Augusto Nunes
O que é Marina Silva?
Sabemos o que é Dilma Rousseff, o poste búlgaro.
E Aécio, o hesitante que se esqueceu das montanhas de Minas.
Mas e Marina?
Quem é?
Uma política profissional que nasceu no partido que aproveitou o discurso da falsa ética para ser pior que qualquer outro.
Foi vereadora, deputada, senadora e ministra do PT. O mesmo PT dos ladrões presos, do líder ignorante e da presidente que não consegue ser inteligível.
Confortavelmente instalada nas salas do poder, usufruindo das benesses, deixando-se ser usada pelo desastre sociológico com nome de molusco, Marina cresceu e se transformou em uma sólida alternativa de poder nestas eleições em que até recentemente estava relegada ao segundo plano.
Se tínhamos Dilma a “muié do homi”, hoje temos a “viúva do outro”.
Agora sabemos que, após ser senadora e surpresa da últimas eleições, usou este capital político para faturar como palestrante mais de R$ 1,6 milhão de reais (média de R$ 41 mil/mês). Há algo de errado nisto? Não. Paga quem quer ouvir.
O que é profundamente hipócrita é Marina se apresentar como símbolo do “novo”, como detentora dos direitos autorais de uma “nova política” sem sequer indenizar Fernando Collor, inventor dessa derivação que parece prescindir de partidos ou da própria democracia.
Desonestidade intelectual e esperteza política indecente. Embora ainda longe do banditismo do PT, indica uma tendência preocupante.
A falsificação do que é diminui – e muito – o que Marina poderia ser. Mas nunca foi ou será.
Marina é somente uma cópia de Lula sem a mitomania e a menos valia do senhor dos postes apagados e fios desencapados.
Marina é uma Dilma que consegue não falar nada, mas alguma lógica, sem espancar a língua pátria ou defender bandido de peito aberto.
Marina preferiu o caminho mais fácil: copiar tudo que o PT prometia e jamais cumpriu. Em nome do mesmo messianismo que o filho do barril encarnou. Até porque estudou e parece não ter azia ao ler jornal, Marina serve para demonstrar quão insignificante Lula foi e Dilma é.
Para ser presidente e recuperar este país é preciso mais. Muito mais.
Adhemar de Barros tinha orgulho em ser identificado com o “rouba mas faz”!.
Marina parece confortável com “ o não rouba e não faz”. Não roubar é obedecer à lei e evitar a cadeia! Não é privilégio de ninguém. E fazer algo que prometeu, o mínimo que se espera de quem prometeu.
A questão central é que Marina promete nuvens. E estas mudam com os ventos. E a culpa sempre será do vento. Nunca do piloto.
E assim somos impedidos de ao menos cobrar o que Marina prometeu e se comprometeu.
Até aqui ela não se comprometeu com nada. O nada é incobrável.
01/09/2014
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