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sexta-feira, 1 de julho de 2011

A primeira reunião do Conselho Político do PSDB




A NOSSA MISSÃO

Conselho Político do PSDB



Este é o documento, revisado, que apresentamos na reunião do Conselho Político, na última quarta-feira. Contém uma análise da conjuntura política e econômica do país e do papel da oposição.



Esta foi a primeira reunião do Conselho Político do PSDB, poucos dias depois do aniversário de 80 anos do seu presidente de honra, Fernando Henrique Cardoso. Ainda que lentamente, vem-se recobrando a razão no debate público.

É mais freqüente hoje do que ontem o reconhecimento de que os oito anos do governo do PSDB, comandados por Fernando Henrique, tiraram o Brasil de algumas situações de atraso crônico; deram cabo da super-inflação; criaram a Rede de Proteção Social; marcaram um formidável avanço nas políticas sociais universais, como na Educação, comandada pelo grande ministro Paulo Renato, que nos deixou, mas deixou uma obra inapagável; ou na Saúde, quando o SUS afirmou-se como instituição fundamental da nossa sociedade; marcaram o compromisso do país com a responsabilidade fiscal e, junto com tantas conquistas, fortaleceram a democracia.

À medida que o tempo passa, não temos dúvida de que a obra de Fernando Henrique e do PSDB se agigantam.


Justamente porque temos este passado, cresce a nossa responsabilidade com o presente e com o futuro.

Porque, de fato, aquele passado é um fato bem vivido: nós criamos alguns marcos do Brasil moderno que, é bem verdade, foram em parte absorvidos ou reciclados por nossos adversários, embora submetidos, muitas vezes, a um administrativismo sem ousadia e sem imaginação, quando não improvisado, ineficiente e patrimonialista.

Não conseguiram herdar do PSDB a capacidade de planejar e de preparar o país para desafios futuros, como fizemos.

Hoje, mais do que ontem, já se reconhece que boa parte das conquistas do país se deve à nossa régua e ao nosso compasso.

Então, temos claro que é preciso avançar. Muita coisa está parada no país; outras tantas funcionam precariamente. Porque faltam ao governo clareza, convicção, propósito e, é forçoso dizer, competência. Feliz o partido que pode homenagear, então, um Fernando Henrique Cardoso e um Paulo Renato.

Um partido vale não apenas pelos quadros que dispõe, mas também por aqueles que homenageia. Isso nos diz que se trata de um partido com passado e com futuro. Para o bem do Brasil.


Desenvolvimento e emprego

A maior necessidade no Brasil nas próximas décadas é criar muitos empregos de boa qualidade, que proporcionem melhor padrão de vida para as famílias, mais acesso a bens materiais e culturais, mais saúde, mais futuro.

Até 2030, mais de 145 milhões de pessoas de pessoas precisarão de postos de trabalho. Para enfrentar esses desafios, é preciso que a economia cresça de forma rápida e sustentada.

Durante o mandato de Lula, graças ao seu talento de animador e à publicidade massiva, criou-se a impressão de que a era do crescimento dinâmico havia voltado para ficar. Impressão, infelizmente, sem fundamento.


A herança maldita

O mais preocupante, em todo caso, não é esse desempenho modesto, mas as travas que o governo Lula legou ao crescimento futuro do país:

1. O perverso tripé macroeconômico: temos a carga tributária mais alta do mundo em desenvolvimento; a maior taxa de juros reais de todo o planeta, ainda em ascensão, e a taxa de câmbio megavalorizada. A isso se soma uma das menores taxas de investimentos governamentais do mundo.

2. O gargalo na infraestrutura: energia, transportes urbanos, portos, aeroportos, estradas, ferrovias, hidrovias e navegação de cabotagem. Um gargalo que impõe custos pesados à atividade econômica e freia as pretensões de um desenvolvimento mais acelerado nos próximos anos.

3. As imensas carências em Saneamento, Saúde e Educação, que seguram a expansão do nosso capital humano.


4. A falta de planejamento e de capacidade executiva no aparato governamental, dominado pelo loteamento político, pela impunidade, quando não premiação, dos que atentam contra a ética, e por duas predominâncias: do interesse político-partidário sobre o interesse público, e das ações publicitário-eleitorais sobre a gestão efetiva das atividades de governo.


Nem convicção nem rapidez

Sem poder reclamar publicamente da herança recebida, o novo governo promete que vai enfrentar os desafios, mas mostra falta de convicção e de rapidez, além de desorientação em matéria de prioridades, cujo símbolo maior é o trem-bala SP/RJ, sem dúvida o projeto de investimento mais alucinado de nossa história, não só pela precariedade técnica e pela inviabilidade econômico-financeira, como também pelo volume de recursos que exigiria.

A falta de convicção apareceu na crise do sistema aeroportuário, onde, depois de anos demonizando as privatizações, o PT e a presidente Dilma concluíram que melhor mesmo é privatizar.

Depois de oito anos e meio, não têm, é claro, projeto algum nessa área, e só a modelagem necessária à licitação das concessões demorará até meados do ano que vem, enquanto o colapso dos aeroportos continuará a martirizar os passageiros.

A falta de rapidez fica visível em face dos quatro anos de atraso das providências para a Copa do Mundo. Assunto no qual, em vez de resolver os problemas, o atual governo optou pelo atropelo, tentando promover mudanças na legislação que transformarão as obras públicas em puros negócios privados, como se os donos do poder fossem os donos do patrimônio e do dinheiro dos contribuintes. Vêm aí super faturamentos, atrasos e outros desperdícios de dinheiro público numa escala inusitada em nossa história.

Como regra, o governo vai atrás, bem atrás, dos acontecimentos e nem assim toma iniciativas efetivas. No ano passado, alegavam que nossas fronteiras — das mais escancaradas do mundo ao contrabando de armas e drogas —eram as mais guarnecidas do planeta.

Isso foi recentemente desmentido por grandes reportagens, e só por essa razão, depois de cortar recursos da vigilância do setor, o governo anunciou um grande plano, de corte puramente publicitário. Como o plano contra o crack, que nunca saiu do papel, e nem é essa a intenção dos responsáveis pela área, que negam a gravidade do problema.

Ou, então o novo “plano” contra a miséria, um mero requentado publicitário do Fome Zero, uma iniciativa que deu certo na propaganda, mas que nunca existiu na realidade.

No meio ambiente, o governo tampouco tem personalidade definida, no seu já clássico zigue-zague. Procura parecer ortodoxamente ambientalista no debate do Código Florestal e é ortodoxamente anti-ambientalista no atropelo para fazer andar a hidrelétrica de Belo Monte.

Radicalizou desnecessariamente nos dois casos, pois havia terreno para entendimento no Congresso Nacional e na sociedade sobre o novo código, e há também como encaminhar a utilização do potencial hidrelétrico de uma maneira ambientalmente e socialmente responsável.

Desindustrialização

No começo do mandato da atual presidente, divulgou-se a chegada de uma novíssima política econômica, em que o crescimento não mais ficaria constrangido pela luta anti-inflacionária.

A inflação seria combatida com crescimento.
O resultado foi a deterioração das expectativas, o pânico diante das ameaças de reindexação e um recuo desorganizado — uma rota de fuga para uma ortodoxia, diga-se, de má qualidade.


