sábado, 4 de junho de 2011
Serviços NÃO PRESTADOS!
Vamos lá.
Palocci tem uma consultoria e presta serviços para uma grande empresa.
Ele tem, obviamente, um contrato mensal, baseado em horas de consultoria, como cobram todas as grandes empresas do mundo.
Ele dá conselhos sobre economia, tendências, investimentos.
Ele é o melhor, é uma fera, mesmo sendo médico e não tendo nenhuma informação privilegiada.
Todo o final do mês, Palocci envia uma nota fiscal e cobra o valor estipulado em contrato, pois ninguém faz consultoria no mundo sem um contrato assinado.
É assim que todas as empresas prestadoras de serviço agem. Esta é a praxe de mercado.
De repente, Palocci pára de trabalhar e vai ser um dos coordenadores da campanha presidencial da então candidata do atual presidente.
A candidata oficial.
A candidata que é do governo.
É junho de 2010.
Obviamente, o contrato é automaticamente interrompido, pois o serviço de consultoria deixa de ser prestado.
Em final de outubro, acaba a campanha, Palocci ajuda a eleger a nova Presidenta, o cliente vibra e imagina que Palocci voltará a trabalhar.
Não, ele não volta!
Palocci é nomeado o Coordenador Geral do Governo de Transição, responsável pela montagem do novo governo.
O contrato continua interrompido.
O tempo passa e chegamos a novembro, quando Palocci passa a ser cotado e para ser o mais importante ministro do novo governo.
Assim sendo, Palocci ficou sem trabalhar para o seu cliente durante seis meses.
Desde junho não fez jus a nenhum centavo.
Quando iria retornar, foi obrigado a encerrar a empresa, tendo em vista que iria assumir o ministério mais importante do novo governo.
Em vez de mandar uma carta de agradecimento, Palocci envia uma fatura ao seu cliente.
E cobra valores futuros, por serviços não prestados.
Cobra, além de seis meses sem trabalhar, cinco anos para frente, sobre serviços que prestaria até 2015.
O cliente, mesmo sem ser atendido nos seis meses passados e nos cinco anos à frente, aceita pagar pelos serviços que não recebeu e que não irá receber de Palocci.
É esta a justificativa dada por Palocci para, em novembro e dezembro, ter faturado sabe-se lá quantas vezes mais do que faturou nos três anos anteriores.
Sabe o que Palocci quer que o povo brasileiro acredite?
Que ele quebrou contratos e, mesmo assim, recebeu uma bolada de R$ 10 milhões de indenização...por serviços NÃO PRESTADOS!
Ele pede que os brasileiros tenham boa fé.
Mesmo que ele não mostre os contratos.
Mesmo que ele não informe quem são os clientes.
Você acredita?
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