A VISITA
“Os Estados Unidos sempre dedicaram
à América Latina um simples descaso benigno.”
Raymond Aron
à América Latina um simples descaso benigno.”
Raymond Aron
Por Waldo Luís Viana*
Dona Hillary Clinton, corna como eu, visitou o Brasil. Desta vez com chifres fortes, capazes de ferir e dar recados. Um deles, muito doloroso, severíssimo para a nossa diplomacia, é que o Sr. Ahmadinejad passou da conta e provocou febre branda nos Estados Unidos, cuja dipirona administrada pode ser insuportável.
Os aliados dos Estados Unidos, o Grande Satã, como diz Bin Laden, estão de cabelo em pé, e há um projeto Sansão, de cabelos à solta, prestes a ser detonado por um aliado para diluir a coisa toda, o que já não era sem tempo.
Os Aiatolás, na santa fúria de Alá, que Alá é grande, maior até que o Jardim da Alá, estão fazendo a bomba atômica em surdina, aos sortilégios do Corão, cujo Maomé morreu em 632 a.D. e quer ressuscitar com uma feérica hecatombe à sombra de nossos bigodes. Quem for infiel terá a cabeça cortada, inclusive os que pulam Carnaval...
Quem há de impedi-los, a não ser, por ironia e paradoxo da História, um Hussein Obama, nascido no Havaí, com uma loura cinematográfica a pedir ajuda ao saco de cachaça, que é o nosso presidente?
Ocorre que nosso diplomacia lambe-cu do terceiro mundo muito pouco pode fazer, mesmo frequentando provisoriamente o Conselho de Segurança da ONU. Aliás, quando a ONU começou a ameaçar o governo Reagan, o velho e modesto ator, comendo umas jujubas, disse àqueles soberbos diplomatas: “não me encham o saco, que lhes corto a mesada”...
Diplomatas adoram soldos, festas e punhos de rendas. Não são patriotas, porque cultivam outras línguas e outros valores. Alguns até se referem, com vergonha, sobre o Brasil com “z”.
Como já não correm cobras no Rio de Janeiro e a capital não é Buenos Aires, eles fingem que fazem uma “diplomacia global”.
Tudo mentira...
Assim, peça ao “saco de cachaça” para interferir, porque senão o mundo haverá de ficar feio, mais do que está, além dos terremotos de ocasião, que o Chávez, aquele porteiro de boate da Venezuela credita a armas ultrassônicas, que possuímos e que reproduzem tsunamis no mar...
Brasília é monitorada 24 horas por dia por nós e sabemos quem é e quem não é corrupto. Por isso, hermanos, vamos nos unir, porque a hora é essa...
O resto é conversa fiada. Hillary foi embora, com o nosso aceno e lenços brancos...
*Waldo Luís Viana é escritor, economista e poeta, fingindo que não vê...
Teresópolis, 4 de março de 2010.
0 comentários:
Postar um comentário