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terça-feira, 26 de outubro de 2010

“Não tá morto quem peleia”

A roleta das pesquisas





O Datafolha vem com os mesmos números da sua última pesquisa. Dilma conserva 11 pontos de frente. Pitacos desconsidera os chamados votos válidos, uma bobagem que nada tem de estatística, pois os demais votos não declarados têm comportamento não captado por este tipo de pesquisa.

Estamos vivendo uma situação surrealista. Cada instituto, apesar de pesquisar o mesmo país, na mesma época, quase todos utilizando a mesma metodologia, apresenta números díspares.

Há clara dissintonia entre os números do Datafolha e de outros institutos com os dados do tracking tucano e também com a pesquisa do GPP e até com a que foi realizada pelo Sensus na semana passada.

Diante da Torre de Babel, Pitacos não tem outra opção, a não ser ficar com os números do tracking tucano, em função de ter sido o único que acertou na mosca, no primeiro turno e que, provavelmente, esteve certo durante todo o primeiro turno.

A pesquisa do GPP, cujos números se aproximaram do tracking tucano, foi realizada com outra metodologia (sistema de cotas) e por encomenda do PSDB.

O objetivo era verificar se os números batiam, em ordem de grandeza. Num universo de 100 milhões de eleitores e com amostras obtidas por diferentes metodologias, a conclusão foi que houve uma aproximação entre os resultados destes dois instrumentos.

O tracking continua se mostrando confiável.

Concretamente, os números do tracking e do GPP apontam que a batalha não está decidida e que a disputa para saber quem será o vitorioso está se dando em torno de três pontos.
A probabilidade de Serra conquistá-los é alta, considerando-se a contínua curva moderada de sangria da governista e a contínua curva – agora moderada – de ascenção do candidato do campo democrático.

Conclusão: tudo continua como antes, no quartel de Abrantes. Nada muda para a oposição, que tem de continuar no corpo a corpo na busca de cada voto.

Afinal, seja qual for a pesquisa, não existe nenhuma que substitua as urnas. Todas só podem ser verificadas a posteriori e, daqui até lá, a máxima gaúcha impera: “não tá morto quem peleia”.
26/10/2010

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