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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A ROUPA DO REI

Pois é. E isso é velho que nem rascunho da Bíblia.
Por Rivadavia Rosa

Ao longo da história as metáforas têm sido utilizadas para transmitir conhecimento de forma alegórica.

A metáfora – segundo ARISTÓTELES – consiste em atribuir a uma coisa um nome que pertence a outra.

Algumas delas de cunho espiritual como, por exemplo, as parábolas do Evangelho. Outras simples, ainda que carregadas de sabedoria, como as fábulas de Esopo.

Entre o elevado nível religioso das parábolas e o mais singelo das fábulas, os filósofos gregos e, em especial o mais "espiritual" deles, Platão, recorreu aos mitos.

O mito é uma narrativa imaginária, cujo propósito é encarnar uma idéia abstrata, poderosa, que se não fosse por ele, estaria fora do alcance dos mortais comuns.

A mais famosa das narrativas simbólicas de Platão é o "mito da caverna". Escrito há mais de dois mil anos (século V a.C.); este mito pode ajudar a desvendar a atual situação sociopolítica.

A mítica caverna descrita por Platão discípulo de Sócrates, em a República – é uma forma de demonstrar a ignorância no mundo, ou melhor, das massas, confrontando o mundo das idéias e a realidade.

Platão relata que alguns prisioneiros foram acorrentados numa caverna escura, privados da luz solar, só podiam ver as sombras dos homens livres que andavam fora dela.

Desta forma, os prisioneiros da caverna de Platão só percebem vagas sombras de realidade externa e com o decorrer do tempo esquecem o que era quando livres percebiam, assim passam a acreditar que a realidade, toda a realidade é só o que lhes mostra as sombras vistas através da parede escura da caverna.

Porém, um dia, um dos prisioneiros liberta-se de suas correntes e sai da caverna e descobre com espanto as belezas e a maravilha do mundo exterior.

Feliz, mas também generoso, ele (prisioneiro libertado), desce para onde estavam seus antigos companheiros, contar-lhes o que viu e convidá-los a quebrar as suas cadeias e subir para a luz com ele.

Então ocorre a tragédia: os prisioneiros da caverna, não só não acreditam em seu companheiro, mas assustados pela revelação da verdade acabam matando-o.



Atualmente muitos por ignorância, outros por interesse e alguns por comodidade preferem permanecer na caverna e fazer vista grossa diante da triste realidade sociopolítica e criminosa que tomou conta da maioria dos países latino americanos, numa marcha insensata rumo a um colapso de grandes proporções.

 Esse é um dos paradoxos que perpassa a realidade atual em que alguns ainda estão presos a correntes ideológicas, instrumentalizando até a nobre causa dos direitos humanos, em proveito próprio.

E, assim opera a ideologia atualmente dissimulada em espetáculo midiático, muita retórica e propaganda oficial em que as aparências passam a valer mais que a realidade, o que não passou desapercebido  por Nicolau Maquiavel que conhecedor da natureza humana a desnudou com mais crueza ao afirmar que os homens se guiam pelas aparências, não pela realidade.

REENVIO essa metáfora do 'reizinho' travestido de Luiz LI que mesmo desnudo,  continua descaradamente alegre, feliz, saltitante e esnobando o cidadão eleitor/contribuinte.


28.Outubro
.2010

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