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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Receita vê bens de Agnelo crescerem sem justificativa


Relatório do Fisco enviado à CPI mostra que governador não declarou renda suficiente para explicar evolução patrimonial


Fábio Fabrini
O Estado de S.Paulo

Relatório da Receita Federal enviado à CPI do Cachoeira diz que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), não declarou renda suficiente para justificar a evolução de seus bens e investimentos.

Com base nas informações do Imposto de Renda, a análise mostra que em 2009 a variação patrimonial a descoberto foi de R$ 93,57 mil e, no ano seguinte, de R$ 13,6 mil.

Dida Sampaio/AE

O governador do DF Agnelo Queiroz

Suspeito de envolvimento com o grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e de receber propina de laboratórios em sua passagem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o petista declarou, em depoimento à CPI, no mês passado, não haver nenhum reparo a ser feito em seu IR: "Não tenho um centavo de patrimônio a descoberto".

Os dados da quebra de sigilo revelam que o petista não declarou posses entre 2002 e 2008. Bens e aplicações só aparecem a partir daí. Há discrepâncias entre os dados apresentados à Receita e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em períodos de eleição.

Em 2006 - quando disputou, sem sucesso, uma vaga no Senado -, Agnelo tinha, segundo a Justiça Eleitoral, R$ 224,3 mil. À Receita, ele nada declarou naquele ano. Em 2010, o patrimônio salta para R$ 1,15 milhão, conforme o TSE, com a compra, entre outros bens, de uma casa no Setor de Mansões Dom Bosco, área nobre de Brasília, por R$ 400 mil. Esses e outros bens não aparecem na declaração à Receita no mesmo ano, que registra patrimônio bem menor: R$ 248,9 mil.

03 de julho de 2012

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