O PIB contratado para este ano é medíocre, acompanhado de inflação perigosamente alta.
O governo promete fazê-la convergir para a meta no ano que vem, mas já sinalizou que vai fazer isso prolongando o aperto monetário e o pé no breque do crescimento.

Em resumo: depois das indecisões e vacilações na largada, vão acabar comprometendo pelo menos dois anos — metade do mandato. E, como a âncora exclusiva do ajuste é a cambial, isso causará um estrago ainda maior na indústria brasileira.

O crescimento medíocre produz resultados pobres, principalmente no emprego. Fica escondido o fato de quea maioria das vagas criadas nos últimos anos paga salários menores. Na faixa dos melhores empregos, os mais qualificados, o que se vê é estagnação ou o retrocesso. O desemprego entre os jovens está cada vez mais grave.

Emprego de qualidade depende também de indústria forte. E o binômio perverso juros-câmbio impõe o arrocho e a incerteza à indústria brasileira, que enfrenta dificuldades crescentes para competir no exterior e observa impotente a invasão de produtos estrangeiros a preços que sufocam a produção nacional.

Estamos vivendo, sim, um processo de desindustrialização, como se o modelo agro-minerador pudesse proporcionar, por si só, os 145 milhões de bons empregos de que necessitaremos daqui a menos de 20 anos.


O que existe de atividade mais dinâmica resulta dos investimentos do petróleo(mesmo atrasados, superfaturados e desorganizados), da agricultura e do dinheiro que vem de fora para especular. Na agricultura, porém, o governo ainda insiste em cevar o clima que criminaliza os produtores.

Já o dinheiro externo vem para dançar a ciranda financeira e garantir os maiores rendimentos do mundo.

Uma vez anabolizado, vai embora feliz da vida.
Hoje, a fraqueza das nossas exportações nos torna dependentes do capital que faz uma escala e pode cair fora. Enquanto isso, nossa taxa de investimentos continua cronicamente baixa.

E o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, neste ano, da ordem de 65 bilhões de dólares, será o terceiro ou quarto maior de mundo.


Política Externa: quase más de lomismo

Algo parecido acontece nos direitos humanos. Depois de tentar empurrar o Brasil para uma aliança estratégica com o Irã, cujo governo ditatorial prega um segundo Holocausto contra os judeus, o PT sentiu a rejeição da opinião pública, ensaiou um recuo, passou a dizer que os direitos humanos iriam adquirir centralidade na política externa brasileira.

Mas a coisa ficou só no plano das declarações.

Na prática, o governo do PT apoia o regime da Síria no massacre contra os movimentos a favor da democracia naquele país. Neste capítulo, um momento triste foi quando a presidente deu as costas à Prêmio Nobel da Paz iraniana Shirin Ebadi, para não melindrar o aliado Mahmoud Ahmadinejad. Parece que a atração do governo petista pelas tiranias segue inabalável.

É a verdade revelada na sua face mais cruel.
O governo do PT é a favor de promover os direitos humanos em países governados por adversários do PT.

Quando se trata de governos amigos do petismo, prefere-se o silêncio diante das violações, dos abusos, dos massacres. Para os amigos, as conquistas da civilização; para os nem tanto, a lei da selva.

Não foi por menos, aliás,que o momento da vergonha veio quando o governo do PT decidiu afrontar a democrática Itália e dar proteção a um assassino comum, Cesare Battisti, só por ele ter amigos no PT.



O papel da oposição

Como oposição, temos o dever de acompanhar, estudar todas as principais questões nacionais a fundo, ver como vivem e sentir o que pensam as pessoas de todo o país, criticar, fiscalizar, cobrar promessas eapontar caminhos.

Sem, no entanto, pretender virar governo no exílio, como reza a tradição tucana, de onde não vencemos a eleição.

A incompetência e o autoritarismo são as marcas deste governo, e o PSDB não renunciará à denúncia desses atos e buscará mobilizar a sociedade brasileira para superar este período difícil.

Outros momentos da história do Brasil mostraram que governos com maiorias acachapantes no Congresso podem ser enfrentados por meio da mobilização social e política da sociedade pela democracia e pelo desenvolvimento.

Essa é a nossa missão e a ela não renunciaremos.


Combatividade e unidade

O texto anterior procura sistematizar a análise da conjuntura política brasileira, que deveria passar a ser rotineiramente (a cada dois meses) debatida em todos os diretórios locais do partido, em todo o Brasil.

Do mesmo modo, cada diretório deve produzir sua carta de conjuntura local, para ser debatida pelos seus militantes e conhecida pelos órgãos superiores do partido.

Temos um mundo de ações a fazer, pelo bem do nosso povo e do nosso país.

Temos adversários políticos e um só possível inimigo: a desunião interna. Para mantê-la afastada, temos de insistir em duas condições.

Em primeiro lugar, a combatividade das nossas direções, em todos os níveis, evitando o esmaecimento dos compromissos políticos e ideológicos dos militantes.

Em segundo lugar, não antecipar as decisões sobre alianças e candidaturas em 2014; neste momento, as nossas tarefas essenciais são de reflexão, combate e reorganização do partido, em todo o Brasil.


29/6/2011

Dominique Strauss-Kahn está solto


Ou:

O tribunal discricionário formado pelo multiculturalismo, pelo racismo às avessas e pelo feminismo cretino



Ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn deixa corte de NY ao lado da mulher; ele foi libertado sem fiança, em foto de Mario Tama, da France Presse

Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI, não está mais em prisão domiciliar.

Foi libertado sem fiança, o que significa que a acusação de tentativa de estupro não se sustenta.

Ele ainda não pode deixar os EUA, seu passaporte continua retido, o processo persiste, mas é evidente que o caso sofreu uma reviravolta.

Há agora o esforço para que ele admita algum crime menor. É preciso tentar salvar minimamente a honra do sistema…

Já abordei no texto desta manhã as circunstâncias em que isso se deu.

Não!

Ele nunca foi nem passou a ser o meu herói.

O que sempre apontei nesse caso foi o despropósito.

O que se passa nos EUA?

“A” diz que “B” tentou estuprá-la, “B” nega, mas isso é o bastante para que seja algemado, preso, exposto à execração pública, obrigado a pagar uma fiança estratosférica para ficar em prisão domiciliar, vigiado por uma tornozeleira?


E a investigação vem só depois?

Ou seja: a investigação nem tinha acontecido, e ele já começava a cumprir a pena?


Sim, há algo de profundamente errado nos EUA nos casos de crimes sexuais: o acusado precisa provar que é inocente; não é quem acusa que precisa apresentar provas de que o outro é culpado.

Basta contar à Polícia e aos promotores uma histórica convincente.

E é aí que esta o busílis: quem for um oprimido de manual sempre será mais convincente do que o “opressor”, também de manual.

No caso, estava tudo dado, não?

Uma camareira negra, imigrante da Guiné e pobre contra um branco europeu, rico e poderoso — pior: com fama de namorador. Era mais do que uma história; era uma emblema: a África colonizada obrigada a fazer “blow job” na Europa colonizadora! Era preciso vingar os oprimidos.

O que se passa nos EUA, afinal, quando se acusa alguém de crime sexual?

“Ah, é culpa do puritanismo!

No fim das contas, o responsável é Calvino!”

Uma ova!

Isso nada tem a ver com puritanismo.

