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sábado, 2 de abril de 2011

A anatomia do valerioduto

ÉPOCA obteve o relatório final da Polícia Federal sobre o caso do mensalão.

Ele revela que o dinheiro usado por Marcos Valério veio dos cofres públicos e traz novas provas e acusações contra dezenas de políticos



Por Diego Escosteguy

Com Mariana Sanches, Murilo Ramos, Humberto Maia Junior,
Danilo Thomaz, Marcelo Rocha, Andrei Meireles e Leonel Rocha


O OPERADOR

Marcos Valério, o artífice do mensalão, em 2007.

Mais de cinco anos depois, a polícia concluiu a investigação sobre o maior escândalo de corrupção do governo Lula




Era uma vez, numa terra não tão distante, um governo que resolveu botar o Congresso no bolso. Para levar a cabo a operação, recorreu à varinha de condão de um lobista muito especial, que detinha os contatos, os meios e o capital inicial para fazer o serviço.

Em contrapartida, o lobista ganharia contratos nesse mesmo governo, de modo a cobrir as despesas necessárias à compra. Ganharia também acesso irrestrito aos poderosos gabinetes de seu cliente, de maneira a abrir novas perspectivas de negócios. Fechou-se o acordo – e assim se fez: o lobista distribuiu ao menos R$ 55 milhões a dezenas de parlamentares da base aliada do governo.

O governo reinou feliz para sempre.

Mas somente por dois anos. Há seis anos, em junho de 2005, pela voz do vilão e ex-deputado Roberto Jefferson, a fantástica história do maior escândalo de corrupção já descoberto no país, conhecido como mensalão, veio a público.


O governo quase ruiu.

Seu líder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que “devia desculpas” ao país.

Os dirigentes do PT, o partido responsável pelo negócio com o lobista, caíram um após o outro, abalroados pelas evidências de que, não, aquela não era uma história de ficção: era tudo verdade.

Sobrevieram as investigações de uma CPI (a última que chegou a funcionar efetivamente no país) e a enfática denúncia do procurador-geral da República, que qualificou o grupo como uma “organização criminosa”, liderada pelo primeiro-ministro informal desse governo, o petista José Dirceu.

A realidade dos fatos abateu-se sobre as lideranças do partido. Tarso Genro, um deles, falou em refundar o partido. Lula pediu desculpas mais uma vez. O então deputado José Eduardo Cardozo reconheceu que houve mensalão, e que era preciso admitir os fatos.

Parecia que haveria um saudável processo de depuração ética em Brasília.


Parecia.


Os anos passaram, e a memória dos fatos esvaiu-se lentamente, carregada pelo esforço dos mesmos líderes petistas de reconfigurar o que acontecera através das lentes da má ficção. Dirceu começou a declarar que não houve compra de votos.

Petistas disseram que o esquema não fazia sentido, uma vez que, como eram governistas, não precisariam receber dinheiro para votar com o governo – esquecendo que o valerioduto também contemplava o pagamento de campanhas políticas com dinheiro sujo.

Delúbio Soares, o tesoureiro que coordenou os pagamentos, disse que tudo se tornaria piada de salão. Agora, obteve apoio para voltar ao partido, de onde fora expulso quando era conveniente a seus colegas.

Por fim, quando estava prestes a terminar seu mandato, Lula avisou aos petistas:

“O mensalão foi uma farsa. Vamos provar isso”.




São as voltas que o planeta político dá. Em Brasília, como se percebe, ele gira com especial rapidez. José Eduardo Cardozo agora é ministro da Justiça. Foi sob o comando dele que a Polícia Federal produziu sigilosamente um documento devastador, cujas 332 páginas resultam demolidoras para muitos dos próceres da República.

Trata-se do relatório final da Polícia Federal sobre o caso do mensalão, que encerra oficialmente os seis anos de extensas investigações conduzidas por delegados, agentes e peritos especializados no combate ao crime organizado.

A peça já está sobre a mesa do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e deverá seguir em breve para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa, o relator do caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Liderada pelo policial Luís Flávio Zampronha, delegado que coordena o caso desde o início e integra a divisão de Repressão a Crimes Financeiros, a PF vasculhou centenas de contas bancárias, esmiuçou dezenas de documentos internos das empresas envolvidas no esquema e ouviu cerca de 100 testemunhas.

Produziu-se esse minucioso trabalho por determinação do ministro Joaquim Barbosa. O objetivo era produzir provas acerca dos pontos que não haviam sido contemplados nas investigações da CPI dos Correios e da Procuradoria-Geral da República.

As dúvidas dividiam-se em três perguntas elementares:

1. O mensalão foi financiado com dinheiro público?

2. Houve mais beneficiários do valerioduto?

3. Qual era o limite da influência de Marcos Valério no governo petista?

A investigação da PF dissolve essas incertezas – e faz isso com muitas, muitas provas. A resposta às duas primeiras perguntas é sim, sem dúvida. A resposta à terceira? Nenhum. Não há mais argumentos falaciosos, teses descabidas ou teorias conspiratórias que permitam ignorar os fatos colhidos pela PF.

Derrubam-se, assim, os mitos que setores do PT, sobretudo sob a liderança moral e simbólica do presidente Lula, tentaram impor à opinião pública.

O mensalão não foi uma farsa. Não foi uma ficção. Não foi “algo feito sistematicamente no Brasil”, como chegou a dizer o ex-presidente.

O mensalão, como já demonstravam as investigações da CPI dos Correios e do Ministério Público e agora se confirma cabalmente com o relatório da PF, consiste no mais amplo (cinco partidos, dezenas de parlamentares), mais complexo (centenas de contas bancárias, uso de doleiros, laranjas) e mais grave (compra maciça de apoio político no Congresso) esquema de corrupção já descoberto no país.

O significado político e, sobretudo, simbólico do fim desse debate é enorme – e pode alterar os rumos do processo do mensalão no STF, que até o momento tendia para uma vagarosa morte jurídica.

Ao responder ao que lhe foi pedido, a PF avança ainda mais.

Eis as principais descobertas expostas no relatório:

Chegou-se, finalmente, ao elo mais grave do esquema do valerioduto: a conexão com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O segurança Freud Godoy, que trabalha com o petista desde a campanha de 1989 e desfruta a intimidade da família de Lula, confessou à PF que recebeu R$ 98 mil de Marcos Valério.

Disse que se tratava de pagamento dos serviços de segurança prestados a Lula na campanha de 2002 e durante a transição para a Presidência;

Os peritos da PF rastrearam o envolvimento de mais grão-políticos no esquema.

Direta ou indiretamente, seja por meio de assessores ou de familiares, em campanhas políticas ou no exercício do mandato, receberam dinheiro do valerioduto políticos poderosos, como o minis-tro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do PT, e o eterno líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá, do PMDB.

