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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

UMA NOVA VISÃO SOBRE OS PROBLEMAS DA RAPOSA DO SOL


O episódio narrado abaixo não passa de uma obra de ficção que já circula na internet faz tempo e cujo autor muda de nome com frequência. Um simples fato comprova o que estou afirmando: os americanos nunca invadiram país nenhum às escondidas e na calada da noite.

Quando eles resolvem intervir em qualquer país do mundo, o primeiro a saber é o próprio país a ser invadido. E isto é assim por uma razão muito simples:

os Estados Unidos foi formado e é habitado por um povo de bom caráter que não anda querendo tomar o que é de outros. Eles não são ladrões, como muitos ladrões brasileiros afirmam.
Outra coisa que eu gostaria de chamar a atenção para esse imbóglio da Raposa Serra do Sol, em Roraima, é a impressionante quantidade de informações mentirosas a respeito daquela reserva e daquele estado.

A primeira delas é que aquele estado não tem 10% das riquezas minerais que alguns alardeiam possuir. Se isto fosse verdade, a Raposa Serra do Sol ao invés de ter 18 mil índios teria 100 mil garimpeiros e os índios já teriam sido expulsos de lá, como aconteceu e acontece em todas as províncias minerais importantes do país sem que o governo faça coisa alguma para impedir.


Neste exato momento milhares de garimpos clandestinos estão funcionando a pleno vapor na região amazônica, promovendo a extração de pedras preciosas e minerais valiosos que são vendidos 100% na clandestinidade e contrabandeados para fora do país, sem que o governo faça absolutamente nada e sem que apareça um idiota para escrever uma historia de ficção dizendo que os americanos (sempre os americanos!) estão invadindo a região na calada da noite.

Muitos desses garimpos clandestinos funcionam dentro de reservas indígenas. É por isto que muitos índios hoje se deslocam em pick-ups importadas de luxo, usam lap-tops, GPS, internet, parabólicas e quando precisam ir mais longe fretam aviões.
Vou mais além: Há muitas mentiras sobre Roraima e a Raposa Serra do Sol .

Nenhum cientista ou pesquisador da amazônia, nenhum órgão governamental, nenhuma instituição pública ou privada merecedora de credibilidade e respeito jamais afirmou que a Amazônia está na iminência de ser invadida pelos americanos ou outro país qualquer. Agora inventaram que é a ONU que está por trás da cobiça internacional sobre a Amazônia.

Tudo mentira e por uma razão muito simples:


Quam quiser tomar tudo o que o Brasil possua de valioso não precisa usar a força. Basta enviar um emissário com uma mala cheia de dólares para subornar autoridades e leva o que quiser. E quem não quiser gastar muito dinheiro com suborno, basta entrar no esquema de contrabando subornando a arraia miúda (fiscais do Ibama no caso da madeira).

Neste caso, pode até montar escritório em Belém do Pará e colocar lá um gerente com uma equipe de pistoleiros para afastar do caminho qualquer curioso, e leva o que quiser para fora: pedras preciosas, madeira nobre, produtos da biodiversidade e até as índias bonitas para exibir lá fora como amantes exóticas.

As principais joalherias do mundo têm seus compradores de pedras preciosas morando praticamente em Belém. São indianos e israelenses, principalmente, e todo mundo sabe disso.
Os maiores contrabandistas das riquezas brasileiras são grandes amigos das autoridades brasileiras e são recebidos em palácio em Brasília sempre que vão visitar o país. O principe Charles da Inglaterra é um deles na área de biodiversidade. E quem reclama?

E quem sabe disso?


Inventaram que Roraima e a Raposa Serra do Sol estão infestados de ONGs estrangeiras representantes de grandes capitais, países e organizações internacionais que estão de olho na Amazônia prontos para invadi-la a quelquer momento.


Existem lá uma meia dúzia de ONGs, sendo que a principal delas é ligada à igreja católica e à Pastoral da Terra cujas intenções realmente não são boas. Tudo o que parte de religiosos para mim é suspeito.

