O Estado de S. Paulo
O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos, disse que só vai renunciar a presidência do colegiado “se morrer”.
Em entrevista concedida ao Pânico na Band que foi ao ar no domingo, 24, Feliciano afirmou que deixar o cargo seria assinar um atestado de confissão.
“Uma renúncia minha agora é como se fosse assinar um atestado de confissão. Eu fui eleito por um colegiado, é um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer…”, disse Feliciano.
Deve sair um acordo com o PSC ainda nesta semana que obrigue o pastor a renunciar o cargo.
O mais provável é que Feliciano saia para dar lugar à vice do colegiado, a correligionária e também evangélica, Antônia Luciléia Ramos Câmara (AC).
As tratativas pela saída do pastor ocorrem desde que eclodiram as manifestações contra a permanência do pastor no cargo e que provocaram o cancelamento das sessões do colegiado.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), já concluiu que a eleição do pastor foi um erro político coletivo.
Feliciano chegou a ser esperado para uma reunião com líderes de seu partido e Alves, mas o pastor não apareceu.
O PSC teme que além do desgaste, a polêmica atraia o Ministério Público e criminalize a condução da igreja onde o pastor faz sua doutrinação.
A Câmara não tem meios de destituir um parlamentar eleito para um cargo, por manifestar suas opiniões. Por pior que sejam, só a renúncia torna legítima sua substituição, ainda mais já reconhecida a colaboração geral para que ocupasse a presidência da comissão.
PT, PSDB e até PC do B abriram espaço ao PSC em troca de vagas em outras comissões.
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