Descobriu-se também, ou se conseguiu confirmar, a participação de mais sete deputados federais, dois ex-senadores e um ex-ministro (leia a nova lista do esquema abaixo);




O banqueiro Daniel Dantas, que participava de uma das mais renhidas e bilionárias disputas societárias do Brasil – e que, para resolver seus problemas, precisava desesperadamente de aliados no Palácio do Planalto –, tentou mesmo garantir o apoio do governo petista por intermédio de dinheiro enviado às empresas de Marcos Valério.

Depois de se reunir com Dirceu, então ministro da Casa Civil, Dantas recebeu de Delúbio um pedido especial de ajuda financeira: US$ 50 milhões.

Segundo a PF, a propina foi aceita.


Pouco antes de o mensalão vir a público, uma das empresas controladas pelo banqueiro fechou contratos fajutos com Valério – apenas para que houvesse um modo legal de depositar o dinheiro.


Houve tempo suficiente para que R$ 3,6 milhões fossem repassados ao publicitário.

Encaminhou-se esse total a doleiros, mas a PF ainda não descobriu os reais beneficiários do dinheiro;


São comprovadamente fajutos os empréstimos que, segundo a defesa de Marcos Valério, explicariam a origem do dinheiro do mensalão.

Esses papéis serviram somente para dar cobertura jurídica a uma intrincada operação de lavagem de dinheiro. Apurou-se que houve duas fontes de recursos para bancar o mensalão e as demais atividades criminosas de Marcos Valério.

Uma, a principal, qualificada pela PF de “fonte primária”, consistia em dinheiro público, proveniente dos contratos do publicitário com ministérios e estatais.


O principal canal de desvio estava no Banco do Brasil, num fundo de publicidade chamado Visanet, destinado a ações de marketing do cartão da bandeira Visa.

As agências de Marcos Valério produziam algumas ações publicitárias, mas a vasta maioria dos valores repassados pelo governo servira tão somente para abastecer o mensalão.

A segunda fonte de financiamento, chamada de “secundária”, estipulava que Marcos Valério seria ressarcido pelos pagamentos aos políticos por meio de contratos de lobby com empresas dispostas a se aproximar da Presidência da República.

Foi o caso do Banco Rural, que tentava obter favores do Banco Central e do banqueiro Daniel Dantas, que precisava do apoio dos fundos de pensão das estatais.


Das dezenas de novos beneficiários identificados, o mais representativo é Freud Godoy. O segurança pessoal de Lula ficou conhecido na campanha de 2006, quando recebeu de Lula a alcunha de Aloprado, em razão de seu envolvimento com a turma que foi presa num hotel de São Paulo, tentando comprar um dossiê contra o tucano José Serra.

(Às vésperas daquelas eleições, a PF divulgou uma foto exibindo seis vistosos pacotes de dinheiro em cima de uma mesa. Nunca se descobriu a origem do dinheiro.)

Freud não é apenas segurança de Lula. É amigo do ex-presidente, relação que nasceu nos anos 80 e sobrevive até hoje.


Até o episódio dos aloprados, onde quer que Lula estivesse, lá estava Freud. Não era uma sombra barata. Em 1998, Freud profissionalizou seus serviços e criou uma empresa.

No escândalo dos aloprados, descobriu-se que essa empresa, a Caso Comércio, recebeu R$ 98 mil da SMP&B, uma das agências de Marcos Valério.

O pagamento dera-se em 21 de janeiro de 2003. Diante dos milhares de operações bancárias nas contas do publicitário, poderia haver uma explicação plausível e legal para a transação. Algum serviço poderia ter sido prestado normalmente.

Quando essa informação veio a público, porém, Freud e Marcos Valério silenciaram sobre o motivo do pagamento. Restou a suspeita de que haveria alguma ilegalidade.

Os delegados da PF foram atrás de Freud – e ele narrou, em depoimento, que o dinheiro serviu para cobrir parte dos R$ 115 mil que lhe eram devidos pelo PT, em razão dos serviços prestados durante a campanha presidencial de 2002. Segundo Freud, tratava-se de despesas de “segurança, alimentação, transporte e hospedagem de equipes de apoio”.

O segurança contou que, após a campanha, foi ao comitê eleitoral do PT cobrar a dívida. Os responsáveis pelo comitê, cujos nomes Freud não revela, deram-lhe o número de telefone de uma empresa que resolveria a pendência.

Ele ligou e descobriu que se tratava da SMP&B. “Jamais mantive contato com Marcos Valério”, disse Freud à PF.

Os funcionários de Marcos Valério pediram que ele lhes fornecesse uma nota fiscal. Ato contínuo, Freud recebeu o cheque de R$ 98 mil pelos Correios.

O segurança afirmou que não havia contrato entre sua empresa e o PT, nem qualquer registro contábil das despesas. Em suma: um amigo de Lula, que sempre prestou serviços a ele, recebeu dinheiro ilegal para pagar suas despesas trabalhando para o ex-presidente.

É a primeira vez em que se descobre uma ligação direta entre o esquema de Marcos Valério e alguém da intimidade de Lula.

LADO A LADO

O ex-presidente Lula caminha na Granja do Torto na companhia de seu segurança Freud Godoy, em dezembro de 2002, na transição de governo. Freud era, na ocasião, remunerado por Marcos Valério

Marcos Valério detinha uma capacidade espantosa de unir amigos e dinheiro. Sabia como conquistar os poderosos – ou conquistar amigos dos poderosos. Deu dinheiro ao amigo de Lula, o ex-presidente, e também a um grande amigo da atual presidente, Dilma Rousseff. Fernando Pimentel conhece Dilma desde os tempos de luta armada contra o regime militar. Mineiros, ambos militaram juntos, dividindo aparelhos e ideais.

A presidente confia a tal ponto em Pimentel que delegou a ele parte da coordenação política de sua campanha presidencial. Não se arrependeu. Hoje, como ministro do Desenvolvimento e confidente de Dilma, Pimentel ocupa espaço no primeiro time da Esplanada.

Quando eclodiu o mensalão, surgiram suspeitas de que Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro de sua campanha vitoriosa à prefeitura de Belo Horizonte, em 2004, recebera dinheiro do valerioduto. Naquele momento, quando as denúncias se sucediam em turbilhão, a suspeita diluiu-se em meio a tantas outras.


A metamorfose ambulante

Ao longo de seu governo, o ex-presidente Lula mudou sua retórica sobre o escândalo. Passou da indignação à negação

"Não interessa se foi A, B ou C, todo o episódio foi como uma facada nas minhas costas" - Lula, em dezembro de 2005, sobre o episódio do escândalo do mensalão

"Mensalão é uma farsa" - Lula, em conversa com José Dirceu durante o café da manhã no Palácio da Alvorada em 18 de novembro de 2010. Na ocasião, o ex-presidente avisou que quando deixasse o governo iria trabalhar para desmontar o mensalão

A PF, contudo, perseguiu a pista. Rastreando as contas do valerioduto, os investigadores comprovaram que o assessor de Pimentel recebeu um cheque de R$ 247 mil de uma das contas da SMP&B no Banco Rural.