Quem obrigou um inocente — DO CRIME DE ESTUPRO AO MENOS — a cumprir pena antes da investigação foi o politicamente correto.

Isso é o resultado da militância sectária — não a libertária — de feministas, multiculturalistas, racistas às avessas disfarçados de igualitaristas etc.

Criou-se uma cultura!!!


Considera-se impensável que a versão de uma mulher pobre, negra e africana possa ser contestada pela versão de um homem rico, branco e europeu.

A dela, de saída, sempre terá mais credibilidade porque, ao se julgar ao caso em particular, é preciso considerar:

a) a opressão histórica a que foram submetidas as mulheres;

b) a opressão histórica a que foram submetidos os negros;

c) a opressão histórica a que foi submetida a África.

Em suma, que importa que um indivíduo em particular — no caso, Strauss-Kahn — possa ser inocente?

O importante é que vigore o mecanismo de compensações históricas.

Atenção!

Essa cultura também se espalha por aqui e já contaminou até o Supremo.

Há uma grande tentação para não se julgar mais de acordo com a letra da lei; há uma grande tentação para que cada caso em particular seja visto segundo uma ordem mais geral de reparação histórica. Ministros do Supremo hoje dizem sem receio que a lei tem de tratar desigualmente os desiguais.

É a INJUSTIÇA REDENTORA!


ISSO VEM A SER EXATAMENTE O OPOSTO DA JUSTIÇA.

01/07/2011 

Os idiotas perderam a modéstia.


"E nós precisamos ter presente, Fernando, que os tempos mudaram."

E citou Nelson Rodrigues:

"Ele dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos.

O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia.

E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento".

Ministro da Defesa, Nelson Jobim, em discurso, ontem, na homenagem ao ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso

O desmonte da farsa intelectual que tentou apagar da história do Brasil o grande governo do presidente Fernando Henrique Cardoso está só no começo

Já teve início o desmonte da farsa, mas o trabalho é longo!


O desmonte da farsa intelectual que tentou apagar da história do Brasil o grande governo do presidente Fernando Henrique Cardoso está só no começo.

Será um trabalho, infelizmente, um tanto lento porque a vigarice foi longe e contaminou todas as esferas do debate: a imprensa, o pensamento, as escolas.

O elogio da mentira e da ignorância a serviço da ideologia mais rastaqüera se espalhou como praga. Vigaristas disfarçados de “intelectuais progressistas”, aos quais falta tudo — leitura, vivência e vergonha na cara — procuraram dar alcance acadêmico à sua ignorância ideologicamente orientada.

FHC foi e, felizmente, ainda é um engenheiro de instituições permanentes, que moldaram e moldam a democracia. Com ele, a sociedade passou a disciplinar o estado por meio de instituições e instâncias livres, como o Congresso, a imprensa, as agências reguladoras, o mercado.

Cada avanço, no entanto, grande ou pequeno, teve de enfrentar a fúria bucéfala do petismo, que quer o estado sufocando a sociedade.

Tivessem os petistas vencido a batalha, o país não teria conhecido o Plano Real — votaram contra; a universalização do ensino fundamental — combateram o Fundef; disciplina nas contas públicas — recorreram ao STF contra a Lei de Responsabilidade Fiscal; a rede de assistência social — tachavam os programas hoje chamados de “Bolsa Família” de esmola; a universalização da telefonia e a expansão da economia da informação — combateram a privatização da Telebras; a quase auto-suficiência no petróleo e a chegada ao pré-sal — opuseram-se à quebra do monopólio da Petrobras, que permitiu que se chegasse lá.

No governo, os petistas se aproveitaram, claro!, de cada uma dessas conquistas e tiveram o bom senso de não tentar voltar atrás. Mas também não souberam dar continuidade à grande obra.

A sua relação com o capital privado deixou de ser institucional para ser de compadrio. Exaltando as glórias do estado e satanizando as privatizações, o PT permitiu que a infra-estrutura do país mergulhasse na obsolescência, como evidenciam hoje os nossos aeroportos, portos e estradas.

Não obstante, alguns “escolhidos” do petismo passaram a contar com favores do Estado.

Estão aí hoje os “eleitos” do BNDES.


A estabilidade mundial, o crescimento da China e a valorização brutal das commodities permitiram ao PT o reforço substancial da assistência social e a organização de uma economia fortemente ancorada no consumo interno. Mas não se viu, nesse tempo, uma só avanço institucional.

Ao contrário: o que se tem é regressão ao tempo em que o Estado escolhia os vitoriosos; em que ser amigo do rei era condição para o acesso a empréstimos a juros subsidiados.

No governo FHC, o BNDESPar emprestava dinheiro a empresas que investiam em infraestrutura, e isso era considerado um crime; no governo petista, o mesmo BNDESPar se oferece para financiar fusão de supermercados, e o petismo afirma que isso representa uma revolução nacionalista.

Os vigaristas continuam ativos, como se sabe. Estão em todo canto, muito especialmente na Internet, parte deles financiada com dinheiro estatal — mais uma forma de apropriação do público pelo privado. Aqueles setores da imprensa e do colunismo que ajudaram a construir a farsa petista ainda resistem.

Daqui a pouco, vem 2012, e o Apedeuta, candidato em 2014, subirá em palanques nos quatro cantos do país para reciclar a mesma ladainha de mentiras, de ódio, de ressentimento, de ignorância, tudo aquilo que serviu para o petismo construir uma teoria de poder.

Não por acaso, ele se negou a enviar simples “parabéns” ao antecessor! O Babalorixá espera fazer 80 anos um dia para dizer: “Nunca antes na história destepaiz alguém fez 80 anos como eu!”

Quero dizer com isso que a mistificação vive apenas um momento de trégua; está um tanto recolhida para voltar às ruas em breve.

O desmonte intelectual da farsa petista já teve início, mas haja trabalho!

A máquina de produzir mentiras é rica, poderosa e persistente.

30/06/2011

Fim do mistério


Chávez quebra silêncio em Havana e admite que fez operação para retirada de tumor

Janaína Figueiredo, correspondente
o globo

BUENOS AIRES - Três semanas depois de ter sido operado de urgência em Cuba e em meio a uma usina de rumores sobre sua saúde, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou nesta quinta-feira, em mensagem transmitida por rede nacional de rádio e TV, ter sido operado em Havana para eliminar "um tumor abscedado com presença de células cancerígenas".

Visivelmente abalado por uma doença que fora revelada por meios de comunicação locais mas até agora era negada pelo Palácio Miraflores (o Executivo venezuelano), Chávez assegurou que continuará à frente do governo, apesar de estar em tratamento para "combater as diferentes células encontradas" pelos médicos cubanos.

- Obrigado meu povo, obrigado vida minha, até a vitória sempre. Nós venceremos - assegurou Chávez, que, segundo versões não oficiais, teria emagrecido 12 quilos.

O presidente venezuelano não informou a data em que retornaria ao país, uma das principais incógnitas que continua inquietando aliados e adversários do líder bolivariano.

No próximo dia 5 de julho, a Venezuela comemorará seus 200 anos de independência e o governo está organizando um grande desfile militar que, na eventual ausência de Chávez, será comandado pelo vice-presidente Elias Jauá.


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Marta Suplicy: autoritária, debochada, deselegante...!





Você lembra do vídeo 'Democracia ou ditadura do PT?'.