Posso acreditar que as demais também estão lá interessadas em alguma coisa, uma vez que desconfio das boas intenções de qualquer tipo de ONG. Nunca vi ninguém trabalhar de graça só para ajudar o próximo.

Mas entre isto e afirmar que a região está infestada de ONGs e de estrangeiros preparando o terreno para uma invasão, isto é conversa de idiotas que não conhecem nada do problema.


O problema, este sim, existe e é bem outro. Mas poucos se detêm nele de forma racional e lúcida, preferindo fazer estardalhaço utilizando-se da ignorância coletiva e inventando uma mentira atrás da outra.

Não é por ai.

O problema se resume ao seguinte:


1. A Raposa Serra do Sol é uma pedaço do estado de Roraima que faz fronteira com a Venezuela e a Guiana e tem uma área de 1.7 milhão de hectares, equivalente a dez vezes o tamanho da Grande São Paulo. Lá vivem 18 mil índios e cerca de 2 mil brancos. É um dos lugares de menor densidade demográfica do mundo (0,011 pessoa por hectare).


2. Desses 18 mil índios, cerca de 1/3 trabalham para os brancos que lá cultivam arroz e criam gado. O restante vive do que gosta, ou seja, da caça e da pesca de subsistência e nada produzem de útil para a comunidade.


3. Os arrozeiros brancos produzem o equivalente a 6% do PIB do estado de Roraima e empregam 1/3 dos índios. Até antes da assinatura do decreto de demarcação da reserva, viviam em paz e harmonia. Depois passaram a se atritar. Muitos deles são proprietários legítimos de terras cujos títulos remontam ao início do século passado.


4. A Funai, hoje comandada por comunistas, contando com o apôio desas ONGs que se auto-proclamam humanitárias e de associações indigenistas e religiosas (católicas), pressionaram o governo pela criação da reserva na forma contínua, ou seja, entregando a eles integralmente o território denominado Raposa Serra do Sol. A demarcação na forma proposta implica na expulsão dos brancos da área e na extinção de toda a atividade produtiva hoje exercida pelos brancos, além de deixar 1/3 dos índios entregues à sua própria habilidade de caçar e pescar.


5. A demarcação na forma pretendida deixa uma faixa de fronteira internacional do país vulnerável e desprotegida.
O que não tem grande importância, considerando-se que toda a faixa de fronteira terrestre brasileira que se estende desde o extremo norte no Aroio Chui, que faz fronteira com a Guiana Francesa, até Santa Vitória do Palmar, que faz fronteira com o Uruguai, tem pouca ou nenhuma proteção.


6. É possível que existam interesses escusos na demarcação na forma contínua. Os primeiros beneficiários seriam as ONGs que lá atuam, uma vez que passariam a tratar doravante apenas com os índios.

E estes estão dispostos a fazer qualquer negócio por dinheiro. É possível que esses interesses se estendam pelo exterior e seus tentáculos atinjam até o governo e o judiciário brasileiro (que também fazem qualquer negócio por dinheiro).

Tudo isto é possível.
Mas, o que mais me impressiona nessa história são apenas alguns detalhes que eu coloco sob a forma de perguntas:

a) Para que tanta terra para tão poucos índios?

b) Por que expulsar de lá os brancos cujo trabalho gera 6% do PIB do estado de Roraima? Principalmente levando-se em conta que sempre conviveram em paz e harmonia?


c) Para que criar um problema onde não existe problema?


Se aquele território tivesse realmente as riquezas minerais que alguns dizem, seria o caso de expulsar de lá os índios, e não os brancos, e passar a explorar essas riquezas de forma inteligente. Afinal, o Brasil tem uma dívida pública gigantesca e impagável.


Na verdade eu não sei qual os interesses escusos por trás desse problema. O que sei é que a solução encontrada pelo governo é simplesmente idiota.

Mas para um país que tem 71,1% de sua população composta por idiotas (aprovação atual do governo Lula segundo o Sensus), isto não deve ser motivo de espanto para ninguém.


Sugiro que repasse este para as pessoas para as quais você enviou a lorota contada pelo Izidro Simões.


Abraços,
Otacílio

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