Quando?

Em 12 de agosto de 2004, período em que a campanha de Pimentel começava a engrenar. Ouvido pelos delegados, Rodrigo Barroso se recusou a dar explicações. Preferiu o silêncio.

Diante disso, a PF recomendou ao procurador-geral da República que processe o assessor, ao menos, por lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, as evidências sugerem fortemente que a campanha do ministro Pimentel tenha sido financiada com dinheiro do valerioduto. Pimentel afirmou que não comentaria o caso sem antes ler o relatório.



Dinheiro para pagar campanha era artigo abundante no valerioduto. Nas eleições de 2004, além de Pimentel, Marcos Valério, naturalmente por ordens do comando do PT, repassou recursos a duas outras candidaturas do partido em São Paulo: a de Emídio de Souza à prefeitura de Osasco (R$ 189 mil) e a do hoje deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à prefeitura de São Bernardo do Campo (R$ 17 mil).

Entre os novos beneficiários do PT, a PF descobriu uma militante que trabalhou para Ivan Guimarães, então presidente do Banco Popular, que pertence ao Banco do Brasil. A funcionária, Renata Maciel, sacou R$ 150 mil na agência do Rural, em plena Avenida Paulista.

A operação aconteceu em novembro de 2004, logo após o período eleitoral. Em seguida, ela passou a trabalhar numa joalheria que pertencia a Ivan Guimarães. Há muito mais operações de caixa dois em eleições, como no PT de Alagoas. Mais incomuns são casos como os do ex-ministro Pimenta da Veiga e do deputado José Mentor, que receberam uma dinheirama do valerioduto, disseram que prestaram serviços a ele como advogados – mas não convenceram a PF (leia os quadros anteriores).

O segredo para os investigadores desvendarem as engrenagens de lavagem de dinheiro armadas pela quadrilha de Marcos Valério está nas contas do publicitário que recebiam recursos do fundo Visanet, em tese destinado ao marketing de cartões da bandeira Visa.

Somente no governo Lula, o fundo repassou R$ 68 milhões às agências de Marcos Valério. Ao analisar os milhares de transações bancárias do esquema, os peritos perceberam que a saída de dinheiro para os políticos coincidia com a entrada de recursos desse fundo, liberados pelo Banco do Brasil.

A partir dessa descoberta, foi possível rastrear o caminho do dinheiro: ele saía de duas contas de Marcos Valério no Banco do Brasil, transitava pelo Banco Rural e, em seguida, era repassado aos beneficiários reais (leia o quadro "Os novos beneficiários"). Essa mesma linha de investigação possibilitou a descoberta de recursos desviados a parentes de políticos, como o irmão do senador Romero Jucá e o genro do ex-senador Marco Maciel, do DEM.


O JUIZ DO CASO
O ministro Joaquim Barbosa, em seu gabinete no Supremo. Ele recebeu o resultado das investigações da PF e é o relator do processo do mensalão

O relatório da PF demonstra que, dos cerca de R$ 350 milhões recebidos pelas empresas de Valério do governo Lula, os recursos que mais se destinaram aos pagamentos políticos tinham como origem o fundo Visanet. Pela falta absoluta de controles internos no banco, esse fundo permitia desvios com mais facilidade. Para completar, o banco costumava adiantar os recursos antes que quaisquer serviços fossem prestados.

Diz o relatório: “O adiantamento de recursos vinculados ao Visanet configurava, assim, uma das principais fontes de recursos do esquema montado por Marcos Valério para o financiamento político e consequente montagem de redes de influência, vez que o desvio desta verba era facilitada pela total inexistência de qualquer contrato formal para sua execução, bem como pela ausência de formalização de instrumento, ajuste ou equivalente para disciplinar as destinações dadas aos adiantamentos oferecidos às agências de publicidade”.

A pedido do ministro Joaquim Barbosa, a PF desvendou um dos mistérios mais estranhos do governo Lula: a relação do banqueiro Daniel Dantas com o PT. Antes de chegar ao poder, os líderes do partido sempre combateram a gestão de Dantas à frente do grupo que coordenava os investimentos dos principais fundos de pensão do país.

Quando Lula assumiu, Dantas estava envolvido numa briga aberta para manter o controle desses investimentos, sobretudo da Brasil Telecom, um gigante do mercado de telefonia. O PT passou, então, a emitir sinais conflitantes sobre que lado assumiria nessa disputa. Alguns integrantes do governo articulavam para derrubá-lo, enquanto outros hesitavam em tomar lado.

Em depoimento à PF, Dantas disse que, em meio a esse cenário ambíguo, foi convocado pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, para uma reunião no Palácio do Planalto.
O relatório final da PF foi entregue ao Supremo
Tribunal Federal no final de fevereiro

Segundo Dantas, o encontro deu-se no dia 4 de maio de 2003. Na reunião, Dirceu teria dado sinal de uma oportunidade de conciliação com Dantas e encarregado o então presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, de manter diálogo com o banqueiro. Onze dias depois, Carlos Rodemburg, sócio de Dantas, encontrou-se com Marcos Valério e Delúbio Soares no hotel Blue Tree, em Brasília, na suíte do tesoureiro do PT.

De acordo com o depoimento do sócio de Dantas, Delúbio disse que o partido estava com um “deficit” de US$ 50 milhões – e pediu dinheiro. Não foi dito abertamente, mas o subtexto era evidente: se Dantas pagasse, teria ajuda do governo para se manter à frente de seus negócios.

À PF, Dantas disse que se negou a pagar. Procurado por ÉPOCA, Dantas confirmou, por meio de sua assessoria, o que afirmara em seu depoimento – inclusive o pedido de “ajuda” de Delúbio. E deu suas razões para não ter aceitado a oferta: “O Opportunity (banco comandado por Dantas) era gestor do fundo de investimentos que abrigava recursos do Citigroup.

O banco americano foi consultado. A decisão do Citigroup foi informar que não tinha como ajudar”. Também afirmou que, depois de Rodemburg informar Delúbio da negativa, passou a ser perseguido pelo governo.

Dois anos depois, não se sabe por que, a Brasil Telecom, empresa ainda controlada por uma subordinada de Dantas, celebrou dois contratos com a agência DNA, de Marcos Valério, cada um deles no valor de R$ 25 milhões. Os depoimentos dos funcionários da Brasil Telecom à PF revelam que os contratos foram fechados em poucos dias, sem que ninguém da área de marketing soubesse dos motivos das pressa, nem sequer que serviços seriam prestados.

