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terça-feira, 19 de maio de 2015

Fernando Collor não vale o que diz


Teori mandou o Banco Central quebrar o sigilo bancário de 12 empresas da família Collor - entre elas, o jornal Gazeta de Alagoas e a TV Gazeta de Alagoas


Fernando Collor, senador (PTB-AL)
(Foto: Pedro França / Agência Senado)




Por Ricardo Noblat

Fará um ano na próxima semana que o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) assomou à tribuna do Senado para dizer com um tom de voz indignado:

• Que não conhecia e que jamais manteve qualquer relação política ou pessoal com o doleiro Alberto Yousseff, o pagador de propinas do esquema de roubo na Petrobras;

• Que a Justiça Federal do Paraná havia informado que não existiam indícios de envolvimento dele com a operação Lava Jato;

• Que as menções ao seu nome se deviam ao fato de os meios de comunicação estarem “inconformados” e “desiludidos” por ele ter sido absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das acusações que levaram o Congresso a cassar seu mandato de presidente da República em 1992.

Pois bem: ontem, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de Collor no período de 1º de janeiro de 2011 a 1º de abril de 2014.

Assim, Teori atendeu ao pedido da Procuradoria Geral da República para instruir o inquérito aberto para investigar se o senador participou de fraudes na Petrobras.

Collor é suspeito de ter cometido lavagem de dinheiro e de ter recebido cerca de R$ 3 milhões em propina em um negócio da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

Teori mandou o Banco Central quebrar o sigilo bancário de 12 empresas da família Collor - entre elas, o jornal Gazeta de Alagoas e a TV Gazeta de Alagoas.

O juiz federal do Paraná Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato, informou ao STF que policiais federais apreenderam no escritório de Youssef oito comprovantes de depósitos bancários que tiveram Collor como beneficiário.


19/05/2015

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