Aconteceu de novo. Assista e preste atenção em 1´21.

Outra evidência da forma autoritária com que a senadora Marta Suplicy preside a Sessão do Senado.

O vídeo é editado. Todo o discurso durou cerca de dez minutos apenas.

A notícia sobre o pronunciamento, você pode ver aqui neste link.

Na carta ao PT carioca, Vladimir Palmeira conta por que decidiu abandonar o partido




Augusto Nunes

Ao Diretório Muncipal do PT-R.J.

Meu caro Alberis,

Venho, por meio desta, me desfilar do PT. Não o faço por divergências políticas fundamentais, embora minha carreira minoritária seja de todos conhecida. Sempre me coloquei mais à esquerda da linha oficial, mas nada que, nas circunstâncias brasileiras, me levasse a deixar o partido.

No entanto, a volta ao partido de Delúbio Soares, justamente expulso no ano de 2005, me impede de continuar nele. Pela questão moral, pela questão política, pela questão orgânica. Pela questão moral porque é evidente que houve corrupção: Não se pode acreditar que um empresário qualquer começasse a distribuir dinheiro grátis para o partido. Exigiria retribuição, em que esfera fosse. O procurador federal alega que são recursos oriundos de empresas públicas, sendo matéria agora do STF. Mas alguma retribuição seria, ou a ordem do sistema capitalista estaria virada pelo avesso.

Pela questão política porque o PT assumiu um compromisso com a sociedade, quando apareceram as denúncias: o compromisso de punir. E sustentamos que punimos. Punição limitada, na opinião dos petistas do Rio de Janeiro, que por seu DR pediram mais dureza, ao mesmo tempo que apontavam o caminho da Constituinte exclusiva para a reforma política imprescindível. Punição limitada, repito, mas efetiva.

Pela questão orgânica, porque o ex-tesoureiro não só agiu ilegalmente com relação à sociedade,mas violou todas as normas de convivência partidária, ao agir à revelia da Executiva Nacional e do Diretório Nacional.

A volta de Delúbio faz com que todos se pareçam iguais e que, absolvendo-o, o DN esteja, de fato, se absolvendo. Ou, mais propriamente, se condenando, ao deixar transparecer que são todos iguais.

Não creio que o sejam.

Já tinha definido que sairia caso o ex-tesoureiro voltasse. Mas, em primeiro lugar, tive que advertir amigos e companheiros mais próximos, sob pena de lhes causar embaraços. Por outro lado, o governo Dilma entrou em crise, em função das acusações contra Palocci. Sanada a crise, comunicados os companheiros, posso, afinal, lhe entregar esta carta.

Mando um abraço para você e para todos os que, dentro do PT, lutam por uma sociedade mais justa.

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2011.

Vladimir Palmeira


29/06/2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O balanço do semestre perdido comprova que o governo Dilma é o governo Lula sem serviço de som e sem efeitos especiais

Depois de resolver que a obra mais importante de um presidente da República é eleger o sucessor, Lula dispensou-se de questões administrativas, abandonou o local de trabalho e passou seis meses fazendo um comício por dia.

Ou dois.


POR AUGUSTO NUNES

De 1° de julho a 31 de dezembro de 2010, o palanqueiro ambulante acampou nas cercanias de quadras esportivas já em funcionamento, creches inacabadas e buracos de pedras fundamentais, para induzir a plateia a acreditar que contemplava mais uma etapa da construção do Brasil Maravilha.

Muito barulho por nada, avisa o balanço dos últimos seis meses do governo Lula.

Além da eleição de Dilma Rousseff, não foi concluída nenhuma obra efetivamente importante.

Administrativamente, foi um semestre perdido.

Tão perdido quanto o primeiro semestre do governo Dilma. Mãe do PAC e Madrinha do Pré-Sal, a candidata apresentou-se durante a campanha eleitoral como parteira do país mais que perfeito que Lula concebeu.

Tinha tanta intimidade com a máquina administrativa que os retoques finais no Brasil Maravilha começariam já no dia da posse.

Pura tapeação.

Passados seis meses, continuam nos palanques de 2010 as 500 Unidades de Pronto Atendimento, as 8 mil Unidades Básicas de Saúde, as 800 Praças do PAC, os 2.800 postos de polícia comunitária e as escolas de educação infantil, fora o resto.

A transposição das águas do São Francisco não tem prazo para ficar pronta.

O leilão do trem-bala será adiado pela terceira vez.

Os canteiros de obras da Copa e da Olimpíada estão despovoados.

Há seis anos no Palácio do Planalto, a superexecutiva acaba de descobrir que só a privatização livrará os aeroportos do completo colapso.

A compra dos caças reivindicados pela Aeronáutica ficará para quando Deus quiser.

As fronteiras seguem desprotegidas.

Das 6 mil creches prometidas na campanha, apenas 54 foram entregues.

Menos de 500 casas populares ficaram prontas.

E os flagelados da Região Serrana do Rio não deixarão tão cedo os abrigos onde sobrevivem desde as tempestades de janeiro.

A diferença entre o primeiro semestre da afilhada e o último do padrinho é que o ilusionista teve de deixar o palco em que esgotou o estoque inteiro de truques.

Livres da discurseira atordoante, os brasileiros puderam contemplar a paisagem mais atentamente.

O que estão vendo não rima com o que ouviram durante oito anos. Milhões já sabem que o paraíso só existe no cartório. Descobriram que o governo Dilma é a continuação do governo Lula, mas sem som e sem efeitos especiais.

Disso resulta a sensação de que a coisa conseguiu ficar pior.

Mesmo que sejam ambos bisonhos, a versão falada parecerá sempre melhor que o filme mudo.
29/06/2011



PARAISO DA PATIFARIA


Por Geraldo Almendra

Parlamento mais bem remunerado do mundo, “capitalismo” da corrupção e “Justiça” protetora da burguesia mais sórdida de nossa história.


As manchetes das patifarias, consentidas por uma sociedade que se mostra calhorda nos centros de decisão público-privada, viraram lugar comum para que os otários e imbecis dos contribuintes se deleitem com sua própria covardia ao lerem os conteúdos das notícias âncora de jornais e revistas.

Enquanto a burguesia público-privada se empanturra de dinheiro ganho na formalidade de suas atividades na forma lícita-fascista e, principalmente ilícita, prevaricadora e sem-vergonha, o Parlamento do Paraíso dos Patifes decide reduzir as pensões por morte, aumentar o tempo de contribuição das mulheres e manter o sigilo das obras para as grandes competições esportivas que se aproximam.


É um conjunto de decisões para não fazer inveja a nenhuma máfia passada ou presente no mundo das relações público-privadas.


A nojenta repetição de afirmações de austeridade fiscal se resume em extorsão tributária, transformação do Estado em um incontrolável cabide de emprego do petismo, enriquecimento ilícito da burguesia pública e de seus cúmplices privados, e o suborno de grandes empresários de todos os setores.


Quem está tendo a irresponsabilidade de promover tanta degeneração moral, nada mais é do que Parlamento mais bem remunerado do mundo como já publicamente provado pela TV Globo em uma reportagem recente.


No Brasil está sendo solidificado o capitalismo da corrupção feito com relações espúrias entre grandes empresas, de todos os setores, e o poder público.


