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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Após 3 horas de depoimento, Lula retorna à carceragem da PF


Além do ex-presidente, também foi ouvido pela juíza Gabriela Hadt o empresário Antônio Carlos Bumlai
 

Rafaela Felicciano
Metrópoles

O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durou cerca de três horas na Justiça Federal, em Curitiba. Após prestar esclarecimentos à juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato, Lula retornou no final da tarde desta quarta-feira (14/11) para a carceragem da Polícia Federal, onde está preso desde o dia 7 de abril deste ano.

Este é o primeiro depoimento de Lula após a prisão. Além dele, o pecuarista José Carlos Bumlai também foi ouvido. Os dois são réus na ação sobre as reformas no sítio de Atibaia (SP), que era frequentado pelo ex-presidente. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, o sítio, que está em nome do empresário Luiz Fernando Bittar, mas a propriedade seria, de fato, do petista.

Nessa ação penal, o petista é acusado de 10 atos de corrupção e 44 de lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato.

Esta é a terceira vez que Lula será ouvido como réu da Lava Jato, a primeira foi em 10 maio de 2017, a segunda vez, em 13 de setembro. Mas a primeira como preso e também sem o juiz federal Sérgio Moro, que se afastou dos processos para ser futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Lula sustenta que é inocente, que não existem provas contra ele e que é vítima de uma perseguição política nos processos da Lava Jato. Sua defesa acusa também Moro de ter perdido a imparcialidade nos processos e tenta, sem sucesso, anular os casos.

Condenado em segundo grau no caso do triplex do Guarujá (SP), a pena de 12 anos e um mês de prisão, o ex-presidente também é réu em outro processo em fase final, sobre propinas da Odebrecht na compra de um terreno de R$ 12 milhões para o Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo usado pela família do petista.

A juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Moro, ouvirá o petista e o seu amigo pecuarista José Carlos Bumlai, também réu no processo. Os interrogatórios na sala de audiências da 13.ª Vara Federal, em Curitiba, marcam o final das oitivas dos réus no caso do sítio de Atibaia – um dos episódios mais emblemáticos do escândalo de corrupção, envolvendo Lula.

Na ação do sítio, Lula e outros 12 réus são acusados de ocultarem propinas de contratos da Petrobrás em reformas e compra de equipamentos para o imóvel. A Lava Jato entende que a propriedade é do ex-presidente, mas em nome de “laranjas”, mas o caso ainda está sob investigação e pode virar outra denúncia.

O ex-presidente, segundo a força-tarefa da Lava Jato, teria sido contemplado com propina de R$ 1,02 milhão. O dinheiro seria de José Carlos Bumlai, relacionados a empréstimo fraudulento com o Grupo Schahin ao PT e negócios da empresa com a Petrobrás, e da Odebrecht e da OAS, também decorrentes de contratos com a estatal.


14/11/2018

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