Semanas depois, sobreveio o escândalo do mensalão. Apenas R$ 3,6 milhões foram efetivamente repassados às contas de Marcos Valério. Ao rastrear o dinheiro, a PF verificou que os recursos chegaram a doleiros paulistas – e ainda não descobriu a identidade dos beneficiários finais. Para os investigadores, os destinatários foram indicados pela turma do PT e do publicitário Marcos Valério.

Na resposta que enviou por meio de sua assessoria, Dantas omitiu a existência desses contratos. Afirma o relatório: “Os contratos (...) foram celebrados apenas com o objetivo de conferir a fachada de legalidade necessária para a distribuição de recursos, na forma de doações clandestinas ou mesmo suborno, negociados ao longo de dois anos entre os representantes dos grupo Opportunity e do Partido dos Trabalhadores, sempre com a indelével intermediação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza”.

As provas reunidas pela PF constituem a última esperança do ministro Joaquim Barbosa e da Procuradoria-Geral para que o Supremo condene os réus do mensalão. Nos últimos anos, as opiniões dos ministros do STF sobre o processo modularam-se ao ambiente político – que, sob a liderança simbólica e moral do ex-presidente Lula, fizeram o caso entrar num período de hibernação.

Alguns ministros, que em 2007 votaram por acatar a denúncia do Ministério Público, agora comentam reservadamente que as condenações dependem de “mais provas”. Hoje, portanto, o Supremo se dividiu. Não se sabe o desfecho do processo.

Sabe-se apenas que, quanto mais tempo transcorrer, maior a chance de absolvição dos mensaleiros. Se isso acontecer, a previsão feita por Delúbio Soares, num passado não tão remoto, num país não tão distante, vai se materializar: o mensalão virará piada de salão.

Será o retorno da ficção: era uma vez um país sério.


Importantes colaboradores abandonam Kadhafi

O chanceler da Líbia, Moussa Koussa, homem de alta confiança do ditador é a mais proeminente figura a fugir do país. Outros importantes funcionários e diplomatas, como seu embaixador na ONU, Ali Abdussalm Treki, negam-se a continuar colaborando com o governo de Kadhafi. A rede de TV Aljazeera diz que já não aconteceu uma fuga em massa, pois há um forte esquema de segurança tentando impedir que outros importantes integrantes do governo líbio deixem o país
LÍBIA

Importantes colaboradores abandonam Kadhafi

O ex-ministro Moussa Koussa, 60, era um dos funcionários mais antigos do governo Khadafi


Muitas figuras do governo da Líbia renunciaram desde a revolta contra Kadhafi começou em 15 de fevereiro. O anuncio, nesta quinta-feira, da fuga para Londres do ministro das Relações Exteriores líbio, Moussa Koussa, soma-se a do ministro do interior, Abdel Fattah Younis e ministro da Justiça, Mustafa Mohamed al-Jalil, além de numerosos embaixadores em todo o mundo.

Nesta quinta também a Reuters informou que o ex-chanceler líbio atual embaixador na ONU, Ali Abdussalm Treki, deixou o cargo, e condenou o "derramamento de sangue" em seu país.

A rede de TV Al Jazeera informou que "um número elevado de pessoas" próximas a Kadhafi deixou a Líbia com destino à Tunísia, no rastro da decisão do ministro de Relações Exteriores, Moussa Koussa.

Entre os dissidentes foragidos estaria o presidente da empresa nacional de petróleo da Líbia, Shokri Ghanem, o porta-voz do Congresso Geral do Povo da líbia, Mohamed Abdul Qasim al-Zwai, o chefe de inteligência estrangeira, Abuzeid Dorda, e Abdelati al-Obaidi, um alto diplomata a cargo de assuntos europeus.

A Aljazera acrescentou ter ouvido de um alto diplomata líbio, que agora apoiar a oposição, que a maioria dos altos funcionários líbios estão tendo dificuldades de abandonar o país, impedidos por um forte esquema de segurança.

Documentos da CIA, FBI e PF mostram como age a rede do terror islâmico no Brasil

Terrorismo

A Polícia Federal tem provas de que a Al Qaeda e outras quatro organizações extremistas usam o país para divulgar propaganda, planejar atentados, financiar operações e aliciar militantes
O terrorista Osama bin Laden, líder da Al Qaeda (Divulgação/AFP)

Khaled Hussein Ali nasceu em 1970, no leste do Líbano.

Seguidor da corrente sunita do islamismo, prestou serviço militar.

Depois, sumiu.
No início dos anos 90, reapareceu em São Paulo.

Casou-se e teve uma filha. Graças a ela, obteve, em 1998, o direito de viver no Brasil.

Mora em Itaquera, na Zona Leste paulistana, e sustenta sua família com os lucros de uma lan house.
Ali leva uma vida dupla. É um dos chefes do braço propagandístico da Al Qaeda, a organização terrorista comandada pelo saudita Osama bin Laden.

De São Paulo, o libanês coordena extremistas em dezessete países.

Os textos ou vídeos dos discípulos de Bin Laden só são divulgados mediante sua aprovação.

Mais: cabe ao libanês dar suporte logístico às operações da Al Qaeda.

Ele faz parte de uma rede de terroristas que estende seus tentáculos no Brasil.


Tratado como “Príncipe” por seus comparsas, Ali foi seguido por quatro meses pela Polícia Federal, até ser preso, em março de 2009.

Além das provas de terrorismo na internet, a Polícia Federal encontrou no computador de Ali spams enviados aos Estados Unidos para incitar o ódio a judeus e negros.

Abordado por VEJA, Ali negou sua identidade.

Esse material, no entanto, permitiu que a Polícia Federal o indiciasse por racismo, incitação ao crime e formação de quadrilha.

Salvou-se da acusação de terrorismo porque o Código Penal Brasileiro não prevê esse delito.

O libanês permaneceu 21 dias preso.

Foi liberado porque o Ministério Público Federal não o denunciou à Justiça.

Casos como o de Ali alimentam as divergências do governo americano com o Brasil.

Há dois meses, VEJA teve acesso a relatórios da PF sobre a rede do terror no Brasil.

Além de Ali, vinte militantes da Al Qaeda, Hezbollah, Hamas e outros dois grupos usam ou usaram o Brasil como esconderijo, centro de logística, fonte de captação de dinheiro e planejamento de atentados.

A reportagem da revista também obteve os relatórios enviados ao Brasil pelo governo dos EUA.

Esses documentos permitiram que VEJA localizasse Ali e outros quatro extremistas.

Eles vivem no Brasil como se fossem cidadãos comuns
.

Embora seja autora das investigações, a PF assume um comportamento ambíguo ao comentar as descobertas de seu pessoal.

A instituição esquiva-se, afirmando que “não rotula pessoas ou grupos que, de alguma forma, possam agir com inspiração terrorista”.

Esse discurso dúbio e incoerente não apenas facilita o enraizamento das organizações extremistas no Brasil como cria grandes riscos para o futuro imediato.

