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sábado, 25 de julho de 2015

Presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez são transferidos para presídio


Além de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, outros seis executivos das empreiteiras são levados a complexo penal na região metropolitana de Curitiba

Veja.com


Marcelo Odebrecht é transferido da sede da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal de Pinhais em Curitiba, PR, na manhã deste sábado (25)
(FuturaPress/Folhapress)

Presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde 19 de junho, oito executivos de empreiteiras envolvidos na Operação Lava Jato foram transferidos na manhã deste sábado para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Entre eles estão Marcelo Odebrecht, presidente da construtora de mesmo nome, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Completam a lista os executivos Alexandrino Alencar, César Rocha, Elton Negrão, João Antonio Bernardo, Márcio Faria e Rogério Araújo.

A transferência ocorre um dia depois de o Ministério Público aprensentar à Justiça a mais importante denúncia da Lava Jato desde o início da operação, em março de 2014. Os procuradores formalizaram a acusação contra Odebrecht, Azevedo e outros vinte executivos e ex-funcionários das duas empreiteiras. Entre os crimes apontados estão corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Também são alvo da nedúncia lobistas, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque.

Levados à penitenciária em Pinhais, os empresários passarão a fazer companhia a outros detidos no escândalo do petrolão, como Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. O pedido de transferência foi apresentado pela PF no último dia 22 ao juiz Sergio Moro. A PF alegou que a carceragem em Curitiba é um local destinado a presos transitórios ou detidos em flagrante. "As instalações são limitadas, sendo capaz de absorver um pequeno número de presos, e a manutenção destes nas celas dificulta a operacionalização das autuações em flagrante e fragiliza a segurança do local em alguns momentos de excesso de custodiados", afirmou o delegado Igor Romário de Paula ao requisitar a transferência.

O juiz Sergio Moro acatou os argumentos apresentados pelos policiais e explicou que "a ala específica do Complexo Médico Penal disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná é local adequado para a acomodação dos presos no sistema prisional estadual, talvez até com melhores condições do que as da carceragem da Polícia Federal". No Complexo Médico-Penal, Odebrecht e os demais executivos vão ficar separados dos demais presos.
 

Presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo foi um dos presos transferidos da sede da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal de Pinhais em Curitiba, PR, na manhã deste sábado (25)(FuturaPress/Folhapress)


25/07/2015


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