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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Morre ciclista esfaqueado na Lagoa: menor assassino é “vítima da sociedade”?



O médico Jaime Gold, morto por menores de idade sem reagir ao assalto


Por Rodrigo Constantino


Recomenda a prudência não escrever um texto sob o domínio da raiva. Melhor respirar fundo, contar até dez e deixar a bile se acalmar para escrever com a cabeça, e não com o fígado. O Dr. Bruce Banner é mais racional do que o incrível Hulk. Mas ei, às vezes precisamos do monstro verde para nos salvar!

Acordo hoje cedo com a notícia de que o ciclista de 57 anos esfaqueado ontem na Lagoa não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo testemunhas, ele não tentou reagir ao assalto, como manda o manual dos policiais na cidade do caos, ou “maravilhosa” para alguns.

Mesmo assim, os dois menores que o abordaram resolveram usar a faca, arma branca que os “gênios” sociólogos ainda não decidiram banir para resolver o problema da criminalidade carioca. Violência gratuita, de animais incapazes de qualquer empatia.

Revolta, é o sentimento que vem imediatamente à tona. Raiva, muita raiva. Do governo estadual, que quebrou o estado e agora não tem mais dinheiro para segurança, o item principal da pauta do estado. Como desabafou Felipe Moura Brasil, havia somente uma viatura policial na região naquela noite!

Raiva também desses “intelectuais” de esquerda que, preocupados apenas com sua própria imagem de bondosos, repetem chavões idiotas que transformam o algoz em “vítima da sociedade”. Pura vaidade insensível.

Estão sempre “preocupados” com os marginais, nunca com suas vítimas. Acham que todo crime é culpa das “desigualdades”, e nunca da maldade de alguns bichos disfarçados de seres humanos. O que pode justificar um ato desses? Que tipo de mazela social daria a desculpa para um moleque furar sua vítima até a morte?

Mas não falem de redução da maioridade penal com esses “intelectuais” que eles ficam horrorizados! Em entrevista ontem mesmo a atriz Marieta Severo repetiu isso, “chocada” com o avanço da agenda “conservadora” no país, com a religião e tudo mais. Tinha que ser ex-mulher de Chico Buarque mesmo…

Essa elite de artistas e “intelectuais” perdeu qualquer elo com a realidade. Entre um vinho orgânico e outro, após os discursos de como amam as pobres crianças africanas e odeiam o capitalismo ganancioso, essa esquerda caviar conclui que liberdade se resume a poder transar com quem quiser com o “direito” de não ser julgada pelos outros, abortar o feto depois como se fosse uma unha encravada, e injetar qualquer entorpecente em praça pública.

Liberdade de ir e vir, de pedalar tranquilamente em sua cidade sem que dois monstros resolvam te esfaquear? Isso é besteira, coisa de liberal chato, de conservador “coxinha”, elitista.

Estou cansado de tudo isso. Sim, o texto tem tom de desabafo. Não quero aqui persuadir os indecisos, pois quem ainda se coloca como “neutro” entre essas duas visões de mundo tem sérios problemas cognitivos. Há um limite para a indecisão, para o “neutralismo” ou o relativismo. Ou deveria haver.

Estamos falando de vidas humanas, de cidadãos ordeiros que pagam seus pesados impostos e não têm sequer o direito de pedalar em paz! A cidade está tomada pelos marginais, a violência foi banalizada, e esses moleques matam por nada, por prazer, por diversão, por adrenalina, e claro, com a consciência da impunidade, em boa parte produzida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente que transforma galalaus assassinos em crianças indefesas e inimputáveis.

Até quando? Quanto sangue mais teremos que derramar dos inocentes para que a sociedade reaja contra os marginais e contra esse discurso podre da esquerda, que os transforma em “vítimas sociais”? Se a vítima fosse parte de alguma “minoria” a reação da turma dos “direitos humanos” seria diferente?

Chega de tanto descaso!

Chega de tanta inversão moral!

Não aguentamos mais!


20/05/2015

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