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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Na posse de Múcio, Dilma exibe os sinais do cansaço

Montagem sobre fotos dee Lula Marques


Às voltas com uma agenda em que os compromissos de ministra se fundem à azáfama da campanha, Dilma Rousseff tornou-se candidata a uma estafa.

Nesta terça (20), a mandachuva da Casa Civil mal conseguia domar as pálpebras durante a cerimônia de posse de José Múcio no TCU.

O garçom do tribunal tentou ajudar. Serviu à ministra um copo d’água. Dilma bebeu. Mas os cílios, cambaleantes, permaneceram sedentos. De sono.

A ministra vinha de uma viagem político-administrativa que realizara ao interior de São Paulo, na véspera.

À noite, na capital paulista, participara de uma cerimônia promovida pela revista CartaCapital. Um compromisso que retardara o seu encontro com os lençóis.  

Na semana anterior, Dilma integrara a Caravana do São Francisco. Três dias no sertão nordestino, entremeados por dois pernoites em canteiros de obras.

Daí a peça que o semblante lhe pregou na posse de Múcio. Os sinais de cansaço prevaleceram sobre a fama de durona da ministra-candidata.

Súbito, ingressou no plenário do TCU um atrasado José Serra. A presença do rival tucano acordou Dilma a tempo de ouvir pedaços dos discursos que soavam ao redor.

Pronunciamentos que ecoaram como respostas incômodas às críticas que Lula e a própria Dilma tem dirigido ao tribunal de contas.

"Na democracia, não há poder sem controle", vergastou, por exemplo, Lucas Furtado, representante do Ministério Público no TCU.

Acomodado na mesa principal da cerimônia, Lula teve de ouvir calado. O cerimonial não previa um pronunciamento do presidente da República.

José Múcio, alçado ao TCU por indicação de Lula, discursou munido de panos quentes.

Dono de temperamento acomodatício, o ex-coordenador político do Planalto disse que, mais do que “condenar”, o TCU deve “orientar” e “prevenir”.

Múcio tentou jogar água na fervura: "Acredito no diálogo e na troca de ideias como ponto de partida e como ponto de chegada...”

“...Não creio no exercício fútil da divergência improdutiva e do debate inócuo [...]. Este é o lado do espetáculo que serve apenas para distrair os espectadores".

Resta saber de que lado do palco vai se postar o "fiscal" José Múcio. Responsável pela bilheteria, a platéia não está, de fato, atrás de distração.

Os espectadores financiarão o salário de Múcio na expectativa de que ele ajude a conter os salteadores da Viúva, veneranda e desprotegida senhora.

1 comentários:

Unknown disse...

O "Tapioca" já está de prontidão para os JJOO 2016!

Um abração!

Worf Neto