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domingo, 27 de março de 2011

Gastos dos brasileiros


Mais compras, porém, com menos dinheiro vivo

O Globo

BRASÍLIA - O volume de despesas corriqueiras do brasileiro, como o pagamento de contas e serviços e a compra de produtos, cresceu 40% nos últimos três anos e já ultrapassou R$ 800 mensais.

Isso significa que as pessoas estão com maior acesso ao consumo, reflexo da melhora do emprego e da renda. E, para realizar tantas compras, a população está usando mais do que nunca os cartões eletrônicos (débito e crédito) - apesar de ainda haver a predominância do pagamento em dinheiro vivo, revela a reportagem de Patrícia Duarte, publicada pelo Globo neste domingo.

- Essa novidade é boa. Ganhando mais, as pessoas têm acesso a compras de maior valor - disse o chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central (BC), João Sidney de Figueiredo Filho.

O novo perfil de consumo da população foi revelado pela pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", encomendada pelo BC no ano passado e obtida com exclusividade pelo GLOBO. Trata-se da terceira edição do levantamento (a primeira foi em 2005, e a segunda, em 2007), que tem o objetivo de acompanhar como as pessoas lidam com cédulas, moedas, cheques e pagamentos eletrônicos no país.

No ano passado, o gasto mensal médio do brasileiro foi de R$ 807,93, ou 40% a mais do que os R$ 577 registrados em 2007. Mesmo corrigidos pela inflação do período, o salto ainda é significativo: 20%.

O BC também verificou que, em 2010, 59% dos pagamentos foram feitos em dinheiro - ainda maioria, mas bem menos do que os 77% observados três anos antes. Já as respostas que indicaram pagamentos com cartão de crédito passaram de 11% para 20% e, com o de débito, de 8% para 16%. O cheque continuou representando uma pequena parcela, recuando de 3% para 2%.

As despesas mais quitadas com dinheiro foram as relacionadas a padarias (95%), educação, aluguel e condomínio (90%), e mercadinho (87%). Já as contas de supermercados apresentaram a menor frequência de uso de cédulas (63%), seguidas por eletrodomésticos (61%) e roupas e calçados (60%).

A pesquisa do BC também mostrou que aumentou bastante a fatia da população que tem conta corrente: de 39%, em 2007, para 51%, em 2010

. O mesmo ocorreu com as contas de poupança: houve um crescimento de 37% para 42%. Já o número de usuários de cartões de crédito pulou de 35% para 43%, e, de débito, de 31% para 43%. Para Figueiredo Filho, do BC, trata-se de um sinal evidente de maior "bancarização" dos brasileiros.

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