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quinta-feira, 23 de junho de 2011

MPF da Bahia quer explicações sobre traslado dos corpos de vítimas de acidente aéreo



O Ministério Público Federal da Bahia quer investigar o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os corpos das vítimas do acidente com helicóptero em Trancoso, sul da Bahia, na última sexta-feira, 17 .
O GLOBO, A Tarde

A ação pediria explicações apenas sobre o transporte do corpo de Mariana Noleto, 19 anos, namorada de Marco Antonio Cabral, filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mas decidiu-se por estender o objeto da apuração para o traslado de seis das sete vítimas do acidente.

- Apesar de solidarizar com a dor das famílias em luto, o MPF, considerando seu dever de zelar pelo bom uso da coisa pública, tem a obrigação constitucional de apurar o ocorrido - afirmou o Procurador da República em exercício, André Batista.
Ainda não foram confirmadas irregularidades no processo, mas a ação quer justificativas para a utilização dos aviões da FAB, já que existem voos comerciais de Porto Seguro para o Rio - e que as vítimas não estavam em exercício de função pública.

O MPF também requisitou ao Segundo Comando Aéreo Regional, responsável pela área, informações sobre o "custo financeiro e o fundamento normativo" da operação e quer esclarecimentos sobre de onde partiram as ordens para que fossem feitos os traslados. A assessoria de comunicação da Aeronáutica informou que vai esperar a notificação oficial sobre o caso para se posicionar.

No dia da tragédia, o governador aguardava para fazer o mesmo trajeto em uma segunda viagem. O grupo participaria da festa de aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, que tem contratos importantes com o governo do estado, como a reforma do estádio Maracanã para a Copa de 2014 e a construção do Arco Rodoviário.

Cabral foi à Bahia para a festa com o jato particular do empresário Eike Batista, que doou R$ 750 mil para a campanha eleitoral do governador e se comprometeu a investir R$ 40 milhões nas Unidades de Polícia Pacificadora.


O piloto estava com o certificado de capacidade física inválido desde agosto de 2006. Sua licença para voar com o helicóptero que caiu, o H350, venceu em junho de 2005. As outras licenças que ele tinha para voar são de aeronaves dos modelos BH06, (vencida em outubro de 2004), EC30 (dezembro de 2006) e RHBS (desde julho de 2005).

 22/06/2011

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