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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Por que a Polícia Militar não foi instruída para evitar o parto de outro dia de cão?







Por Augusto Nunes

A Polícia Militar nem precisa mobilizar a área de inteligência para saber onde e quando vão começar o desmonte da ordem pública, a propagação de congestionamentos inverossímeis, a revogação do direito de ir de milhões de brasileiros e a erupção de selvagerias que transformam em terra sem lei a maior metrópole da América Latina.




O próprio Movimento Passe Livre cuida de divulgar o dia, a hora e o local da próxima manifestação convocada pelos pastores da violência.

Agentes infiltrados e sherloques fantasiados de rebeldes são coisa de antigamente.

Foram aposentados por um punhado de páginas na internet.

Se é assim, por que nesta quinta-feira a PM não ocupou as imediações do Teatro Municipal antes das 5 da tarde, hora marcada para o início da sequência de absurdos disfarçados de atos de protesto contra o aumento nas tarifas de transporte urbano?

Por que a PM, em vez de interromper a gestação, preferiu agir depois de concluídos os trabalhos de parto de outro dia de cão?




Pela quarta vez neste começo de junho, o Estado de Direito amargou uma derrota humilhante.

Não pelo poderio dos atacantes adversários, mas pela tibieza vergonhosa dos que se comprometeram a defender a normalidade democrática.


13/06/2013

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