Leia a reportagem completa na edição de VEJA desta semana, que já está nas bancas

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ATENÇÃO, SR. GILBERTO KASSAB!

SOLUÇÃO PARA O TRANSPORTE COLETIVO URBANO DE SÃO PAULO




ÔNIBUS HOLANDÊS

Enviado por Francisco Vianna
01.04.2011


Gabinete de Tiririca paga R$ 8 mil a humoristas que ficam em SP





O palhaço Tiririca, eleito deputado mais votado por São Paulo, ao tomar posse na Câmara

Foto: Wilson Dias

Terra - Agência Brasil

Deputado mais votado do Brasil com 1,3 milhão de votos, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca (PR-SP), paga a humoristas do programa A Praça é Nossa, do SBT, salários de até R$ 8 mil, somadas as gratificações, com dinheiro da Câmara.

Em 23 de fevereiro, foram nomeados como secretários parlamentares os humoristas José Américo Niccolini (que interpreta na TV uma sátira do apresentador da Bandeirantes Datena) e Ivan de Oliveira, que criaram os slogans da campanha eleitoral do deputado.

Eles recebem o maior salário do gabinete de Tiririca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Os humoristas nomeados por Tiririca moram em São Paulo e não cumprem expediente diário como servidores da Câmara.



Niccolini e Oliveira participaram da criação de dois dos slogans principais da campanha: "Vote no Tiririca, pior do que está não fica" e "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, não sei. Mas vote em mim que eu te conto".

Niccolini justificou ao jornal a sua contratação na Câmara: "A gente é bom para dar ideias".

A assessoria de imprensa de Tiririca informou que os humoristas foram nomeados porque o deputado os conhece e porque eles "vão colaborar e desenvolver trabalhos dentro da temática que o deputado atua".

Dois meses após tomar posse, o segundo deputado mais votado da história - perde para Enéas Carneiro, do Prona - não apresentou nenhum projeto de lei nem fez discurso na tribuna do plenário.

Tiririca também se confundiu durante a votação do salário mínimo e votou contra o governo e a orientação do partido, apoiando o valor de R$ 600.


01 de abril de 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Bolsonaro massacrado esconde uma violência de estado


Um dos problemas de Jair Bolsonaro é o despreparo intelectual



 As coisas certas que diz se misturam com as erradas, e boa parte da imprensa, evidentemente, por culpa dele, dará destaque às erradas. Não obstante, toca em questões que a covardia coletiva evita. Leiam o que vai na Folha Online.

Volto em seguida:

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) fez mais declarações polêmicas nesta quinta-feira. Em entrevista à rádio Estadão-ESPN, Bolsonaro afirmou que não admite “apologia ao homossexualismo”, ao criticar o que ele chama de “kit gay” - vídeos anti-homofobia que o Ministério da Educação estuda distribuir às escolas.

Para o deputado, a “briga” entre ele e a comunidade gay não tem nenhuma relação com homofobia. “Atenção pais: os seus filhos vão receber um kit que diz que é pra combater a homofobia, mas que, na verdade, estimula o homossexualismo. Para mim, isso é grave. Eu não admito você fazer apologia ao homossexualismo, idolatrar o homossexual”, disse Bolsonaro.

Questionado pela rádio sobre como seria se ele tivesse um filho gay, o deputado disse acreditar que homossexualismo é uma questão de educação. “Eu não corro esse risco, eduquei muito bem meus filhos. Nós somos produto do meio. Eu sou contra a adoção por casais homossexuais. Se qualquer um de nós for criado por um homossexual, com toda certeza vai ser um homossexual”, afirmou.

Na entrevista, Bolsonaro fala ainda sobre um suposto aumento do número de gays atualmente. Para ele, há mais gays hoje por conta de “consumo de drogas, promiscuidade, o meio em que ele [o jovem] acaba vivendo, achando que tudo democrático é bacana, tudo é culpa da ditadura”.

O deputado aproveitou o espaço também para “saudar” os militares pelo 31 de março, data do golpe militar de 1964
.




Voltei
Obviamente, ele não sabe o que diz. Qualquer pessoa que tenha estudado mínimamente o assunto — e ele poderia socorrer à ajuda de especialistas — sabe que essa história de que o meio faz o homossexual é um tolice gigantesca; ou não haveria homossexuais em lares heterossexuais.

Aí Bolsonaro até poderia dizer que faltaram algumas porradas… É indefensável porque é uma besteira, um preconceito chulo, uma mentira comprovada.

Ao botar em primeiro plano seu achismo, seus chutes, sua retórica desmesurada, acaba comprometendo o lado sensato do seu combate, que existe, sim: o material preparado pelo Ministério da Educação é inaceitável sob qualquer critério que se queira (ver abaixo).

A escola pode e deve debater, já deixei claro, preconceito e intolerância, mas NÃO PRECISA E NÃO DEVE FAZÊ-LO NUMA LINGUAGEM MILITANTE.

Não precisam porque é necessário que os alunos entendam conceitualmente uma questão. E não devem porque exorbitam de sua função e seqüestram uma prerrogativa que é da família. Escola pública é “estado”, e “estado” não deve ter lado em questões que digam respeito à moral privada. Só os estados fascistas entram nessa.

Bolsonaro deve ser combatido na sua ignorância. Mas nenhum estado foi autoritário o bastante até hoje a ponto de proibir que alguém seja ignorante, entenderam?


Estou sendo claríssimo nesse debate. É preciso estar munido de muita má fé para apontar uma suposta ambigüidade minha. Ambigüidade é o escambau! O deputado está falando besteira no que concerne às razões que levam alguém a ser gay. Visivelmente, prefere seu preconceito à informação. Quanto ao material preparado pelo MEC, dizer o quê? Aquilo é proselitismo mesmo! Não acho que alguém se tornará homossexual por causa dele. O ponto é outro: o estado está indo além do que lhe é permitido.

O Bolsonaro massacrado esconde uma violência de estado. O MEC está tentando assumir o lugar que cabe às famílias, o que é próprio das ditaduras, não das democra
cias.


31/03/2011

O ARMAGEDON JÁ COMEÇOU...


O ARMAGEDON JÁ COMEÇOU...


Por Francisco Vianna

SINAIS DE QUE O ARMAGEDON (OU O APOCALIPSE) JÁ COMEÇOU EM PINDORAMA

Lázaro Ramos... galã.

Sandy... devassa.

Faustão... magro.

Silvio Santos... pobre.

Dilma... fazendo omelete na Ana Maria Braga.

Tiririca... na Comissão de Educação.

Maluf e Collor na Comissão da Reforma Política...

Genoíno na Assessoria de ética do Governo...

Lula dando palestras em Universidades...

É DEFINITIVAMENTE O FIM DO MUNDO...



Que coisa!!!


Não era pra acabar só em 2012???!!!!


