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sábado, 19 de março de 2011

O RIO DE OBAMA



O RIO DE OBAMA


"Foi praga dos biriteiros do Amarelinho" 
(bar tradicional que fecharia pela primeira vez em 90 anos).

"Ficou com medo de pegar dengue."

"Desistiu de falar ao saber que Joel Santana faria a tradução e 
Vanusa cantaria o hino americano..."

O anúncio de que Obama não iria mais discursar na Cinelândia chegou ao twitter na madrugada de sexta-feira.

E minutos depois, as piadinhas começavam a pipocar, mostrando que o carioca, graças a Deus, continua preferindo perder o amigo, mas, não perder a piada.

Nem, a mania de apelidar tudo: o helicóptero americano enorme que vasculhou cada pedaço do céu e da terra carioca virou o “obamacóptero” e o avião não é Força Aérea 1 e sim “obamão”. Aliás, antes do cancelamento, o evento estava sendo chamado de “bonde do Obama”...

Depois de verem a limpeza esmerada pela qual a Cinelândia, arredores e Cidade de Deus estavam passando, populares começaram a fazer um pedido via rádios-AM e internet: "Obama visite a Glória”, “Obama visite Ricardo (de Albuquerque)”, “Obama visite....”

Agora, outro efeito da vinda de Obama no Rio foi de tirar do limbo várias expressões. Vi-me em algum ponto entre os anos 60 e 80 ao ler o seguinte panfleto:

"DIA 20, ato na Glória: Concentração a partir das 10h, no Metrô da Glória. Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. LEILÃO É PRIVATIZAÇÃO! Obama, tire as garras do Pré-Sal!"

Um saco de bala Juquinha, mais uma Crush geladinha com direito a uma matinê no Rian a quem adivinhar quem assinava tal pérola.

Ganhou aquele leitor que fez uma escalação intercalando o velho e o novo (novo?): PCB; PSOL; PCBR; DCE-UFRJ, e alguns sindicatos, além do MST.

Juro que até a Une ressucitou...

Agora,  não podemos esquecer dos coitados petistas cariocas. Vocês sabem o que é passar da adolescência até a “cinquentância” gritando estas palavras de ordem na Cinelândia e agora serem não só proibidos de fazê-lo como também serem obrigados a aplaudir o “Imperador" da vez, Obama?
Aliás, eu acho que os petistas se aliaram aos freqüentadores do Amarelinho numa corrente anti-discurso público....

Na sexta, outro fato, digamos, pitoresco, surgiu: Flamengo e Vasco disputando quem iria conseguir ser o primeiro a dar uma camisa do time para a família Obama.

Patrícia Amorim anunciava que daria assim que o obamocóptero descesse no campo da Gávea (o “bicho é tão grande que não cabe no helioporto da Lagoa).

Roberto Dinamite contra-atacou avisando que entregaria ao governador (que é vascaíno) várias camisas para serem entregues aos convidados.

Bom, até a tarde de sexta, esta “partida” estava empatada já que a segurança do Obama havia informado que não se poderia dar presente algum diretamente a ele.

Conhecendo o carioca, não me surpreenderia se no final, as duas camisas fossem entregues e diversos protocolos fossem quebrados. E que os americanos não reclamem. O embaixador sabia bem onde estava levando Obama quando deu sinal verde para a visita ao Rio.

Mas vamos à cereja do bolo. Como todo grande evento carioca, o Cacique Cobra Coral foi acionado para que não chova na cidade domingo.

No mais, que São Sebastião e São Jorge guerreiro protejam a cidade e evitem que qualquer coisa mais grave aconteça.

Mirtes Guimarães, a jornalista carioca lá das Minhas Geraes.

19.03.2011

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