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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O fim mundo não chegou e o Pólo Norte não derreteu...

No entanto, o ambientalismo catastrofista vermelho pode “congelar” o Brasil


* POR FRANCISCO VIANNA




Em Montevidéu, cartazes anunciando fim do mundo

Os profetas do derretimento das calotas polares, ártica e antártica, estão passando tão mal quanto o pastor Harold Camping que profetizou o fim do mundo para 21 de maio de 2011, comentou, não sem bastante ironia, em sua coluna na revista “
Forbes”, James M. Taylor, membro sênior da política ambiental do Instituto Heartland.

James M. Taylor, Heartland Institute

Há poucas semanas, o jornal “Palm Beach Post” republicou um artigo escrito, no ano de 1979, por Steven Schneider, um dos mais destacados alarmistas do aquecimento global dos últimos 30 anos. Schneider defendia que o manto de gelo da Antártida ocidental poderia derreter antes do ano 2000 e inundar as costas americanas, atingindo até 25 metros acima do nível do mar
.

Obviamente, nada disso ocorreu e o fim do mundo não aconteceu, ficando pastor entre esconder a sua vergonha e disfarçar o seu desapontamento. Tampouco o gelo do círculo póla ártico derreteu e cidades como Nova York não desapareceram. Mas os alarmistas sequer se ruborizam com essas mancadas e disparates. O caso de Steven Schneider, diz Taylor, foi apenas o mais espetacularmente errado. Houve outros que também tocaram o fundo do poço e chegaram às raias do ridículo.

O especialista do Heartland Institute cita o caso de Mark Serreze, pesquisador do instituto federal americano ‘National Snow and Ice Data Center’. Em junho de 2008 ele anunciou que no verão do ano seguinte o Pólo Norte poderia ficar totalmente sem gelo.

A mídia – comenta Taylor – informou sobre a previsão de Serreze com um frenesi raramente igualado, até mesmo entre os meios mais exaltados pela crendice do ‘aquecimento global’. Os alarmistas do aquecimento global se alinharam em massa para defender a profecia de Serreze. E outros, mais zelosos, acharam que a teoria de Serreze era conservadora demais...

Por exemplo, Peter Wadhams, chefe do Grupo de Física para o Oceano Polar, da Universidade de Cambridge, declarou em 27 de junho de 2008: “As pessoas estão esperando que isso [o derretimento do Ártico] aconteça este ano...

Mas é provável que o Pólo Norte fique sem gelo já neste verão, se é que não acontece antes disso”.

Talvez Wadhams não tenha pensado que, enquanto ele falava, o verão já tinha começado no Hemisfério norte, e que era cronologicamente impossível que o Pólo Norte pudesse derreter “antes”, a menos que os relógios girassem para trás e o tempo se tornasse negativo e de volta ao passado.
 

Mas, estas “mesquinharias” da lógica – invenção de céticos pagos pelo ‘capitalismo imperialista das multinacionais’ – não interessam aos porta-vozes da agonia de Gaia...


O filme "The day after" de Roland Emmerich, explorou o “pânico verde"

Taylor aponta que o Pólo Norte nunca chegou sequer perto de fusão total e que o Oceano Ártico cobria 1,650 milhão de milhas quadradas no fim do mundo ártico de 2008. Em 2010, a massa de gelo ártico teve um aumento de 9,7%, considerado ciclicamente normal para a região.


O pastor Camping ficou aborrecido pelo não cumprimento de sua profecia sobre o fim do mundo, mas agora acha que só errou a data e já fala em 21 de outubro de 2011! Mais recentemente, o desgosto o levou ao hospital. É triste, mas é uma espécie de fanatismo religioso que leva essa gente a vaticinar de forma absurda.

O gesto disparatado parece ser imitado pelos profetas do derretimento do Pólo Norte, diz Taylor. Talvez – observamos nós – fosse mais correto até supor que o pastor imita os ‘apocalípticos climáticos’ que o precederam no terreno da profecia.

Eles agora defendem que a previsão está correta no essencial, mas que o erro ‘é só uma questão de calendário’. E passaram a anunciar que o Ártico vai estar essencialmente livre de gelo até 2020 ou 2030.

David Viner, pesquisador da Universidade de East Anglia (Reino Unido), alegou em 2000 que em poucos anos “as crianças não saberiam mais o que é a neve”, pois o ato de nevar passaria a ser um fenômeno “muito raro e emocionante”.

Hoje, precisamente nesta segunda-feira, neva em Santa Catarina, no Brasil, um país eminentemente tropical. Nisto ele não diferia muito do proeminente alarmista Robert F. Kennedy Jr. em seus anúncios de 2008.



Blefes sobre desmatamento da Amazônia são motivos de charges

Porém, opostamente à expectativa deles, os dois últimos invernos do Hemisfério Norte foram dos mais rigorosos da história. O Pólo Norte fica longe do Brasil e a neve é muito procurada pelo turismo interno no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Por isso o caso impressiona-nos pouco. Mas o que preocupa é a sem-cerimônia com que nossos alarmistas espalham blefes, como os relativos ao desmatamento e ao CO2, tão desprovidos de base real quanto os do derretimento do Pólo Norte ou o do fim das nevadas.


Os blefes diferem na forma, mas não no método. Na prática, visam a uma mesma coisa: impor um dirigismo total que estrangule a propriedade privada e a iniciativa particular produtiva. Ou seja, sob o pretexto do ambientalismo, utilizando slogans de sabor religioso-panteísta, como os da Campanha da Fraternidade 2011 e da “Nova Era” sobre a Mãe Terra e Gaia, fazer o que os acólitos de Marx, da Teologia da Libertação, do MST e de grupos congêneres inspirados pela CNBB não conseguiram.

O futuro do Brasil está em jogo, e hoje a disputa mais em foco é a que gira em torno do futuro Código Florestal. O Leviatã socialista comunista e do dirigismo estatal apenas trocou de cor e aparências.

Don J. Easterbrook, geólogo na Universidade de Washington Ocidental, Bellingham, EUA

O Dr. Don Easterbrook, eminente geólogo e climatologista americano relatou – em consonância com a maioria de seus colegas – recentemente que “uma analise das tendências de aquecimento e arrefecimento ao longo dos últimos 400 anos mostra uma ‘correlação quase exata’ entre todas as alterações climáticas conhecidas do período e a transmissão de energia solar à Terra e, ao mesmo tempo, que não tiveram nenhuma relação com o CO2”. (...)


“É praticamente um fato estrepitoso que estamos diante da perspectiva de cerca de 50 anos de esfriamento global. Ou seja, estamos entrando no que se poderia chamar de uma micro-era glacial”, disse o cientista.


* O DR. FRANCISCO VIANNA É MÉDICO APOSENTADO E ESTUDIOSO DA CENA POLÍTICA E ECONÔMICA NACIONAL E INTERNACIONAL

 27 de junho de 2011

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