Por Reinaldo Azevedo
Vamos botar “os pingos nos is” nessa história. Vocês leram aqui que o TSE aceitou a auditoria nas eleições de 2014 e, leram em outros lugares, que ele rejeitou. Então vamos entender.
O PSDB havia entrado com um pedido para que uma comissão de partidos analisasse todo o processo que envolve as urnas eletrônicas. A comissão foi rejeitada, sim. E o que foi liberado POR UNANIMIDADE?
Atenção! O PSDB poderá indicar uma equipe de peritos para acompanhar todo o processo, de cabo a rabo: será garantido a esses peritos o acesso a programas e arquivos eletrônicos usados. Mais: se outros partidos quiserem indicar representantes, poderão fazê-lo.
O trabalho será feito em conjunto com técnicos do TSE. Todos os requerimentos apresentados pelo PSDB foram deferidos. Isso significa que todas as solicitações, por unanimidade, foram consideradas procedentes.
Falei há pouco com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos coordenadores jurídicos da campanha presidencial tucana, e ele afirma: “Nós convidaremos todos os partidos a participar da análise dos dados a que teremos acesso após esse deferimento dos pedidos que fizemos ao Tribunal Superior Eleitoral”.
Não querem chamar o processo que haverá de “auditoria”? Bem, chamem como lhes der na telha. Como diria Julieta, a de Shakespeare, o que chamamos “rosa”, com outro nome, teria igual perfume, não é mesmo? O que queriam os tucanos? Que uma comissão tivesse acesso aos dados. “Ah, não vai ser a comissão, mas um grupo de peritos…” Então tá: alguém fica mais satisfeito com o nome “peritagem”? Que fique: mas é auditoria.
Ainda voltarei ao assunto. Desmoralizaram-se todos aqueles, inclusive na imprensa, que tentaram tratar a reivindicação como tentativa de disputar o terceiro turno. O TSE percebeu que é crescente o sentimento de descrença que vai nas ruas. Fazer a auditoria, que pode ser umA “peritagem” e poderia se chamar “rosa”, é medida que fortalece o próprio sistema.
Assim, com esse grupo de peritos, as denúncias de irregularidades, que são muitas, se transformam em hipóteses que poderão ser testadas. Tomara que se chegue à conclusão de que não há nada de errado. Para o bem do Brasil e dos brasileiros.04/11/2014
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