Cabral e Adriana: casamento de araque
‘O Dia’, sob nova administração, deu hoje um furo de reportagem. Pena que ninguém tenha assinado a matéria. Mas vamos a ela:
“O governador Sérgio Cabral e a primeira dama Adriana Ancelmo renovaram os votos de casamento na noite de segunda-feira, com padrinhos ilustres: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil,Dilma Rousseff.
A cerimônia reservada foi no Palácio Laranjeiras, para 50 convidados.
O padre Marcelino Modelski, pároco da Igreja de São Jorge, em Quintino, Zona Norte do Rio, celebrou o ato, seguida de festa com direito a DJ.
A festa serviu também como comemoração antecipada do 47º aniversário do governador, que é hoje.
O padre Marcelino Modelski contou ter sido convidado pela primeira dama para realizar a benção das alianças do casal, poucas horas antes da cerimônia.
“Como Cabral já era separado do primeiro casamento, não poderia se unir em matrimônio pela igreja outra vez. Apenas no civil, como já tinha feito. Nesses casos, a exemplo de qualquer outro na mesma cirscunstância, nós damos uma benção especial sobre as alianças”, explicou o padre.
Segundo ele, a benção durou aproximadamente cinco minutos.
“Foi rápida. Coloquei a batina, fiz uma oração especial e rezamos o Pai-Nosso juntos, com muita fé.
Em tom de brincadeira o governador gritou:
“Lula, Dilma, venham ser meus padrinhos”, revelou o sacerdote quando Cabral chamou o presidente e a ministra, que adiaram o retorno para Brasília para participarem da cerimônia.
Lula ficou cerca de uma hora e meia no Palácio. Antes, ele havia participado de outra festa, a dos 100 anos de Maria Amélia Buarque de Holanda, mãe de Chico Buarque.
Lula deu conselhos ao governador e à primeira dama. Ele disse para Adriana Ancelmo que é muito difícil ser mulher de político por causas dos compromissos e do tempo sempre muito apertado.
O presidente disse ainda que o político é como adolescente, sempre anda em grupo e, às vezes, falta tempo para se dedicar a família.
A festa rolou até às 3h, com muita música. Entre os políticos presentes, apenas os mais próximos de Cabral. Do PMDB, só estavam o presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani, o líder do governo Paulo Melo e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Segundo o padre Modelski, a primeira dama e o governador costumam frequentar a paróquia. “Adriana vem até mais que ele”, contou o padre.
Agora alguns comentários:
1 - A doutora Adriana Ancelmo é muito jeitosa. No ano passado, ele aproveitou a presença de Lula no Rio, e o convidou para a festa de aniversário do marido, que havia ocorrido duas semanas antes, e que ele já tinha comemorado em Paris, cidade de sua predileção. Ela queria só uma maior proximidade com o Presidente.
2 - Dessa vez, depois de ter dois filhos com o governador, ela inventa o batismo de umas alianças para levar o Presidente da República ao Palácio Laranjeiras, no momento em que a imprensa levanta sérias suspeitas sobre o seu escritório de advocacia. Depois de tantos anos, por que só agora a benção das alianças?
3 - A “cerimônia” foi arranjada às pressas, só para aproveitar a presença de Lula. Tanto que o próprio padre disse ter sido convidado “poucas horas antes”. Ninguém faz uma festa de casamento, ou seja lá o que fôr, com a presença do Presidente da República, e convida o padre poucas horas antes.
4 - Será mesmo que o casal frequenta a Igreja? Dificil, pois nas proximidades não desce helicóptero. Além disso, Cabral - pelo que se conhece de sua biografia - nunca foi um católico praticamente. Ele defende a discriminização da maconha, é a favor do aborto, participa da passeata gay, não foi recepcionar o novo Arcebispo do Rio quando este chegou a cidade, e muito menos foi a sua posse.
5 - Aliás, teria o padre solicitado licença à Arquidiocese para participar dessa cerimônia? Esse pode ser um precedente estranho.
6 - Há quem diga que Cabral “casou”, apenas para ter a desculpa de que viajaria em lua-de-mel. Eles ontem embarcaram para Londres.
7 - Londres deve ter sido o destino escolhido, pois São Jorge é o padroeiro da Inglaterra, assim como o padre, que deu a “benção” nas alianças, é pároco da igreja de Quintino.
8 - E, para finalizar: ou foram mais de 50 pessoas, ou a festa não terminou as 3 da madrugada. Não é possível que a animação de Picciani, Paulo Melo e Eduardo Paes seja tamanha, que fiquem dançado por mais de quatro anos depois da saída do Presidente.
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