30.03.2011

A HERANÇA DA SORDIDEZ DOS DESGOVERNOS CIVIS DA FRAUDE DA ABERTURA DEMOCRÁTICA E DO RETIRANTE PINÓQUIO


 Qual a diferença entre SOLUÇÃO e DISSOLUÇÃO?
 
Resposta de um aluno: - Colocar UM dos POLÍTICOS BRASILEIROS
num TANQUE DE ÁCIDO para que DISSOLVA é uma DISSOLUÇÃO. Colocar TODOS é uma SOLUÇÃO!

E completou: “Se Liofilizar, teremos o mais puro Extrato de Pó de Merda do mundo”.


Por Geraldo Almendra

A cada dia que passa a extorsão moral e financeira praticada pelo desgoverno fascista da presidente Dilma toma suas formas próprias.

Os frutos das sementes que transformaram o Brasil no Paraíso dos Patifes se apresentam cada vez mais como resultado do seu plantio dentro do Poder Público mais corrupto e prevaricador de nossa história a partir da entrega do controle do país aos civis.

As instituições que deveriam cuidar da segurança pública, da saúde, do saneamento, da educação e da administração econômica e fiscal, já fazem parte de um jogo de poder sujo, corporativista, e criminoso, que está transformando uma sociedade controlada por um regime fascista civil ditatorial em refém dos desmandos de uma estrutura de poder público que traz a todo o momento os sinais de que o DNA da corrupção e da prevaricação se alastrou de forma quase incontrolável nas relações público-privadas.



O aparelhamento do Estado por um partido
único,
a transformação do poder público em cabide de empregos para os militantes do submundo comuno-sindical, e a efetivação de uma dívida pública impagável e criminosa criada pelos desgovernos anteriores do mais sórdido político que nossa biografia de país medíocre há de registrar, deixam o desgoverno fascista da presidente Dilma sem saída para garantir a continuidade da transformação do poder público em um covil de bandidos:

(i) estatização ou reestatização de atividades estratégicas para a criação de milhares de empregos que irão satisfazer a gana por altos salários, benefícios, mordomias e muito vagabundagem para os militantes ávidos na cobrança do preço dos votos comprados com o suborno da sociedade;

(ii) extorsão fiscal para bancar uma máquina pública corporativista, corrupta, irresponsável e inconsequente,
(iii) e a consolidação dos papéis dos poderes Legislativo e Judiciário como lacaios do poder Executivo.

Os canalhas esclarecidos quando, de forma leviana, mentirosa e hipócrita, criticam as Forças Armadas – Regime Militar –, deviam lavar suas bocas corruptas com água sanitária, diante da transformação de uma herança daquele período, que prometia ser uma das maiores potências econômicas e sociais do mundo civilizado, em uma bosta de Paraíso dos Patifes, por obra e arte dos desgovernos civis que transformaram um sonho pronto para ser edificado, em uma absurda fraude:


A FRAUDE DA ABERTURA DEMOCRÁTICA.


Os comandantes militares, que se subordinam a um Ministro da Defesa que está preparando um ex-terrorista para sucedê-lo, devem ter total consciência de suas responsabilidades em pactuar com este poder público degenerado: suas covardias, seus silêncios, ou suas omissões, com o projeto de poder perpétuo sedimentado pelo mais sórdido político de nossa história – uma inominável fraude de ser humano –, mais cedo ou mais tarde, cobrarão o seu preço.

As casernas, cada vez mais envergonhadas pelas humilhações, perseguições e abandonos a elas impostos, já têm a devida consciência de que algumas fardas devem ser rasgadas no momento em que a sociedade se cansar de ser feita de palhaça e imbecil, todos os dias, pela canalha dos ratos do navio da democracia posto a pique pelos desgovernos civis; ratos fedorentos que emergiram do submundo comuno-sindical e vieram à tona para transformar o país no Paraíso dos Patifes e, como muito bem colocado pelo aluno, um produtor potencial do mais puro extrato de pó de merda do mundo.

29/03/2011

UMA HOMENAGEM ÀS NOSSAS HERÓICAS FORÇAS ARMADAS POR TEREM IMPEDIDO, EM 1964, UMA DITADURA COMUNISTA NO BRASIL!


A FAMÍLIA BRASILEIRA É ETERNAMENTE GRATA À LEALDADE E AO PATRIOTISMO DOS NOSSOS MILITARES DE 1935, DE 1964, E SE DEUS QUISER, DE SEMPRE!


HOMENAGEM DOS CLUBES MILITARES UNIDOS

VIVA A PÁTRIA!


HOMENAGEM AO PROVIDENCIAL CONTRAGOLPE MILITAR DE 1964

31 DE MARÇO DE 1964

31 DE MARÇO DE 2011

Há quarenta e sete anos, nesta data, respondendo aos reclamos da opinião pública nacional e da família brasileira, as Forças Armadas se insurgiram contra um golpe de estado que estava sendo patrocinado e levado adiante pelo governo de João Belchior Marques Goulart, no qual se identificava o inequívoco propósito de estabelecer no nosso país um regime ditatorial comunista, pronto para impor ao povo uma ideologia antagônica ao modo de ser do brasileiro.

    À baderna – espraiada por todo o território nacional – associavam-se autoridades governamentais, entre as quais alguns comandantes militares que procuravam levar seus subordinados à indisciplina e ao desrespeito aos mínimos padrões da hierarquia castrense.

    A história, registrada na imprensa escrita e falada da época, é implacável em relatar fielmente os fatos, todos inadmissíveis num país democraticamente organizado, regido por leis e entregue a poderes escolhidos livremente pelo seu povo.
    Por maiores que sejam alguns esforços para se “criar” uma história diferente da real, os acontecimentos registrados na memória dos cidadãos de bem e transmitidos aos seus sucessores são indeléveis, até porque são mera repetição de acontecimentos similares registrado pela história de outros países.

   Relembrá-los, sem ódio ou rancor, é, no mínimo, uma obrigação em honra daqueles que, sem visar qualquer benefício em favor próprio, expuseram suas carreiras militares e até mesmo suas próprias vidas em defesa da democracia que hoje desfrutamos e dos nossos valores culturais e civilizacionais.

  Os Clubes Militares, parte integrante da reação demandada pelo povo brasileiro em 1964, homenageiam, nesta data os integrantes das Forças Armadas da época que, com sua pronta ação, impediram a tomada do poder e sua entrega a um regime ditatorial indesejado pela Nação Brasileira.

Rio de Janeiro, em 31 Março de 2011


CLUBE NAVAL
E ENDOSSADOS PELOS:

CLUBE MILITAR e CLUBE DA AERONÁUTICA

ESTAMOS VIVOS - GRUPO  GUARARAPES


 VIVA A NOSSA PÁTRIA!
Saudações,

Francisco VIANNA

31.03.2011


Visita Surpresa


O Blog Implicante está no ar há duas semanas, e nesse período o governo Dilma não poupou esforços para produzir disparates.

terça-feira, 29 de março de 2011

Lula, doutor honoris causa da Universidade de Coimbra?