Em nenhum país do mundo civilizado uma sociedade aceitaria sigilo dos gastos em obras públicas apenas controladas por organismos de controle interno de um poder público que diariamente nos dá demonstrações de ser “administrado” por covis de bandidos.


A sociedade delegou para o ladrão tomar conta do seu dinheiro sem precisar saber como o mesmo está sendo gasto.


Não existem mais limites para a humilhação da parcela da sociedade que representa os 60% dos que não votaram no PT, no silêncio das urnas criminosas com níveis de abstenção e de votos nulos votos irracional ou inexplicável, melhor dizendo, desonesto diante do covarde silêncio da Justiça Eleitoral, que nunca se preocupou em investigar, com uma auditoria independente, e com seriedade, as denúncias de manipulação das urnas eletrônicas.


As agressões explícitas do comunismo através da mentira do socialismo já não precisam ser formalizadas com regimes de força, pois o poder público já tem o domínio da mais sórdida burguesia público-privada de nossa história, gente calhorda que dispensa formalidades ideológicas para meter os pés e as mãos no dinheiro dos contribuintes de forma ilícita.


A declaração de que foi inocentado, seja pelos tribunais, seja pelos “conselhos de justiça”, cúmplices explícitos da degeneração moral do poder público é, nada mais nada menos, do que nos chamar a todos, de forma redundante, de otários e imbecis.


Assim o fez o senador Mercadante nas suas recentes declarações no Parlamento do Paraíso dos Patifes.


A blindagem explícita de bandidos de todos os matizes feita pelos órgãos de uma Justiça que, durante a Fraude da Abertura Democrática, deixou de merecer esse nome, já se tornou o mais eficiente dos advogados de defesa dos canalhas da corrupção e da prevaricação.


Contudo temos que reconhecer o mérito de sermos sempre tratados como idiotas ou imbecis: é o resultado direto de nossa omissão e de nossa covardia em não reagir na medida certa à transformação do nosso país em um Paraíso de Patifes desgovernado por Covis de Bandidos controlados por Sindicatos de Ladrões.

29/06/2011

Base aliada também critica ação do BNDES sobre Pão de Açúcar




Por Gabriela Guerreiro
Folha Online

Senadores da base de apoio do governo federal criticaram nesta quarta-feira a possibilidade de o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) participar da fusão entre as empresas Pão de Açúcar e Carrefour.

O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), disse que o banco público deveria ajudar empresas do país, não “lojas de varejo” que já têm um alto faturamento.


“Tem que pegar esse aporte de R$ 4 bilhões e injetar em outras empresas. O BNDES já financiou grupo frigorífico quebrado. O Brasil não precisa disso, o consumidor não precisa disso”, afirmou.

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), presidente da comissão de Agricultura do Senado, disse que o banco deveria ter como função atuar no desenvolvimento do país. “O BNDES precisa atuar no aumento da industrialização, no aumento da produção. Vamos aguardar a posição do banco, mas isso me preocupa bastante.”

A oposição fez duras críticas à possibilidade do banco participar da fusão e já fala em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o banco.



“O BNDES já está merecendo uma CPI, vem jogando dinheiro público fora. É um banco que só favorece os grandes”, disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que o BNDES deve retirar o “S” de sua sigla por ter deixado de atuar como um banco social.

“O que há é um banco privilegiando mega empresários no país com recursos públicos.

O governo já transferiu cerca de R$ 260 bilhões do Tesouro da União para o BNDES, subsidiando juros que privilegiam apenas os mais próximos do poder.

Ou seja: estabelecendo uma distinção entre empresário de primeira e segunda classe.”


Os oposicionistas tentam derrubar no plenário do Senado a medida provisória que autoriza a União a conceder crédito de R$ 55 bilhões ao BNDES para aumentar sua capacidade de financiamento.

Senadores da oposição argumentam que o dinheiro vai permitir que o banco participe de fusões como a do Pão de Açúcar com o Carrefour.

“Vamos tentar, apesar do governo ter maioria”, disse Demóstenes.

Em defesa da fusão, o líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) disse que não há dinheiro público se o banco decidir subsidiar a fusão.

“É uma operação de mercado, sem recursos públicos ou subsidiados. Se for aprovada pelo BNDES, será operação de mercado que vai ajudar a melhorar a posição de empresas nacionais no jogo internacional.”



29/06/2011

Serra diz que até as paredes sabem do envolvimento de Mercadante no escândalo dos aloprados



Os tucanos José Serra, Geraldo Alckmin e Aloysio Nunes em Brasília, para oa reunião do PSDB no Senado em foto de Andre Coelho

Serra diz que até as paredes sabem do envolvimento de Mercadante no escândalo dos aloprados


BRASILIA - O ex-governador paulista José Serra (PSDB) afirmou nesta quarta-feira que até as paredes sabem do envolvimento do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na montagem de um dossiê com o objetivo de prejudicar o tucano na eleição para o governo de São Paulo em 2006, o chamado escândalo dos aloprados.

Serra citou a entrevista do petista Expedito Veloso à revista "Veja", acusando o ministro de ser um dos mentores do dossiê, adquirido por R$ 1,7 milhão em 2006. Veloso ocupa atualmente um cargo no governo do Distrito Federal.

- Passaram cinco anos que R$ 1,7 milhão foram apreendidos e até hoje não se sabe a origem (do dinheiro).

O processo coordenado pelo então candidato ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, isso tudo mundo sabe, inclusive as paredes.

E agora não só as paredes como um próprio integrante eminente do PT deu uma entrevista.

Está gravada, está disponível para o público, falando desse envolvimento do atual ministro de Ciência e Tecnologia - disse Serra, que se encontra em Brasília para presidir a primeira reunião do Conselho Político criado pelo PSDB para acomodá-lo na estrutura de direção do partido.

Oposição obtém acordo e Mercadante falará à Câmara

Convite ao ministro será aprovado na quarta-feira, na Comissão de Fiscalização e Controle.

Governo cedeu para evitar a repetição dos erros do caso Palocci

Por Gabriel Castro

Mercadante: mais uma chance para se explicar
(Mario Rodrigues)

Depois da derrubada de um requerimento de convocação do ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, a oposição conseguiu um acordo com a base aliada: na próxima quarta-feira, a mesma comissão vai aprovar um convite (e não mais uma convocação) para que Mercadante compareça e fale sobre o Dossiê dos Aloprados.

PT e PMDB se comprometeram a votar pela aprovação do pedido. Mercadante deve, assim, falar à Câmara sobre o caso.

"Está acordado. Nós aprovaremos o convite", diz o líder tucano na Casa, Duarte Nogueira (SP).

De um lado, a oposição sai vitoriosa porque consegue levar o petista à Câmara, o que dificilmente conseguiria fazer em uma disputa no voto.


De outro, o governo evita o desgaste de ter um ministro obrigado a dar explicações ao Congresso e tenta dar ao episódio o aspecto de uma prestação de contas voluntária de Mercadante.

Ainda havia dois requerimentos de convocação do ministro aguardando votação, nas comissões de Segurança Pública e de Ciência e Tecnologia.

Com o acordo, o PSDB aceitou retirar os pedidos.

O acerto mostra o temor do governo de que o caso tivesse o mesmo desfecho que levou à queda de Antonio Palocci: blindado pela base aliada, o então braço-direito de Dilma Rousseff se recusou a comparecer ao Congresso e foi vítima do próprio silêncio.
Leia mais aqui.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Descubra se seu e-mail foi invadido por crackers

Algum serviço que você usa já foi violado?

