DIALOGAR

Por Rivadávia Rosa

A palavra diálogo – do grego – dia e logos. LOGOS – pode ser entendido – neste contexto – como o significado da palavra e DIA – através de. A ETIMOLOGIA – sugere – então que o diálogo busca a verdade pelo intercâmbio de palavras.

NUMA PERSPECTIVA PARALELA – a filosofia clássica explicou – há séculos – que existem verdades (as aporéticas ou opinativas, as verdades práticas) que somente podem ser buscadas por essa via.

NO ‘DIALOGAR’ – ou seja, dizer ou escrever em forma de diálogo – pode se observar um princípio (principium – ponto de partida) prático básico útil em qualquer discussão/busca de conhecimento – para termos um ‘mundo melhor’ (ou ‘um outro mundo possível’ que pode ser até o inferno) – de que o conhecimento (e a verdade) - é um bem que deve ser buscado e a ignorância evitada (com todo o empenho) – melhor expresso nas singelas frases:

- ‘o conhecimento é algo que é bom ter’;

- é bom ser bem informado e lúcido’;

- ‘a confusão e a ignorância devem ser evitadas’.

ISSO TUDO independe de compromissos, projetos e ações pessoais (objetivos, metas ...) e até de ideologias.

CONTUDO – devemos ficar atentos – sobretudo com algumas ‘opiniões’ que podem emergir de evocações psíquico-sexuais, reflexo de uma constituição orgânica hiper/deficiente ou eventuais causas (ir) racionais, atavismos ideológicos ou até sob o efeito de substâncias etílicas ou narcodependentes.

No mais e a título de sugestão diria que ... enquanto ser subjetivo, espiritual, não poderias analisar as idéias do verdadeiro e do bom que caracterizam o ser humano, assim como sua universalidade, seu imenso espaço de liberdade que vai muito além da simples liberdade negativa de injunções – e indagar das razões de suas suposições teóricas e práticas e assim poder se libertar das causas cegas de suas teorias e ações?

Pense nisso.