Por Jorge Serrão
Daniel Valente Dantas será condenado na segunda fase da Operação Satyagraha:“Agora se ele permanecerá na cadeia é outra coisa: isso depende da sociedade brasileira. Mas tenho certeza que ele será segregado do nosso convívio”.
Eis a previsão feita ontem à noite, em Niterói (RJ), pelo delegado Protógenes Queiroz, durante debate de três horas de duração na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Protógenes chegou ao evento em um furgão acompanhado de militantes do Psol – a exemplo do que ocorrera, semanas atrás, em Porto Alegre. Apesar disso, o delegado voltou a negar qualquer possibilidade de seguir carreira política.
Protógenes contou que foi convidado para trabalhar no Ministério Público e na ONU.
Mas delegado – posto na “geladeira” pela direção da PF, comentou que gostaria de voltar para uma delegacia operacional, porque se acha motivado.
Na segunda-feira passada, ao retornar à PF depois de um curso na Academia Nacional de Polícia, Protógenes foi dispensado da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), onde estava lotado durante à Satiagraha.
Protógenes foi informado pelo diretor de Inteligência, Daniel Lorenz, que não atuará mais na área. Lorenz mandou ele buscar, na Diretoria de Gestão de Pessoal, uma vaga para trabalhar em qualquer outro setor, menos onde estava anteriormente.
Antes do debate, em entrevista aos jornalistas, o delegado negou que a instituição Polícia Federal esteja passando por uma crise. Ressalvou que é o Brasil que vive uma crise institucional.
Analisou apenas que o desfecho da Satyagraha provocou uma "tensão institucional que tem desmotivado os policiais federais":
“Outro dia peguei um táxi e o motorista me reconheceu.
Ele disse: ´O senhor errou. Prendeu o homem errado´.
É claro que ele estava falando da crise institucional que passa o país. Mas de minha parte eu tenho certeza que não errei.
E prova disso é que os atuais encarregados da Satiagraha disseram que não estão refazendo a investigação, mas a aprofundando”.
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