Na semana passada, o Brasil virou alvo de uma inédita ofensiva de crackers contra sites do governo federal. Na ocasião, páginas da Presidência, Receita Federal, Ministério do Esporte e IBGE apresentaram instabilidade ou saíram do ar.

Segungo as autoridades, não houve furto de dados confidenciais.

Contudo, episódios como esses podem de fato evoluir para a invasão de sistemas e apropriação criminosa de informações, como dados bancários, senhas de e-mail e outros.

Um serviço desenvolvido por um especialista de segurança australiano promete descobrir se algum serviço que você usa já foi violado.

Daniel Grzelak é o criador do site “
Devo mudar minha senha?” (Should I Change My Password?, em inglês).

Trata-se de um banco de dados que reúne informações sobre os vazamentos conhecidos realizados por crackers – inclusive as 62.000 senhas de Twitter, Facebook e Gmail publicadas pelos crackers do LulzSec na semana passada.

A cada nova ação criminosa, o serviço é alimentado com os dados.

Para saber se sua conta foi invadida, basta acessar o site e digitar o e-mail (sem fornecer a senha) em uma caixa de texto. Um sinal verde exibido pelo programa (como mostra a imagem acima) signfica que o banco de dados não possui informações acerca da invasão e do vazamento relativos àquela conta específica. Isso, contudo, não é uma garantia total de segurança, uma vez que os criminosos podem simplesmente não ter divulgado informações eventualmente furtadas.

Caso seja exibido o sinal vermelho, contudo, aí, sim, há uma certeza: a conta já foi invadida. Neste caso, é urgente trocar a senha e investigar as consequência do vazamento dos dados contidos ali.

Leia mais:

Charge

calado !!!

www.sponholz.arq.br



Eike perdeu...







Ingressos da Copa

Uma joint venture entre os grupos Águia e Traffic adquiriu os direitos de comercialização de um pacote de uns 100 mil ingressos especiais da Copa no Brasil, em 2014.
Os bilhetes se destinam aos convidados vips de empresas.


Trata-se...

É o chamado Programa de Hospitalidade, pelo qual o felizardo assiste aos jogos na maior mordomia.
O pacote inclui ingresso, camarote, bufê, transporte e estacionamento.


Eike perdeu...




Este pacote de ingressos vips foi disputado por Eike Sempre Ele Batista.
Em maio, o empresário, apressadinho, chegou a anunciar nos EUA: “Quem quiser ingressos para 2014, só na minha mão, cavalheiros.”

Lagarde é eleita diretora-geral do FMI

Francesa ganhou do mexicano
Agustín Carstens

Lagarde, a primeira mulher da história da instituição a assumir o cargo
(Francois Mori/AP)

A francesa Christine Lagarde foi eleita nesta terça-feira para o cargo de diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lagarde é a primeira mulher a alcançar o posto e sucede o francês Dominique Strauss-Kahn no cargo.

Kahn pediu demissão
após o escândalo sexual em que se envolveu nos Estados Unidos.

O FMI anunciou que seu conselho escolheu Lagarde sem detalhar se havia sido unanimidade.

O Brasil apoiou a candidatura da francesa.

Na disputa, estava o mexicano Agustín Carstens.
Na Veja

Diga aí, Cabral!


Comentário


Governador Sérgio Cabral: minha solidariedade.

Fora a perda de um filho, nada dói mais do que ver um filho sofrer. Tenho um que perdeu a namorada em acidente de carro. E foi ele quem encontrou o corpo.

O senhor fez bem em licenciar-se do cargo para ficar ao lado do seu filho. Pezão, o vice, dá conta do recado. É eficiente. Está acostumado.

Só não escale Pezão para responder perguntas que apenas ao senhor cabe responder. Não são poucas. E estão na boca das pessoas que ainda se preocupam com as parcerias público-privadas entre políticos, seus amigos e benfeitores.
Sou do tempo em que os políticos escondiam amantes, tesoureiros de campanha e empresários do peito.
Amantes ainda são mantidas à sombra – embora algumas delas, de um tempo para cá, tenham protagonizado barulhentos escândalos. Outras morrem sem abrir o bico.
Tesoureiros?

Esses se expõem ao sol sem o menor pudor. São reconhecidos em toda parte. E fingem que abdicaram de cometer antigos pecados.

Pois sim! Acredite...

Quanto a empresários do peito... Liberou geral.


Direto ao ponto: por que o senhor viajou a Porto Seguro, acompanhado de parentes, em jatinho cedido por Eike Batista, dono de muitos negócios que dependem do interesse ou da boa vontade do governo do Rio de Janeiro?
Foi o senhor que pediu o jatinho emprestado?

Foi Eike quem ofereceu?

Se ele ofereceu como soube que o senhor precisava de um?


Há vôos comerciais diários para Porto Seguro. Por que não embarcou em um deles pagando do próprio bolso a sua passagem e as de seus familiares?
O jato de Eike decolou com o senhor do aeroporto Santos Dumont às 17h da última sexta-feira dia 17.

O vôo 3917 da TAM decolou antes – às 10h15.

Nele, o senhor teria chegado ao seu destino às 14h16.

Não considera indecoroso viajar a custa de um empresário que em 2010 doou para sua campanha R$ 750 mil?

Um empresário beneficiado por isenções concedidas por seu governo?

Foi por isso que sua assessoria, no primeiro momento, negou que o senhor tivesse voado para Porto Seguro?

Foi por isso que o senhor preferiu voltar em um jatinho alugado por seu governo?


Se a autoridade máxima de um Estado pede ou aceita favores de empresários não será compreensível que seus secretários também aceitem, igualmente os subsecretários, chefes de gabinetes, chefes de repartições – e assim por diante?

Que diferença existe entre um agrado feito com dinheiro e outro com gasolina e conforto?

O que o levou a Porto Seguro foi a comemoração de mais um aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, cujos contratos abocanhados para obras durante seu governo valem em torno de R$ 1 bilhão. Somente no ano passado a Delta ganhou 18 contratos – 13 deles sem licitação.

Em momento algum o senhor imaginou que não pegaria bem comparecer a um evento promovido por quem tanto lhe deve?

Um homem público não deveria saber distinguir entre prestadores de serviços ao Estado e amigos pessoais?

A mistura do público com o privado não acabaria por causar sérios danos à sua imagem?

Quem acreditará que Cabral, amigo de Cavendish, nada tem a ver com Cabral, governador do Rio e cliente de Cavendish?

E onde mesmo seria a festa de aniversário do empresário?

No Jacumã Ocean Resort, de propriedade do piloto Marcelo Mattoso de Almeida – um ex-doleiro acusado de fraude cambial há 15 anos.

Marcelo foi dono da empresa First Class, acusada de ter cometido crime ambiental na praia do Iguaçu, na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

Sinto muito, governador, mas é com esse tipo de gente que o senhor anda?

É a esse tipo de gente que o senhor não se constrange em ficar devendo favores?

Eike Batista disse que cedeu seu jatinho ao senhor com “satisfação” e “orgulho”. E que é livre para selecionar suas amizades.

Lembrou-me a rainha francesa Maria Antonieta, no Palácio de Versalhes, mandando o povo comer brioches às vésperas da revolução que a guilhotinou.

