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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Israel alerta que Teerã engana todo mundo

Questão nuclear

Por La Vanguardia

"Uma vez mais, o Irã conseguiu evitar as sanções internacionais e enganar todo mundo", declararam na terça-feira fontes diplomáticas israelenses ao La Vanguardia. Oficialmente, o primeiro ministro de Israel ordenou ao executivo que mantenha silêncio absoluto até segunda ordem.

No entanto, apesar de o país estar em plena comemoração do Shavuot (Pentecostes), Benjamin Netanyahu convocou os sete principais ministros de seu gabinete de emergência para debater a nova situação.

Em Jerusalém se reconhece que as pressões diplomáticas ininterruptas para tomar medidas contra Teerã, por causa de seu programa nuclear, estão agora em suspenso.

Quase aos 45 minutos do segundo tempo da aprovação de novas sanções, o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad sacou uma nova carta da manga e neutralizou os esforços da comunidade internacional.



Além disso, fontes dentro do governo israelense afirmam que as regras do jogo na região mudaram, já que o novo acordo dá à Turquia (um dos países mais críticos a Israel nos últimos meses) maior protagonismo e a converte no receptor de urânio enriquecido do Irã.

As reuniões entre George Mitchell (o enviado de Barack Obama) e as autoridades israelenses, que devem acontecer nos próximos dias, serão focadas na questão iraniana.

"Devemos analisar detalhadamente as ações do Irã. Já vimos no passado como Ahmadinejad é o último que ri", disse o ministro da Indústria e Comércio israelense e general de reserva Benjamin ben Eliezer. O ministro acredita que o único raio de luz neste acordo é que o Irã mostrou-se suscetível a pressões diplomáticas.

Jogo confuso - O novo acordo embaralha o complexo jogo em torno da questão nuclear iraniana. Para Israel, o Brasil é um dos países mais problemáticos entre os membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, já que se opõe a sanções ao Irã. Entre os cinco membros permanentes do conselho, Rússia e China são os mais críticos às sanções.

Analistas israelenses como Alex Fishman, do jornal Yediot Ajronot, afirmam que "Israel deve se acostumar à ideia de que os Estados Unidos aceitam um Irã nuclear, ainda que não declarem isso formalmente".

E completa: "O que mais preocupa Washington é uma ação militar unilateral de Israel, já que os Estados Unidos estão envolvidos em duas guerras e teria de abrir uma terceira frente".

Em geral, os analistas em Jerusalém acreditam que, com o acordo, mediado por Turquia e Brasil, o Irã deu um novo passo na direção de sua primeira bomba atômica.  Aqui.

19 de maio de 2010

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