Lula, doutor honoris causa da Universidade de Coimbra?

Por Rivadavia Rosa


Não é novidade. É a marcha da insensatez e os ‘prêmios’ são significativos e estão confirmando a nova/nueva história da infâmia do século XXI.

El Teniente-coronel-golpista-presidente Hugo Rafael Chávez Frías - HRChF- Jefe único, Hegemón, Habilitado, el gran emperador criollo, auto denominado discípulo de SIMÓN BOLÍVAR, devoto do guia da barbárie Fidel Castro, El Gorilón del Caribe, como Comandante en Jefe de la revolución bolivariana e del Foro de San Pablo, lidera os ‘satélites’ bolivarianos Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, afilhado de Don Lula da Silva, também foi contemplado com um prêmio na área de comunicação.

El emperador criollo - depois de ter sido denunciado por violações aos direitos humanos na OEA e pela Human Rights Watch por ter aniquilado com a independência do Poder Judiciário da Venezauela, debilitando-o sistematicamente e utilizando-o contra os que criticam sua administração (caótica e corrupta) está recebendo da Facultad de Periodismo y Comunicación Social de la Universidad Nacional de La Plata (UNLP), da Argentina – o prêmio Rodolfo Walsh por ‘su aporte a la comunicación popular’ e, por "consolidar la unidad latinoamericana, defender los derechos humanos y ser consecuente con la verdad y los valores democráticos"; ...

Na realidade, a grande contribuição de Chávez Frías foi fechar a Radio Caracas Televisión (RCTV) e várias emissoras de rádio, promover o assédio permanente do Canal de Televisão Globovisión, ter aprovado na Asemblea Nacional um projeto de ‘ley especial’ sobre delitos midiáticos, claro tudo sob o eufemismo de ‘democratização dos meios de comunicação’, além de outras aberrações sociopolíticas criminosas como a prisão da juíza MARÍA LOURDES AFIUNI, há 14 meses pelo fato de ter concedido liberdade condicional, de acordo com a lei, a um empresário que estava há três anos preso, sem julgamento..., e, ainda ter promovido uma carreira armamentista (em prol da paz, é claro) ‘nunca vista antes’ em nosso rincão latino americano.

Esse prêmio também foi concedido ao presidente-cocalero Evo Morales Ayma, em 2009.

A ex-senadora Colômbia Piedad Córdoba está proclamando os esforços das FARC pela ‘paz’, inclusive nos EUA e para ilustrar a história da infâmia dos povos latinos – brevemente será concedido um prêmio pela ‘paz dos povos latino americanos’ às FARC-EP – organização (a) narco-guerrilheira-seqüestradora da Colômbia pelos reincidência no cometimento de crimes de narcotráfico, seqüestros, assassinatos, atentados terroristas contra alvos civis na Colômbia ...
29.03.2011

Oops... foi mal...!


Secretaria de Cultura de SP comete gafe no Twitter:

‘PQ foi o José Alencar e não o #Sarney?’
http://bit.ly/fGN6zm

TÍTULO DE DOUTOR HONORIS CAUSA A LULA DA SILVA EM COIMBRA

Excelentíssimo Professor Reitor da Universidade de Coimbra,







Peço vênia para enviar-lhe a presente mensagem motivado pelo espanto e por certa indignação.

Tal indignação é da mesma natureza que senti quando, aqui no Brasil, certa vez, este senhor Lula da Silva, usando das prerrogativas de chefe-de-estado brasileiro, fez reunir no salão nobre da Academia Brasileira de Letras todos os 'imortais' do seu quadro de membros para assistir uma peroração do então Presidente da República sobre - pasme! - 'Reforma Ortográfica do Idioma Português', recentemente acordada entre os povos que falam a nossa língua.

Fosse eu um deles e, certamente, teria devolvido o meu 'fardão' à instituição...
Agora, a versão da 'homenagem' é atribuir ao ex-presidente o título de Doutor Honoris Causa (Que honra? Que causa?), para desespero dos que já foram homenageados por tal honraria.

Da última vez que estive em Coimbra - onde se costuma respirar o mais puro ar da erudição e da justiça - alguns amigos portugueses, de forma bem humorada, reclamaram que os brasileiros fazem piadas demais com os portugueses.

Mas, pelo visto, os portugueses insistem e dar motivos para tais piadas...

Saudações,



Francisco VIANNA

29.03.2011

José Alencar está morto



Acaba de ser anunciada a morte do ex-vice-presidente da República José Alencar, 79 anos. O corpo está no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde Alencar se internara na última sexta-feira.

Alencar lutava contra um câncer desde 1997. Localizado no rim, o câncer se espalhou atingindo a a próstata e o abdôme. Ele passou por mais de 15 cirurgias - a mais longa de 17 horas.

Foi no final do ano passado que o estado de saúde dele se agravou. Mesmo assim Alencar fez questão de comparecer à cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff.

Em Portugal na companhia de Lula, que foi ser homenageado pela Universidade de Coimbra, é provável que Dilma antecipe sua volta ao Brasil, originalmente marcada para amanhã.

Frase do dia


Lula, doutor honoris causa da Universidade de Coimbra?

Só poder ser piada de português!


Verdão

29/03/2011

Elevação de IOF é roubo


Por decreto hoje publicado, o Governo Federal elevou a alíquota de IOF sobre compras no exterior por meio de cartão de crédito de 2, 38% para 6,38%.

Puro e simples roubo contra os brasileiros.

A medida é uma ação desesperada do governo federal tentando melhorar a balança comercial.

Esta está desequilibrada porque o governo valorizou o real por meio da ensandecida política monetária, que paga as maiores taxas de juros do mundo. Esse erro não tem como ser compensado.

Os EUA emitem moeda falsa e mandam para cá para obter rentabilidade superior a 11% a.a. O mesmo faz a zona do Euro. A política monetária errada está destruindo o Brasil, assim como a política fiscal, que parte do suposto de que elevação de gasto público é alavanca para o desenvolvimento.

Quem elegeu Dilma Rousseff não pode fazer cara feia. Tudo que o PT gosta de fazer é roubar o contribuinte.

nivaldocordeiro

28/03/2011


A corte constitucional



A corte constitucional


 REVISTA VEJA


Carta ao leitor


Os brasileiros comemoraram, com toda a razão, quando o então presidente Lula sancionou sem vetos, em junho do ano passado, a lei que impede de se candidatarem a cargos eletivos os condenados, ainda que em primeira instância, por crimes graves como corrupção, abuso de poder econômico, homicídio ou tráfico de drogas. Pela primeira vez, a Justiça Eleitoral foi dotada dos meios jurídicos para dar um basta na carreira política de notórios e reincidentes contraventores, beneficiados até então pelo preceito de que só se pode considerar alguém criminoso quando esgotados todos os recursos legais em sua defesa.