Se quiser ser levado a sério, o homem público que deve seu mandato ao povo está proibido de desfrutar do mesmo grau de liberdade.

Reflita com calma a respeito, Cabral.

E não deixe uma só dessas perguntas sem resposta.

Aloprados - As confissões de Expedido Veloso



As confissões de Expedito Veloso
- agora em áudio -

Veja Online

As gravações em que o aloprado revela os bastidores da montagem do dossiê que seria usado contra José Serra na campanha de 2006


Há duas semanas, VEJA publicou as confissões de Expedito Veloso, um dos envolvidos no escândalo dos aloprados -- a tentativa de petistas comprarem um dossiê forjado para prejudicar o tucano José Serra nas eleições para o governo paulista de 2006.

Em gravações obtidas pela revista, o ex-diretor do Banco do Brasil esclarece quem foram os patrocinadores de uma das mais sórdidas patranhas políticas do Brasil recente.

Veloso fez parte do grupo que que negociou o falso documento com uma dupla de empresários corruptos, os irmãos Darci e Luiz Antônio Vedoin.

Esse grupo era encabeçado pelo então senador Aloizio Mercadante -- que se aliou nessa empreitada, de maneira surpreendente, com o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, morto em 2010.

Convidado a falar numa comissão do Senado nesta terça-feira, Aloizio Mercadante deve tratar do escândalo oficialmente pela primeira vez. Nesta segunda-feira, o ministro da Ciência e Tecnologia, negou mais uma vez qualquer envolvimento com o episódio.

Durante um almoço com empresários em São Paulo, ele afirmou: "Eu vi uma nota que o Expedito publicou. Ele disse que nunca citou nomes, nunca falou de dinheiro, não tem nenhuma informação sobre isso, que a responsabilidade é dos jornalistas e da revista. Expedito nunca foi meu assessor, assim como Quércia nunca foi meu aliado".
Saiba quem é quem no
escândalo do dossiê:

Expedito Veloso - ex-diretor do Banco do Brasil, analisou os documentos que seriam usados na fraude. Depois, arrependido pelo fato de o esquema não ter poupado colegas do partido, revelou detalhes do caso em conversas gravadas.

Hamilton Lacerda - um dos coordenadores da campanha de Aloizio Mercadante. Foi filmado no hotel onde estava o dinheiro que serviria para pagar o dossiê e procurou a revista IstoÉ para tentar divulgar o material.

Gedimar Passos - policial federal aposentado. Foi preso em flagrante em um hotel de São Paulo com 700.000 reais em dinheiro vivo. Era o encarregado de pagar pelo dossiê. Integrava a campanha à reeleição do presidente Lula em 2006.

Valdebran Padilha - tesoureiro informal do PT em Mato Grosso. Foi por intermédio dele que o comitê paulista negociou com os empresários mato-grossenses Darci e Luiz Antônio Vedoin. Foi preso em 2006 com Gedimar Passos. Era ele quem deveria receber o pagamento pelo dossiê. A polícia apreendeu com ele 1 milhão de reais.

Darci e Luiz Antônio Vedoin - empresários e líderes da máfia dos sanguessugas, vendiam ambulâncias superfaturadas.

Ofereceram ao PT o falso dossiê para tentar incriminar o PSDB e cobraram 1,7 milhão de reais para falsificar documentos e conceder uma entrevista na qual acusariam José Serra de envolvimento com as fraudes no Ministério da Saúde.

Enviado por Lunar5135

 27/06/2011


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fome dois ponto zero

Quem achava que o conto de fadas do filho do Brasil e da primeira presidenta já tinha chegado ao seu final feliz, enganou-se.

Essa história emocionante não para de nos proporcionar desfechos surpreendentes.

A reabilitação política do nosso Delúbio, o heróico sobrevivente do mensalão, não foi nada. A FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação, acaba de anunciar seu novo diretor-geral: o brasileiro José Graziano.

Graziano ficou conhecido como uma das figuras mais badaladas do início do governo Lula. Era o responsável pela implantação do famoso programa Fome Zero, idealizado para ser o carro-chefe do governo popular.
O programa foi muito bem sucedido na missão de fazer chegar a todos os brasileiros o slogan Fome Zero.

O único problema do genial plano de José Graziano foi a constatação de que ele era inexeqüível.

Talvez por esse detalhe, Graziano tomou posse com Lula em 2003 e em 2004 já não era mais ministro.

E não foi mais nada nos oito anos de governo Lula, continuando a não ser nada no nascente governo Dilma. Como se vê, as credenciais do professor Graziano com seu Fome Zero permaneceram decisivas ao longo dos anos. Nem o Ministério da Pesca lhe foi oferecido.

E eis que a FAO elege José Graziano seu diretor-geral. Quem destacou as razões da escolha, em nota oficial, foi sua própria madrinha, Dilma Rousseff. Eis o atributo principal:

“Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação”.
Ou seja: José Graziano vai dirigir o braço da ONU para a alimentação do mundo com base na experiência do Fome Zero – o programa imaginário que o próprio Lula jamais ousou voltar a mencionar em seus inúmeros palanques.

Moral da história: companheiro que está no sereno – não perca as esperanças! O governo popular trabalha, dia e noite, por uma boquinha para você.
Ou até, quem sabe, uma bocarra.

E viva o grande banquete das Nações Unidas, onde os amigos dos amigos nunca passam fome.



27/06/2011

Brasileiros foram os mais barrados nas fronteiras aéreas da UE


Em 2010, UE também detectou 13.369
brasileiros vivendo ilegalmente na região

Marcia Bizzotto
De Bruxelas para a BBC Brasil

Os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia em 2010 e o sexto grupo com mais permanências ilegais detectadas.

De acordo com a agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, no ano passado 6.072 brasileiros foram barrados pelas autoridades europeias ao tentar entrar no bloco por via aérea, o equivalente a 12% do total de entradas recusadas.

Quase 30% dos casos envolvendo brasileiros ocorreu na Espanha, onde 1.813 pessoas foram enviadas de volta ao Brasil principalmente por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estadia no país.

Os brasileiros também foram os mais barrados nos aeroportos da França em 2010, com 673 casos.
Queda

O Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus desde que a Frontex começou a contabilizar o dado, em 2008, mas a agência destaca que o número de casos caiu 24% no ano passado em relação a 2009.

“A razão está relacionada à crise econômica. Com menos oportunidades de emprego, a UE se tornou um destino menos atrativo para os imigrantes. Por isso houve uma queda significativa no tráfego aéreo para a UE, inclusive a partir do Brasil”, explicou à BBC Brasil Izabella Cooper, porta-voz da Frontex.

Em segundo lugar, muito atrás do Brasil, estão os Estados Unidos, com 2.338 cidadãos barrados às portas da UE em 2010, o equivalente a 4,8% do total, seguidos de Nigéria, com 1.717 barrados, e China, com 1.610.

Apenas outros dois países latino-americanos estão entre as dez nacionalidades mais recusadas nas fronteiras aéreas europeias: Paraguai, em sexto lugar, com 1.495 entradas negadas, e Venezuela, em décimo, com 1.183.

De maneira geral, considerando também fronteiras terrestres e marítimas, os brasileiros foram a quarta nacionalidade mais recusada pela UE no ano passado, com 6.178 negativas, o equivalente a 5,7% do total.

