Por Claudio Dantas
O Antagonista
Um dos principais capítulos da delação premiada, firmada por Antonio Palocci com a Polícia Federal, diz respeito à Sete Brasil, empresa criada para “intermediar” a construção e operação de sondas do pré-sal.
O Antagonista apurou que a narrativa de Palocci é complementar – e rica em detalhes – às delações de Renato Duque e Pedro Barusco.
O ex-ministro confirmou que Lula deveria receber mais de US$ 130 milhões em propina pelo esquema, ou seja, quase meio bilhão de reais.
Segundo Palocci, “a descoberta do pré-sal despertou o lado sombrio de Lula”.
Nas palavras do ex-ministro, o então presidente fez questão de comandar pessoalmente o esquema de corrupção.
Partiu de Lula, por exemplo, a ordem para que os fundos de pensão (Funcef, Petros, Valia, e Previ) aportassem bilhões na constituição da empresa – que também recebeu aportes dos bancos Santander, BTG Pactual, Bradesco, de fundos privados e, claro, da Petrobras.
Os bilhões que deveriam financiar a construção de navios-sonda em estaleiros no Brasil, porém, foram escoados para o propinoduto por meio de uma complexa engenharia financeira, que envolveu uma ampla rede de offshores.28.06.18
quinta-feira, 28 de junho de 2018
Em delação, Palocci diz que pré-sal despertou lado sombrio de Lula
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