Maior regozijo houve quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu, dias depois da sanção presidencial, que a lei poderia começar a ser aplicada imediatamente, tomando inelegíveis já no pleito de 2010 os candidatos com condenações na Justiça, mesmo quando pendentes de recursos.

Nesse contexto, exige uma frieza quase heróica compreender a decisão tomada na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte da nação, que reverteu o entendimento do TSE e devolveu o mandato a um sem-número de candidatos eleitos em 2010 e que foram impedidos de assumir sua cadeira por serem condenados da Justiça.


O voto de desempate foi dado pelo novato ministro Luiz Fux. 6 a 5 para os fichas-sujas. Venceram os maus? Em um primeiro exame, sim. Mas, como mostra uma reportagem desta edição de VEJA, a decisão deve ser vista como um passo significativo rumo à clareza do processo jurídico, em especial quanto ao papel crucial do STF, a quem cabe não declarar culpados, mas garantir que as leis menores não firam a Constituição.

Foi esse o princípio que moveu Fux, um ardente defensor da legislação eleitoral moralizante cuja aplicação ele só decidiu adiar para não ferir o artigo 16 da Constituição, segundo o qual mudanças nas regras do jogo valem apenas na eleição do ano seguinte ao da promulgação da lei.

Disse Fux: "O melhor dos.direitos não pode ser aplicado contra a Constituição. O intuito da moralidade é de todo louvável, mas estamos diante de uma questão técnica e jurídica". Sempre que prevalece a Constituição, cedo ou tarde, ganham os eleitores e as instituições.

segunda-feira, 28 de março de 2011

SERÁ QUE NOSSA POLÍTICA EXTERNA MUDOU?


SERÁ QUE NOSSA POLÍTICA EXTERNA MUDOU?

Por Maria Lucia Victor Barbosa

Em 24 de março, a representação do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU votou a favor da proposta dos Estados Unidos e Europa que determina o envio de um relator independente ao Irã para investigar a situação dos direitos humanos naquele país, coisa que Ahmadinejad já avisou que não aceita.


Surpreendida, a diplomacia iraniana sentiu-se traída e afirmou que o Brasil voltava a se comportar como “país pequeno”, “curvando-se aos Estados Unidos”. Outros países islâmicos também atacaram a posição brasileira.

Na verdade, o Irã esperava a continuidade da politica do governo anterior que poupou o regime iraniano de censura em fóruns internacionais, além de apoiar direta ou indiretamente através de abstenções, os piores ditadores mundiais que jamais souberam o significado de direitos humanos. Foram oito anos de uma política externa vergonhosa e repugnante, na qual não faltaram erros crassos e patacoadas como no caso de Honduras cujo governo o Brasil não reconhece até hoje.

Em 2008 começaram a se estreitar ainda mais os laços do Brasil com o Irã e o então chanceler, Celso Amorim, foi à Teerã acompanhado de 30 empresários. “Negócios são negócios” disse o pragmático Amorim e desrespeito total aos direitos humanos existe em toda parte, como afirmou o chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, quando acompanhou o ex-presidente Lula à Cuba. Na ocasião Lula comparou os dissidentes cubanos que faziam greve de fome a criminosos comuns enquanto o corpo martirizado de um deles, Orlando Zapata Tamayo, esfriava no caixão.

Em 2009 Mahmoud Ahmadinejad foi convidado a vir ao Brasil. Não veio e houve forte oposição a sua vinda por grupos por ele discriminados como judeus, perseguidos como mulheres e homossexuais. As esquerdas não se manifestaram em que pese terem ressuscitado o ultrapassado “fora ianque” na forma de “fora Obama”, quando da recente visita do presidente norte-americano ao Brasil. Naquele mesmo ano Ahmadinejad se elegeu com fortes indícios de fraude. O ex-presidente Lula qualificou os protestos que se seguiram e o massacre feitos por Ahmadinejad aos opositores como “choro de perdedores” e “briga de vascaínos e flamenguistas”. Mais um vexame internacional.

2010. Além da missão econômica que em abril partiu rumo ao Irã, em maio Lula seguiu para lá como o primeiro presidente a visitar aquelas terras. Ele fez mais: uniu-se à Turquia para mediar um acordo internacional para que Teerã aceitasse discutir seu programa nuclear, coisa que já tinha sido tentada em vão pelos Estados Unidos. A proposta, como era de se esperar, foi rejeitada pela ONU, o que deixou o Brasil e a Turquia falando sozinhos. No caso de iraniana Sakineh, condenada à morte por apedrejamento, primeiro Lula disse que não se intrometia nas leis de outros países. Depois mudou de ideia e resolveu colaborar com o companheiro Ahmadinejad: “se a mulher está incomodando, mande-a para cá”. Entretanto, na ONU o Brasil se recusou a apoiar a resolução que condenava o apedrejamento, alegando que se trata de “questão cultural”.

Desse modo, é compreensível a fúria do governo iraniano diante do voto brasileiro a favor da ida do relator. Por outro lado, bastou tal voto para que grandes saudações, vivas e cumprimentos nacionais e internacionais fossem dados euforicamente a presidente ou presidenta, governante ou governanta, Dilma Rousseff. Está sendo dito que ela mudou o rumo da política externa brasileira, que se distanciou do seu padrinho político, que o Brasil agora tem princípios. Mas será que mudou mesmo alguma ou apenas mudou a estratégia para obter o obsessivamente desejado Assento no Conselho de Segurança da ONU?

Note-se que o Brasil, que votou a favor da fiscalização no Irã, absteve-se de votar quando a Rússia, apoiada pela China e países árabes, propôs subordinar a questão dos direitos humanos aos “valores e tradições locais”.

Observe-se também, que no caso do Irã o Itamaraty demonstra que continuará a apoiar seu programa nuclear que, certamente, ao culminar na bomba, tratará de exterminar pacificamente Israel em primeiro lugar.

Também Cuba poderá contar com o tradicional apoio brasileiro, enquanto dissidentes “criminosos morrem em greve de fome em nome da liberdade.

Nossa diplomacia convive tão bem com o terrorismo que não esboçou nenhuma reação quando cinco pessoas da família Fogel, o pai a mãe, o bebê de três meses e mais dois meninos foram brutalmente assassinados a facadas enquanto dormiam no assentamento de Itamar, na Samaria. Talvez, isso faça parte dos “valores e tradições” do terrorismo e devem ser respeitados. Nessa toada, se algum país resolvesse institucionalizar o canibalismo o Brasil apoiaria, pois é questão cultural.

Vamos ver se dessa vez o Brasil conquista seu grandioso sonho: o Assento no Conselho de Segurança da ONU, mas que falta muito para nossa politica externa mudar, isso lá falta.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.


27/03/2011