 27 de junho, 2011

Dossiê dos aloprados: Mercadante sai em defesa de Ideli

Utilizando-se da clássica defesa petista, o ministro afirma que a revelação do envolvimento de Ideli no escândalo é 'tentativa de atingir o governo Dilma'


A nova ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti
(Antonio Cruz/ABr)

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, já deu início ao movimento para tentar livrar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, das investigações a respeito do envolvimento dela no escândalo do Dossiê dos Aloprados.

Mercadante foi o principal mentor da fabricação de um falso dossiê contra o tucano José Serra, em 2006.

Em sua edição desta semana, VEJA revela que Ideli também esteve envolvida no caso, participando das negociações para a compra do falso dossiê.

Em entrevista ao jornal O Globo, Mercadante saiu em defesa da colega, utilizando-se da tradicional argumentação petista: tudo não passa de uma tentativa de atingir a nova ministra e o governo Dilma Rousseff.

Como mostra reportagem de VEJA, Ideli participou de uma reunião, em 4 de setembro de 2006, na qual ficou incumbida da tarefa de divulgar o falso dossiê contra Serra. Participaram do encontro, além de Ideli e Mercadante, o sindicalista Osvaldo Bargas, o petista Expedito Veloso – responsável por revelar o envolvimento do ministro na fraude –, e o ex-chefe de inteligência da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o catarinense Jorge Lorenzetti.

Mercadante admitiu a participação de Ideli nessa reunião – mas negou que Lorenzetti – que chegou a ter a prisão decretada por envolvimento no caso – tenha participado do encontro.

“O Lorenzetti nunca esteve no meu gabinete.

E qual a razão para citar o Lorenzetti?

Por que construíram essa mentira?

Para tentar colocar a Ideli.

Como Lorenzetti era de Santa Catarina, e como Ideli acabou de virar ministra, é uma forma de tentar envolver o governo Dilma que não tem nenhuma relação com esse episódio”.

Na versão do ministro, a reunião teria servido para que Bargas e Veloso o alertassem que um depoimento no Conselho de Ética do Senado poderia envolver seu nome no escândalo da máfia dos sanguessugas.

Mercadante afirmou que decidiu, então, conversar com Ideli para perguntar se deveria rebater as acusações também no Conselho de Ética – e ela afirmou-lhe que não.


QUEBRANDO A BANCA



Da série “Capa da ‘Playboy’ que gostaríamos de ver por aí”…
Do Kibe Loco

27 de junho de 2011


Rumor de que Chávez trata um câncer acirra divisão política na Venezuela


Políticos governistas desmentem a informação e dizem que presidente voltará ao país em poucos dias

CARACAS - A discussão sobre o real estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está internado em Cuba desde o dia 10, ganhou novos contornos ontem, com a publicação pelo jornal venezuelano El Universal de que o líder teria câncer de próstata.




Efe
Visita. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, recebeu o líder cubano Fidel Castro no hospital no dia 17, em Havana

No artigo intitulado Verdades da enfermidade de Chávez, o jornalista Nelson Bocaranda Sardi, conhecido opositor do regime, escreveu que o líder teve a doença diagnosticada durante visita a Havana e continuou na ilha para iniciar seu tratamento.

Os chavistas, porém, rebateram a afirmação do jornalista. Segundo o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Fernando Soto Rojas, o presidente não tem câncer. "Eu seria o primeiro a informar ao país (sobre a doença)", afirmou.

Em sua coluna, uma das mais lidas da Venezuela, Bocaranda descreveu que uma tontura repentina, "quando estava conversando com Fidel (Castro)" foi a causa da cirurgia de retirada de um abscesso pélvico anteriormente divulgada pelo governo de Caracas.

O texto afirma que, nesse primeiro momento, o presidente foi atendido por um médico espanhol que trata de Fidel.

"Uma tomografia revelou um dano maior em sua próstata e se determinou, após a operação do abscesso, que uma extirpação deveria ser feita."

Segundo Bocaranda, um "urologista caraquenho (...) dirigiu por vídeo a cirurgia prostática com (o uso de) um robô" controlado pelo médico espanhol.

Segundo Bocaranda, um imunologista venezuelano que atua em Miami e em Boston, nos EUA, "foi levado a Havana para realizar os cortes para a biópsia por congelamento".

O exame teria sido realizado em um centro de análises americano, onde o câncer foi descoberto e especialistas determinaram "que se devia começar o tratamento de imediato".
"Radiação e bloqueio hormonal começaram a ser aplicados", afirmou o jornalista, que disse ter informações contraditórias sobre quais foram exatamente os procedimentos aplicados em Chávez.

"Minhas fontes cubanas me assinalam que (o presidente venezuelano) fará uma rápida aparição pública antes de voltar a Caracas"
, disse Bocaranda, acrescentando que o líder deve estar de volta à Venezuela na quinta-feira.

No sábado, o diário americano El Nuevo Herald, de Miami, havia afirmado que o estado de saúde do presidente venezuelano é "crítico". Em sua página no Twitter, porém, Bocaranda disse ontem que "o presidente Chávez já está de pé. Acelera seu regresso após a recuperação. Volta com todos os seus familiares antes do (dia) 30".

Bocaranda afirmou que o Hospital Militar Carlos Arvelo, em Caracas, acelerou uma reforma na área presidencial para receber o líder esta semana. 




A intenção de Chávez seria voltar a tempo para a Cúpula da América Latina e do Caribe sobre integração e desenvolvimento (Calc) e os desfiles militares que marcarão os 200 anos da independência venezuelana, no dia 5.

Segundo o texto de Bocaranda, as informações divulgadas pelo governo de Caracas sobre telefonemas que Chávez teria realizado a vários de seu ministros durante sua internação eram falsas "em sua maioria".

"Só o vice-presidente, não juramentado como presidente, Elías Jaua, e o chanceler, Nicolás Maduro, falaram (com Chávez) em oportunidades contadas". O jornalista disse ter preservado os nomes dos médicos com quem obteve essas informações para evitar que eles sejam perseguidos.

De acordo com o artigo, quatro filhos, uma ex-mulher, a mãe e um irmão do presidente o acompanharam "em diferentes momentos de sua recuperação no centro de saúde cubano".

Pelo Twitter, Chávez agradeceu no sábado a companhia de sua filha Rosinés e três netos. "Ah, que felicidade ganhar esse banho de amor!"

Ao vivo na TV, a mãe do líder venezuelano, Elena Frías de Chávez, desejou saúde para ele ontem. "Uma saudação e a bênção para meu filho querido. Que o poder de Deus o cure rápido e o traga para mim", afirmou, após um encontro do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Religiosos realizaram ontem diversos rituais cristãos e indígenas pedindo a melhora de Chávez.

EFE e AFP




PONTOS-CHAVE


Saúde afetou a rotina de líder venezuelano

Problema ortopédico
Em maio, um problema no joelho fez com que Hugo Chávez cancelasse uma visita à presidente
Dilma Rousseff, com quem se encontrou no mês seguinte

Viagem
Chávez deixou a Venezuela no dia 5 e, pouco depois de o presidente chegar a Cuba, seu governo anunciou a cirurgia para a retirada de um abscesso Polêmica
A oposição critica a ausência de Chávez.
O vice-presidente Elías Jaua diz que, mesmo internado, o líder continua comandando o governo

27 de junho de 2011