele teve três mandatos de vereador, o senhor acha que isso o qualifica?

José Serra: E um mandato deputado federal.

Fátima Bernardes: Que ele está exercendo pela primeira vez.

José Serra: Eu acho que isso o qualifica perfeitamente. O que vale é a experiência na vida pública. Tem livros sobre administração e eu insisto. Sua atuação no Congresso Nacional foi marcada pelo ficha limpa. Se você for pegar também outros vices, do ponto de vista da experiência pública, cada um tem suas limitações. Mas eu não estou aqui para ficar julgando os outros. Eu só sei que o meu vice, jovem, ficha limpa, preparado, com muita vontade, e do Rio de Janeiro, é um vice adequado. Eu me sinto muito bem com ele. Agora, devo dizer o seguinte...

William Bonner: Candidato... Candidato.

José Serra: Eu tenho muito boa saúde. Ninguém está sendo vice comigo achando que eu não vou concluir o mandato.

William Bonner: Mas um vice não assume só nessas circunstâncias..
.

Fátima Bernardes: Trágicas.

José Serra: Mas, enfim... Eu não sei até que ponto...

William Bonner: Candidato, eu gostaria de abordar um pouquinho também da sua passagem pelo governo de São Paulo. O senhor foi governo em São Paulo durante quatro anos, seu partido está no poder em São Paulo há 16 anos. Então é razoável que a gente avalie aqui algumas dessas ações. A primeira que eu colocaria em questão aqui é um hábito que o senhor mesmo tem de criticar o modelo de concessão das estradas federais. De outro lado, os usuários, muitos usuários das estradas estaduais de São Paulo que estão sob regime de concessão, se queixam muito do preço e da frequência com que são obrigados a parar para pedágio, quer dizer, uma quantidade de praças de pedágio que eles consideram excessiva. Pergunta: o senhor pretende levar para o Brasil inteiro esse modelo de concessão de estradas estaduais de São Paulo?

José Serra: Olha, antes disso. No caso de São Paulo, tem uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, um organismo independente: 75% dos usuários das estradas do Brasil acham as paulistas ótimas ou boas. 75%, um índice de aprovação altíssimo. Isso para as federais é apenas 25%. De cada dez estradas federais, sete estão esburacadas. São as rodovias da morte. Na Bahia, em Minas, BH, Belo Horizonte, Governador Valadares, em Santa Catarina. Enfim, por toda a parte. O governo federal fez um tipo de concessão que não está funcionando.

William Bonner: Mas a que o senhor fez motivou críticas quanto ao preço. Então a questão que se impõe é a seguinte, candidato: não existe um meio termo? Ou o cidadão brasileiro tem uma estrada boa e cara ou ele tem uma estrada ruim e barata. Não tem um meio termo nessa história?

José Serra: Eu acho que pode ter uma estrada boa que não seja cara, se você trabalhar direito. Por exemplo, a concessão que eu fiz da Ayrton Senna. O pedágio anterior era cobrado pelo órgão estadual. Caiu para a metade o pedágio. É que realmente, geralmente, os exemplos bons não veem...

William Bonner: Mas esse modelo vai ser exportado para as estradas federais?

José Serra: Esse modelo que diminuiu pode ser adotado, porque você tem critérios para ser examinados. O governo federal fez estradas pedagiadas. Só que estão, por exemplo, no caso de São Paulo, a Régis Bittencourt, que é federal, ela continua sendo a rodovia da morte. E a Fernão Dias, Minas-São Paulo, está fechada. Você percebe? Nunca o Brasil esteve com as estradas tão ruins. Agora, tem mais: em 1000 é, é, no começo de 2003 para cá, foram arrecadados R$ 65 bilhões para transportes, para estradas na Cide. É um imposto. Sabe quanto foi gasto disso pelo governo federal? Vinte e cinco. Ou seja, foram R$ 40 bilhões arrecadados dos contribuintes para investir em estradas do governo federal que não foram utilizados. A primeira coisa que eu vou fazer, William, é utilizar esses recursos para melhorar as estradas. Não é o assunto de concessão que está na ordem do dia. É gastar. É entender o seguinte: por que de cada R$ 3 que o Governo Federal arrecadou, foram 65, ele gastou um terço disso? É uma barbaridade.

Fátima Bernardes: Nós estamos...

José Serra: Por isso as estradas federais estão nessa situação. Desculpa, Fátima, fala.

Fátima Bernardes: Não, candidato. É que como nós temos um tempo, eu queria dar ao senhor os 30 segundos para o encerramento, para o senhor se dirigir ao...

José Serra: Já passou?!

Fátima Bernardes: Já passou, já estamos, olhe lá, Onze e quarenta e sete e os seus eleitores.

José Serra: Olha, eu vim aqui, queria, em primeiro lugar, agradecer a vocês por essa oportunidade. Eu tenho uma origem modesta, meus pais eram muito modestos. Eu acho que eles nunca sonharam que um dia eu estaria aqui no Jornal Nacional, que eles assistiam diariamente, aliás pela segunda vez, falando como candidato a presidente da República. Eu devo a eles até onde eu cheguei. Devo a eles, devo à escola pública e acabei virando professor universitário, mas também sempre ligado às questões públicas, desde que eu fui presidente da União Nacional dos Estudantes até hoje. O que eu peço hoje...

William Bonner: Seu tempo, candidato.

José Serra: Para concluir é o seguinte: eu acho que o Brasil pode continuar e pode melhorar muito. O que eu queria pedir às pessoas...

William Bonner: Candidato, o senhor me obriga a interrompê-lo, me perdoe, me perdoe.

José Serra: Não posso nem falar um pouquinho?

William Bonner: É em respeito... Não posso. Porque é em respeito aos demais candidatos que estiveram aqui. E eu sei que o senhor vai compreender. E eu quero agradecer a sua presença aqui.

José Serra: Não. Eu compreendo. Obrigado.

William Bonner: Boa Noite.

Fátima Bernardes: Bom. Boa noite.

José Serra: Boa noite.

11.08.2010